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Guerra restaurada

“A Guerra não foi em preto e branco”. O renomado diretor de ci­nema Peter Jackson (responsável pela trilogia O Senhor dos Anéis) estreou na última terça-feira, em Londres, seu mais novo projeto. O filme They Shall Not Grow Old, ain­da sem título oficial no Brasil, foi produzido a partir de registros dos homens que lutaram na Primeira Guerra Mundial, que durou de ju­lho de 1914 até novembro de 1918. Com o material fonte, que perten­ce ao Museu Imperial da Guerra de Londres, em um projeto grandio­so de restauração, Peter Jackson deu cores, sons e três dimensões às imagens, que poderão transmi­tir melhor a realidade dos soldados que lutaram nos campos de bata­lha. A estreia mundial foi no Festi­val de Cinema da capital britânica na última terça-feira (16).

O diretor, que recebeu um Os­car em 2004 pelo último filme da trilogia O Senhor dos Anéis, disse que não recebeu nada para con­duzir o trabalho, e que fez tudo por amor. O avô de Peter Jackson lu­tou na Primeira Guerra Mundial, e ele sempre teve interesse em pes­quisar o assunto. O trabalho co­meçou há quatro anos, quando a diretora do órgão nacional de mu­seus britânicos, Diane Lees, ciente do grande interesse de Peter Jack­son pela Primeira Guerra, convi­dou o diretor para participar das cerimônias que marcam o cen­tenário do conflito, que encerrou a vida de mais de 16 milhões de pessoas. “Nossa filosofia por trás disso tudo era tentar apresentar uma imagem da Guerra que fosse como a que os soldados viveram. Eles certamente viveram a Guerra em cores”, afirma Jackson.

Para dar som às imagens, Jack­son contou com a ajuda de uma grande equipe de profissionais, incluindo especialistas em leitu­ra labial e atores para interpretar as vozes. Quadros extras foram criados por computador a partir dos frames originais, e também foi adicionado som ambiente. “En­viamos as imagens para especia­listas, então toda vez que alguém falava, eles nos davam a opinião sobre o que exatamente foi dito. Contamos ainda com atores para dar voz e tentar dar vida ao filme”, explicou o diretor neozelandês. Arranhões, quadros perdidos e películas encolhidas ao longo do século foram alguns desafios en­contrados pela equipe. “Os rostos dos homens de repente ganha­vam vida... De repente, eu estava olhando para algo que nunca ha­via visto”, diz o diretor.

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