Giovani Ribeiro Alves ,Especial para Opinião Pública
A corrupção nossa de cada dia!
A propina, o “mensalão” e o “mensalinho”, o”petrolinho”,
O “petrolão”, empreiteiras e empreiteiros, os anões do orçamento,
O “PC Farias”, Eike Batista, Cachoeira, Cerveró, Graça Foster,
As verbas de Gabinete, Sarney Filho, Lulinha e o auxílio moradia.
A corrupção nossa de cada dia!
O “cafezinho”, a “gorjeta”, o “jeitinho”, as “tetas do Governo”
Os “QI” ( quem indica) o carguinho, a comissão, os “padrinhos “
A licitação direcionada, a “boquinha”, a “mentirinha pro gasto”
O “faz de conta”, o “empurra com a barriga”, a demagogia.
A corrupção nossa de cada dia!
A politicalha, a Educação sem Educação, a Saúde sem saúde,
A segurança pública sem segurança, o meio ambiente jogado no esgoto,
O transporte coletivo carregando animais ( ao invés de gente)
Os donos das empresas de ônibus, cada vez mais ricos,
Enquanto isso, nós daqui de baixo
(a ralé, a classe baixa e a pobreza)
Cada vez mais longe do conceito real de Cidadania.
A corrupção nossa de cada dia!
A Inflação, a Xerox autenticada, um absurdo de “cara”, os “juros altos”,
Nos Supermercados, a carestia diária, os salários dos políticos no máximo,
O salário mínimo do trabalhador, cada vez mais, no mínimo. A Amazônia sendo devastada,
Os índios pegando em armas, a presidente sendo vaiada.
A Câmara e o Senado na alienação de sempre, na mesma apatia e povo sem moradia.
A corrupção nossa de cada dia!
Corruptos e bandidos, uma herança de Portugal
Portugueses levando o “Pau” e os Índios levando o “Ferro”
Os imperadores dormindo em berço esplêndido
As autoridades sempre querendo calar a imprensa, jornalista e repórteres sendo mortos,
A República aprendendo a fazer ditadura, Estudantes mortos, idealistas torturados.
A Corrupção nossa de cada dia!
A Nova República envelhecendo, e a corrupção se renovando,
Desde a derrama ao quinto, a escravidão, a construção de Brasília (dívida externa triplicada)
De Deodoro a Washington Luís, de Washington Luís a Campos Sales,
De Campos Sales a Getúlio, de Getúlio a JK, de JK a Jânio, de Jânio a João Goulart,
De João Goulart a Médici, de Médici a Sarney, de Sarney a FHC, de FHC a Lula, de Lula a Dilma.
Cabral abriu a porta, ninguém mais fechou.
A corrupção nossa de cada dia!
(Giovani Ribeiro Alves, filósofo, professor de Filosofia na Rede Pública Estadual, em Goiânia, escritor, poeta e articulista do Diário da Manhã)