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OPINIÃO

Bola cantada

Era bola cantada, como se diz na sinuca, a queda do ministro Cid Gomes, que comandava o MEC da assim chamada “pátria educadora” do discurso de Dilma.  Depois de um passa-moleque nos bolsistas do Fies que teve, como efeito colateral, atritos com o setor privado redundando em queda na bolsa de papeis ligados ao setor de Educação, corte bilionário no orçamento do ministério, notas baixas nas avaliações do ensino básico e atrasos nos recursos do Pronatec, de fato, a vida de 'El Cid' não estava nada fácil. Mas a culpa, sejamos justos, não é só dele. Por que, diabos, Dilma tinha de nomear um ministro envolvido em todo tipo de polêmica, desde aquela inauguração de unidade de saúde com show de Ivete Sangalo (cachê de R$ 600 mil) até uma viagem que fez à França, levando até a sogra em jatinho alugado –  e sabe-se lá mais o quê – , tudo bancado pelo contribuinte? Vamos e venhamos, Cid, que mal entrou para o ministério já foi dizendo que professor tinha mais é que trabalhar por “idealismo” e não por salário, era um verdadeiro rinoceronte em loja de cristais.  Cid jamais poderia ser ministro da Educação ou de seja lá o que fosse,  ainda mais que nunca foi homem dessa área elevada à condição de prioridade máxima do governo. Nessa história toda, o menos grave foi, na minha avaliação, a refrega que o demitido protagonizou ao acusar, na condição de ministro (!), e de forma mal-educada, a Câmara dos Deputados de abrigar de “300 a 400 achacadores”. Que belo exemplo deu a presidente de nossa "Pátria Educadora" e seu ministro da Educação às nossas crianças e a todo o País.

(Silvio Natal, via e-mail)

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