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Fifa diz ser vítima em esquema de corrupção e Romário comemora prisões

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) afirmou que acolhe “com satisfação” as investigações das autoridades policiais dos Estados Unidos e da Suíça contra a corrupção e outras práticas ilícitas no futebol mundial. Segundo o diretor de comunicação, Walter de Gregório(foto), a entidade, apesar de ser uma vítima do suposto esquema fraudulento, está cooperando com as investigações.

“Neste caso a Fifa é uma vítima, é a parte prejudicada”, disse Walter Gregório em pronunciamento à imprensa, num hotel da Suíça, horas após policiais suíços deterem em Zurique sete dirigentes da entidade. Entre eles está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marín.

“Não houve nenhuma ação dentro de nossos escritórios, somos quem sofre as consequências”, acrescentou o diretor da Fifa ao alegar que o episódio prejudica a imagem da entidade. Ele confirmou que as prisões têm origem em investigações sobre um suposto pagamento de suborno para a escolha dos países-sede das duas próximas Copas do Mundo: Rússia, em 2018, e Catar, em 2022.

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, foram detidos além de José Maria Marín, os dirigentes da Fifa Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também é executado na sede da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), em Miami, na Flórida. Os detidos deverão ser extraditados para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York os indiciou por extorsão e corrupção.

O Ministério Público da Confederação Helvética instaurou nesta quarta-feira um processo penal contra os dirigentes para apurar as suspeitas de pagamento de suborno na escolha dos países-sede. Ainda assim, o diretor da Fifa garantiu que tanto as duas próximas edições do evento quanto as eleições desta sexta-feira (29) para a escolha do novo presidente da Fifa estão mantidas. Segundo Gregório, o atual presidente, Joseph Blatter, não está entre os investigados.

Romário comemora prisão de José Maria Marin


O senador Romário (PSB-RJ) comemorou nesta quarta-feira (27) a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, na Suíça. Crítico das ações do dirigente na confederação, o parlamentar destacou que a ação da polícia, em Zurique (Suíça), pode significar o início de mudanças no futebol brasileiro.

"Corruptos e ladrões que fazem mal ao futebol foram presos, inclusive José Maria Marin. Ladrão tem que ir para cadeia. Parabéns ao FBI [Polícia Federal norte-americana]. Infelizmente não foi a gente [polícia brasileira] quem prendeu", disse em audiência pública na Comissão de Educação (CE) do Senado que debate a situação do futebol feminino no país.

Romário disse ainda que o futebol está desse jeito por causa de pessoas que não estão interessadas em ajudar, mas só em dinheiro e chamou de "ladrão, safado e ordinário" o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. "Suas contas fora do país estão recheadas", afirmou.

Além de Marin, seis altos dirigentes da Fifa foram detidos na manhã desta quarta-feira (27) pela polícia de Zurique a pedido das autoridades dos Estados Unidos. A lista de 14 investigados por um tribunal de Nova York, por corrupção, tem outros dois brasileiros, José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, e José Margulies, dirigente da empresa Valente Corp. and Somerton.

A Agência Brasil já entrou em contato com a CBF e aguarda retorno.

Alex Rodrigues e Karine Melo - Repórteres da Agência Brasil

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