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Palmeiras encara Tigres no primeiro desafio pelo título do Mundial de Clubes

O Palmeiras começa a sua caminhada rumo ao sonhado título do Mundial de Clubes neste domingo (6), às 15h pelo horário de Brasília, contra o Tigres, do México, pela semifinal da competição. Os “auriazules” venceram o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, na última quinta-feira (4) por 2x1, de virada. Quem vencer encara Bayern de Munique ou Al Ahly na grande final. 

Os brasileiros desembarcaram no Catar na quarta-feira (3) e já no dia seguinte começaram os treinamentos visando o confronto. Na sexta, o técnico Abel Ferreira comandou um treino com bola e contou com a presença do atacante Wesley, que se recupera de lesão e participou de parte do trabalho com bola. Em contrapartida, o Verdão terá desfalque no meio-campo: Gabriel Veron, peça importante no esquema palmeirense, foi cortado. O jogador não teria condições de disputar uma possível final e, para seu lugar, o lateral Esteves foi inscrito.

O Palmeiras pode ir a campo na sua primeira partida no Mundial com Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Viña; Danilo, Zé Rafael, Gabriel Menino, Raphael Veiga; Rony e Luiz Adriano.

Depois do treino deste sábado, o zagueiro Gustavo Gómez e Abel Ferreira concederam entrevista coletiva e, além de demonstrar respeito pelos mexicanos, fizeram questão de afastar qualquer tipo de favoritismo para os brasileiros. O treinador mostrou ter feito a lição de casa, estudado a equipe e ter noção que não será um jogo fácil.

- Três vezes final de Concacaf, é patrocinada pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo e tem investido fortemente na equipe. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer. Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto é o que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes.

O técnico Abel Ferreira e Gustavo Gómez concedem entrevista coletiva após reconhecimento do campo (Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras)

Por outro lado, o Tigres precisa de ajustes caso queira se tornar a primeira equipe mexicana a jogar uma final de Mundial de Clubes. O time do brasileiro Tuca Ferretti fez uma partida de nível técnico muito abaixo do esperado contra o Ulsan. A equipe auriazul tem costumeiramente uma transição mais lenta, já que conta com jogadores mais veteranos e tem no francês Andre-Pierre Gignac a grande esperança de gols, mas no confronto das quartas a equipe sofreu muito durante o primeiro tempo com a lentidão e falta de criatividade com a bola nos pés.

Para a semifinal, os mexicanos podem não contar com Javier Aquino. O meia chocou-se de cabeça com um defensor adversário e precisou sair de campo. Segundo o clube, o jogador “sofreu um traumatismo cranioencefálico sem alterações neurológicas e com corte que precisou de dois pontos. Os exames de imagem apresentaram resultados normais e prognóstico de evolução”.

O Tigres pode voltar a campo com a mesma escalação que venceu o Ulsan por 2x1, com Guzmán; Rodríguez, Reyes, Meza, Salcedo; Dueñas, Rafael Carioca, Pizarro, Quiñones, Fulgencio (Aquino); Gignac.

Tuca Ferretti comentou sobre o adversário depois da vitória na última quinta-feira. O brasileiro pregou respeito aos palmeirenses, mas disse que sua equipe não temia o adversário.

- Foi um jogo muito disputado. Tanto a equipe coreana como nós buscamos a vitória. Creio que foi um grande jogo de futebol. Dentro das oportunidades que criamos, deu para alcançar a vitória. O Palmeiras, assim como a equipe coreana, merece todo o nosso respeito. Mas não temos porque menosprezar a um ou valorizar demais a outro. Assim como já falei, vemos todas as equipes com muito respeito, mas não temos medo de ninguém também.

ESPERANÇA MEXICANA

O francês Andre-Pierre Gignac, de 35 anos, é a referência no ataque e principal jogador do clube mexicano (Foto: FIFA via Getty Images)

Para o jornalista Gerardo Suárez, da TV Azteca, em entrevista ao site globoesporte.com, o Tigres é a equipe mais competitiva que já representou o país em Mundiais de Clube.

- Muitas vezes questionaram se existe diferença entre o nível de times da Conmebol e do futebol mexicano. O futebol mexicano compete com os da Conmebol, sem importar equipe ou o local. Este time tem plantel suficiente para conseguir, tem as individualidades para brigar. O Tigres tem uma oportunidade histórica, única, porque pode e tem com o que competir e ganhar do Palmeiras, disse o jornalista.

As melhores campanhas do país no Mundial foram com Monterrey (2012 e 2019) e com Pachuca (2017), que alcançaram a terceira colocação. O confronto entre Tigres e Palmeiras será apenas o segundo entre mexicanos e brasileiros num Mundial. Em 2019, o Grêmio despachou o Pachuca na semi por 1x0, nos acréscimos, com gol de Everton.

Everton marca para o Grêmio contra o Pachuca no Mundial em 2017, no único encontro entre mexicanos e brasileiros no torneio (Foto: Mike Hewitt - FIFA/FIFA via Getty Images)

As equipes mexicanas são recordistas em participações no torneio. Em 17 edições promovidas pela Fifa, em apenas uma o representante das Américas do Norte, Central e Caribe não foi do México - o Deportivo Saprissa foi o representante da entidade em 2005. A equipe da Costa Rica foi eliminada na semifinal pelo Liverpool, que por sua vez viria a ser derrotado pelo São Paulo na grande final.

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