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As confissões de Maria Cassimiro no Caderno de Tomaz Garcia

Com a citação de Horácio (65-8 a.C.) “non omnis moriar”, o livro Ca­derno de Tomaz Garcia: confissõesde Maria Cassimiro revela segredos da jornada de vida e luta pela sobrevi­vência da ex-reitorada Universidade Federal de Goiás (UFG), Maria Cas­simiro, uma“imortal para a cademia e morrível para a vida. Estrela ou bei­ja-flor seria, se acaso não fosse gente” (Leda Selma).

Com impressão em 287 páginas na publicação da Kelps Editora, com apoio institucional da Prefeitura de Goiânia, através da Lei de Incenti­vo à Cultura, o livro é permeado por histórias de vida serguidas apartir do campo para a cidade, a obra é enri­quecida por memórias da história da autora a partir de pontos simples de uma vida simples, travada a de­dicação e foco estruturada no coti­diano de uma história escrita apartir da casa aonde nasceu, o colégio fre­quentado pela família, a Igreja Católi­ca a qual frequentou, foi batizada, en­fim, fatos e fotos que revelam tempos de Tomaz Garcia, Jerônimo de Sou­za Teixeira, personagens vivos na his­toricidade da Sesmaria de Campo Limpo instalada para a coletividade tocada à velocidade de tempos re­motos e cerca de 30 mil habitantes.

A obra da imortal integrante da Academia Goiana de Letras (AGL) e da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás revela uma trajetó­ria da estudante de 17 anos de ida­de, recém-saída do Grupo Escolar Modelo, adolescente apreciadorada poesia, da música e dos desenhos inspirados, por exemplo, nos co­wboys expostos em trabalhos rele­vantes. Militante da arte e da cultu­ra, professora formadora de gerações e identidades, a doutora expõe uma trajetória de relevância social e histó­rica inconteste, comprovada em sua atuação enquanto doutora dedicada à causa da Educação.

Sua luta e obra são reconhecidas por inúmeras instituições de ensi­no e dezenas de títulos honoríficos agraciados à sua pessoa – gente da mais alta linhagem e valor de des­taque -– com biografia reconhecida para-além dos tempos dos Goyazes a alcançar a contemporaneidade. A importância da vida e obra de Ma­ria Cassimiro é reconhecidamente mote da bela apresentação do livro elaborada por Getúlio Targino Lima que anuncia e provoca: “Agora é só meter mãos à obra e se encantar com a leitura, correndo apenas o risco de ter a inveja que eu confessei ter tido.”

Sucessora da poetisa Cora Co­ralina – reconhecidamente mulher escritora internacionalizada no ro­mance Vintém de Cobre meias con­fissões de Aninha, Cassimiro enalte­ce a Cadeira 38 da Academia Goiana de Letras. As confissões de Cassimiro na obra Caderno de Thomas Garcia enobrecem a cultura goiana esboça­da a contos e confissões, quem sabe, no entender sem pretensão de Cora a afirmar que“não se contam as con­fissões por inteiro...”

(Antônio Lopes, jornalista, escri­tor, filósofo, doutorando em Ciências da Religião na PUC-Goiás)

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