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JUSTIÇA

Isolado, Gustavo subestima autonomia dos prefeitos do MDB

Isolado dentro do MDB, enquanto defensor de candidatura própria do partido ao governo estadual no ano que vem, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, tem reagido mal à aproximação do seu partido com o DEM do governador Ronaldo Caiado e à possível aliança entre as duas legendas para as eleições majoritárias de 2022. Defendida por 27 dos 28 prefeitos do MDB em Goiás, a união de forças que pode garantir Daniel Vilela, atual presidente da legenda, e Ronaldo Caiado na mesma chapa no ano que vem, tem levado Mendanha a cometer indelicadezas com seus companheiros. Em entrevista ao jornal O Popular, o prefeito de Aparecida chega a subestimar a autonomia dos seus pares enquanto gestores e sugeriu que o apoio que eles manifestaram à possível reeleição de Caiado estaria diretamente ligada à pressão por investimentos em suas cidades. A fala de Mendanha repercutiu mal entre os emedebistas. Pábio Mossoró, prefeito de Valparaíso, por exemplo, negou que seja esse o motivo para apoiar Caiado e lembrou que o atual Governo tem sido extremamente correto no sentido de manter os repasses aos municípios. O prefeito de Campos Verdes e atual presidente da Federação Goiana de Municípios, Haroldo Naves (MDB), já havia se manifestado no sentido de esclarecer que o apoio que Caiado tem dos prefeitos emedebistas se sustenta no respeito que o democrata dispensa a todos os gestores municipais. “Com o atual governador, esses pagamentos são feitos rigorosamente em dia. Quando o governador lança uma obra no município, o dinheiro tá na conta. Então, o respeito, a credibilidade que tem Ronaldo Caiado faz com que os prefeitos procurem essas parcerias com o Governo do Estado”, frisa. O secretário de Governo da gestão Caiado, Ernesto Roller, lembra que os números dos recursos estaduais aplicados em Aparecida de Goiânia pelo Governo Ronaldo Caiado desmontam a narrativa de Mendanha. Segundo Roller, os investimentos estaduais em Aparecida somam mais de R$ 160 milhões, contemplando a área habitacional, repasses estaduais dos planos de fortalecimento para custeio e investimento para a saúde da cidade, ações de saneamento, educação e segurança pública.

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Cooptação
Ernesto Roller disse, também, que Caiado “conquista apoios com os resultados de seu governo e atende, indiscriminadamente, apoiadores e opositores, pois seu compromisso é com a população goiana”. Para Roller, “quem coopta opositores com cargos e benesses é o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que não sabe conviver com os contrários”.

Não é candidato
Mesmo com o evidente assédio que vem recebendo do PSDB e de aliados do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), Gustavo Mendanha garante que não vai deixar o MDB e não pretende disputar cargos no ano que vem. “Então, não estou buscando partido para as eleições”, afirma.

Manifestação
Em carta endereçada ao presidente do MDB, Daniel Vilela, 27 prefeitos emedebistas, embora não tenham citado nomes, criticaram a aproximação de Gustavo Mendanha com o grupo liderado pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). "Não podemos deixar que a força e a credibilidade do MDB goiano sejam utilizadas para escorar projetos políticos de grupos que nunca representaram os ideais e as práticas que defendemos”, ressaltam os emedebistas.

Autonomia
No evento em que deu posse a Antônio Cruvinel Borges Neto como novo reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o governador Ronaldo Caiado afirmou que estava devolvendo a autonomia à Universidade e garantiu que, durante a sua gestão, jamais verão ingerência política do governador na autonomia universitária da UEG. Caiado nomeou também todos os mais votados para cargos de direção na unidade.

Vacinação
Goiânia ultrapassou a marca de 1 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas. Do total de vacinados, 684.714 são de pessoas que receberam a primeira dose, 300.162 de segunda dose e 24.740 de dose única, somando 1.009.616 doses. Na cidade, 58,57% dos goianienses maiores de 18 anos já receberam pelo menos uma dose da vacina e 27,79% já foram totalmente imunizados.

CCJ Alego
O deputado estadual Humberto Aidar (MDB), titular da CCJ da Alego e que deve assumir cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), disse que pretende zerar a pauta da pasta. “Se tudo correr bem e minha indicação para o TCM for aprovada, eu quero entregar a pauta limpa e sem nenhum projeto pendente para o próximo presidente da CCJ", frisa.

Voto Impresso
O deputado estadual Henrique Arantes (MDB) disse que o TSE teria enormes dificuldades para licitar, comprar, testar e instalar impressoras nas urnas eletrônicas, em um prazo de menos de um ano. Além disso, segundo o emedebista, a impressão de voto criaria um caos enorme nas eleições atuais e que, para implementá-lo, seria necessário tempo.

Barroso volta a defender urnas eletrônicas e sistema eleitoral
O atual presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a defender as urnas eletrônicas e a criticar a retórica de ataque a elas como forma de deslegitimar o processo eleitoral.

O ministro apontou o discurso de recusa na aceitação de derrotas como uma das características de regimes autoritários contemporâneos. “Uma das vertentes do autoritarismo contemporâneo é a ideia de que ‘se eu perder, houve fraude’. É a inaceitação do outro, de que alguém diferente de mim possa ganhar as eleições”, disse.

Barroso tornou-se o principal alvo de Bolsonaro na esteira da discussão sobre o voto impresso. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem mantido o foco das suas críticas no presidente do TSE na tentativa de continuar com sua ofensiva contra a urna eletrônica, sem contudo escancarar uma ofensiva contra o poder judiciário.

Linha Cruzada

O Grupo Nacional de Coordenadores de Centro de Apoio Criminal (GNCCrim), órgão vinculado ao Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), lançou a campanha "Justiça Começa pela Vítima", cujo objetivo é conscientizar pessoas que sofreram algum tipo de violência sobre os seus direitos e a quais órgãos devem recorrer.

A campanha que será veiculada em redes sociais explicará, por exemplo, a diferença entre o Ministério Público, o Poder Judiciário e a Polícia Judiciária, além de elencar e definir seis direitos das vítimas: ressarcimento, direito à informação, direito ao tratamento digno, direito ao apoio juridico, direito de ser ouvida e direito aos serviços de apoio.

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