Lionel Messi foi eleito pela sétima vez o melhor jogador do mundo nesta segunda-feira, 27. Em cerimônia realizada em Paris, na França, o craque argentino superou os franceses Kylian Mbappé e Karim Benzema para levar o The Best, premiação da Fifa que não ganhava desde 2019. O evento voltou a acontecer presencialmente após anos em razão das medidas sanitárias decorrentes da pandemia de covid.
Ao contrário da Bola de Ouro, da revista France Football, o The Best considera o desempenho de cada jogador durante a temporada europeia, neste caso de 8 de agosto de 2021 a 18 de dezembro de 2022, data da final da Copa do Mundo do Catar. Messi foi escolhido por técnicos e capitães de todas as 211 seleções filiadas à Fifa, além de jornalistas especializados de cada um desses países e torcedores de todo mundo cadastrados no site da Fifa, que votaram entre 12 de janeiro e 3 de fevereiro.
A ampliação do período de avaliação foi determinante para a vitória de Messi, que fez o melhor de seus Mundiais em sua quinta participação aos 35 anos e conduziu a Argentina à glória eterna com atuações de protagonismo que ainda não havia tido em Copas. Saíram de seus pés na campanha do tri da Alviceleste sete gols e três assistências.
Considerado por alguns o maior jogador da história, maior até mesmo que Pelé, Messi alcançou a taça com que tanto sonhou no jogo derradeiro da competição mais importante de futebol.
No PSG, Messi não foi brilhante, mas contribuiu com os títulos do Campeonato Francês 2021/22 e da Supercopa da França 2022. No período compreendido da premiação, o argentino marcou 45 gols, deu 34 assistências em 74 jogos e conquistou quatro títulos.
Ele já havia conquistado o prêmio da Fifa seis vezes, em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019. Com mais um troféu, se isola como o atleta mais vezes eleito o melhor jogador do mundo. Cristiano Ronaldo é o segundo maior vencedor. O astro português já ganhou a honraria cinco vezes: em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017.
Benzema e Mbappé continuam sem ganhar a honraria da Fifa. O atacante do Real Madrid, porém, levou a Bola de Ouro ano passado pelas suas atuações de destaque na Liga dos Campeões 2021/2022, vencida pelo gigante espanhol pela 14ª vez. Machucado, ele não jogou a Copa.
O Brasil perdeu o Puskás, com Richarlison, mas foi representado por Casemiro na seleção masculina da temporada (Fifpro). O time foi formado por Courtouis; Hakimi, Van Dijk e João Cancelo; Casemiro, De Bruyne e Modric; Messi, Mbappé, Benzema e Haaland.
Noite da Argentina
A premiação foi dominada por argentinos. Não foi só Messi que festejou. Lionel Scaloni, jovem treinador de 44 anos responsável pela “Scaloneta” desbancou os renomados Pep Guardiola (Manchester City) e Carlo Ancelotti (Real Madrid) e ganhou entre os técnicos.
O provocador Emiliano “Dibu” Martínez levou a melhor sobre o marroquino Yassine Bounou e o francês Thibaut Courtois foi escolhido o melhor goleiro do mundo. Tanto Scaloni como Dibu tiveram participação fundamental para o tri da Argentina no Catar. A Copa do Mundo, logo, teve considerável peso na premiação.
Até mesmo a torcida argentina foi premiada em Paris. Os “hinchas” ganharam na categoria Fan Award pela festa nas arquibancadas dos estádios e nas ruas do Catar durante a Copa do Mundo. Os torcedores levaram para o Oriente Médio o clima de Libertadores e foram essenciais para o tricampeonato da Argentina. “Muchachos, ahora nos volvimos a ilusionar” (“Rapazes, voltamos a sonhar”), música mais famosa do grupo musical “La Mosca”, foi adaptada e embalou a seleção alviceleste na jornada bem-sucedida no Catar.
O prêmio Fair Play foi dado para Luka Lochoshvili, zagueiro georgiano da Cremonese, da Itália, que ajudou a salvar a vida de um adversário dentro de campo.