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Polícia na Ucrânia prende atirador que invadiu fábrica de mísseis e matou cinco

Por Redação

Um soldado da Guarda Nacional da Ucrânia abriu fogo nesta quinta-feira (27) contra uma fábrica de mísseis e foguetes na parte leste do país, matando cinco pessoas, informou a polícia. Embora os detalhes sejam escassos e não haja nenhum sinal imediato de que esteja relacionado ao aumento da tensão militar na região, o ataque indica os perigos do momento, com os temores de um ataque russo à Ucrânia crescendo a cada dia.

O atirador fugiu do local, levando a uma perseguição que durou horas antes do suspeito ser preso. A polícia identificou o homem como Artemi Ryabchuk e disse que ele nasceu em 2001, mas divulgou poucos outros detalhes sobre ele.

O ataque aconteceu na manhã de quinta-feira, em um local comumente conhecido como Yuzhmash, uma fábrica aeroespacial e de foguetes que as autoridades americanas há muito consideram um risco para a proliferação de armas - o tipo de localização estratégica que as autoridades ocidentais estão observando.

O atentado a tiros ocorreu em Dnipro, uma das maiores cidades do país e a mais de 160 quilômetros da linha de frente da guerra no leste da Ucrânia, onde os militares ucranianos lutam contra separatistas apoiados pela Rússia desde 2014.

Dado que a fábrica já foi um local de produção de mísseis balísticos intercontinentais, sempre esteve bem protegida, mesmo antes das últimas tensões.

A polícia disse que pouco antes das 4h, enquanto os soldados estavam recolhendo suas armas em uma guarita, o atirador abriu fogo. Havia 22 pessoas na sala no momento, disseram as autoridades. Quatro dos mortos eram colegas soldados. Um funcionário da fábrica também foi morto, disse a polícia. Outras cinco pessoas ficaram feridas.

Um comunicado do Ministério do Interior da Ucrânia, que supervisiona a polícia, disse que o soldado apontou sua arma para colegas de serviço que estavam vigiando a fábrica e depois fugiu. O comunicado disse que o soldado disparou "por razões indeterminadas".

Mais tarde, Denys Monastyrsky, ministro do Interior da Ucrânia, escreveu em um post no Facebook que a polícia estava examinando os registros médicos do suspeito desde o momento de seu alistamento, sugerindo que a investigação incluiria a possibilidade de um distúrbio psicológico.

Temor

Lideranças ocidentais temem que a Rússia possa apontar qualquer sinal de instabilidade dentro da Ucrânia como pretexto para uma intervenção militar. Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, disse este mês que os Estados Unidos acreditam que a Rússia está potencialmente buscando fabricar eventos que poderia citar como motivo para invadir, "inclusive por meio de sabotagem". Autoridades dos EUA alertaram que a Rússia pode empregar desinformação, ataques paramilitares e sabotagem.

Este mês, disseram os Estados Unidos, a Rússia enviou agentes de inteligência e sabotadores ao leste da Ucrânia para fazer uma provocação, com a infraestrutura industrial da região vista como um alvo em potencial.

O ataque ocorreu apenas algumas horas depois que os Estados Unidos e a Otan forneceram respostas por escrito às demandas russas sobre a presença de nações ocidentais em ex-Estados soviéticos, dizendo que algumas questões de segurança poderiam ser discutidas enquanto outras não eram negociáveis. (Com agências internacionais).

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