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Ranking de maiores paraciclistas do mundo é liderado por goiano

O atual ranking feito pela União Ciclística Internacional (UCI) de maiores paraciclistas do mundo é liderado pelo atleta goiano Carlos Alberto Soares Gomes, de 27 anos.

Carlos teve paralisia infantil aos 6 anos e, por recomendação médica, começou andar de bicicleta para fortalecer as pernas. O dia-a-dia em cima de duas rodas virou paixão, e ele não parou mais.

A história dele, que nasceu em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, é de muita superação e garra para conquistar os títulos nacionais e internacionais que hoje ele guarda.

O diagnóstico de poliomielite, a paralisia infantil, pegou toda a família de surpresa porque ele nasceu sem deficiência física. Brincava, jogava bola, corria na rua. As tradicionais brincadeiras de criança fizeram parte do crescimento dele.

Carlos disputou as Paralímpiadas de Tokyo, no Japão, em 2020. Não conseguiu uma medalha naquele momento. Mas pensando no futuro, o goiano disputa campeonatos nacionais e internacionais para acumular pontos e disputar a segunda Paralímpiada de sua vida: a de Paris, em 2024.

Foi preciso começar o tratamento médico e fazer exercícios físicos para não deixar os músculos das pernas perderem força. Depois de alguns anos andando com dificuldade, ele ganhou uma bicicleta de presente de aniversário. Ela virou as pernas de Carlos.

A paixão só aumentava. O goiano começou a ir a lugares mais distantes, que não conseguia antes. A bicicleta passou de levá-lo de casa para a escola, para passeios e trilhas de mountain bike com amigos.

Títulos de Carlos Soares:

  • Quatro títulos de campeão brasileiro de corrida de estrada;
  • Dois títulos brasileiros de corrida pista;
  • Duas medalhas de bronze em Copas do Mundo (Bélgica e Itália, em 2019);
  • Medalha de ouro no circuito Pan-Americano de estrada e contra-relógio (Paraná, 2022);
  • Quatro vezes campeão do ranking de paraciclismo (UCI).

Depois de mostrar bom desempenho nas trilhas, o atleta foi chamado para participar de competições amadoras em Goiás.

Os títulos e boas posições nas corridas amadoras levaram o paraciclista a pódios com pessoas que não tinham deficiência. Isso chamou a atenção de um técnico da Seleção Brasileira de Paraciclismo.

Chegou para Carlos a oportunidade de se profissionalizar. Ele passou por exames para saber em qual classificação poderia correr. O primeiro título de campeão veio em 2017, numa corrida individual que contava o menor tempo pedalado em um percurso.

Veio depois uma corrida de estrada, quando ele ficou em 2º lugar. O desempenho colocou Carlos em um campeonato no Rio de Janeiro. Ele ganhou duas provas em sua categoria, a MC1.

Mas partir desse campeonato, as coisas mudaram para ele. Em 2018, ele foi convocado pela Seleção Brasileira para ir a um campeonato mundial de pista, no Rio de Janeiro. Carlos teve toda a viagem custeada pela Seleção e ganhou a disputa.

O jovem se profissionalizou e ganhou uma bolsa atleta paga pelo governo federal para se dedicar cada vez mais.

Em 2019, ele ingressou de vez na seleção, participou de três etapas de Copa do Mundo: na Bélgica, na Itália e no Canadá. Depois vieram os campeonatos de pista na Holanda, os jogos Pan-Americanos e a Paralímpiada de Tokyo, em 2020.

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