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OPINIÃO

O Brasil das ruas

Valmor Bolan ,Especial para Opinião Pública

O povo brasileiro foi para as ruas nas maiores manifestações democráticas já registradas na história, desde as Diretas-Já, exatamente no dia em que o País comemorava trinta anos da Nova República. O povo foi para as ruas porque cansou-se da classe política, cansou-se dos desmandos, da corrupção, e urge que medidas sejam tomadas no sentido de combater efetivamente a corrupção. Os escândalos do mensalão, do Petrolão, também há ainda o do BNDES (que ainda não veio à tona) e tantos mais, mostram que a democracia brasileira ainda precisa amadurecer. O movimento das ruas foi um sinal de que é preciso avançar, de que a reforma política precisa acontecer, mas não é qualquer reforma política, nem aquela que favorece o governo, mas a que precisa dar força à democracia e estabelecer critérios éticos que permitam o exercício da liberdade com responsabilidade, em todos os aspectos.

O Brasil das ruas mostra maturidade na forma do povo se expressar. Nas manifestações do domingo, 15 de março, vimos que é possível se manifestar pacificamente, com civilidade e civismo, de modo ordeiro e dar um espetáculo de democracia ao mundo. Isso comprova a vitalidade do nosso povo, que responde, com criatividade, aos anseios da Nação.

Esperamos que as manifestações continuem assim, motivando as iniciativas que se fazem necessárias, e que atitudes sejam tomadas para coibir toda e qualquer ilicitude e improbidade na gestão pública, para que os recursos dos contribuintes sejam destinados às realizações que visam ao desenvolvimento do País. O Brasil das ruas quer um Brasil para os brasileiros com ética, liberdade, responsabilidade e competência. Que venha uma reforma política que dê respostas concretas ao clamor das ruas, pelo bem de todos. E que o governo mude e corte na própria carne.

(Valmor Bolan, doutor em Sociologia)

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