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OPINIÃO

O muro da vergonha ou de segurança?

Eduardo Guilherme Barbosa ,Especial para Opinião Pública

Foi de profundo desrespeito com a nossa presidente Dilma Rousseff, o protesto do senador Ronaldo Caiado, numa matéria publicada aqui no Diário da Manhã, nesta sexta-feira, 20/03/20015. O que o senador classificou de mudo da vergonha não é nada mais que um sistema de segurança que o chefe de uma nação necessita para resguardar a própria vida.

O senador relata que a presidente não tem condições de ser recepcionada em um lugar que não estivesse sitiada por um muro, o muro da vergonha: o momento em que estamos vivendo é extremamente delicado, frisa: no meu ponto de vista, o momento é delicado também para a nossa presidente, não foi só o muro, foi formado um cinturão policial em torno da câmara municipal, mas pelo visto o senador Ronaldo Caiado não está nem um pouco preocupado com a integridade física da representante maior da nossa nação.

Não é por que ela foi eleita pelo povo que é obrigada a dar a cara à tapas. O momento em que estamos vivendo é realmente delicado por que estamos vivendo uma época de protestos e a nossa presidente não é obrigada a ser expor abertamente nessas circunstâncias.

A elite brasileira, a mídia e a oposição se uniram para atribuir todas as mazelas do país em um só culpado: a própria presidente: por isso está sendo hostilizada em  todas as conferências. Vergonha maior seria se a presidente Dilma Rousseff sofresse um atentado por falta de segurança na capital do estado do senador Ronaldo Caiado, como ele frisa.

Em relação à falta de credibilidade, recentemente a presidente criou um pacote anticorrupção que será enviado ao congresso e é bem provável que o senador Ronaldo Caiado será o primeiro a questioná-lo.

Ronaldo Caiado responsabilizou a presidente até pelo bate-boca do ministro da educação com os deputados, sendo que foi um ato de pura responsabilidade do próprio ministro Sid Gomes por que não suportava mais ver a própria base aliada fazendo oposição ao governo, mas infelizmente é proibido falar a verdade nesse país, tanto é que logo em seguida o próprio ministro pediu demissão.

O muro de segurança ou da vergonha, (como queiram) era mais que necessário já que nos últimos tempos virou moda dos manifestantes invadir espaços públicos e o senador sabe muito bem desta triste realidade. O senador citou que os goinienses são um povo ordeiro de receptivo, mas no ato de uma possível manifestação nunca podemos prever o que pode acontecer. Vivemos num país extremamente violento que já contabiliza 56 mil assassinatos por ano e o estado de Goiás é um dos protagonistas desse horror. Não estou querendo dizer com isso que será um perigo à nossa presidente vir à Goiânia: longe de mim! É que segurança é prevenir e não remediar.

A presidente Dilma Rousseff veio à Goiânia para disponibilizar 200 milhões de reais para a conclusão das obras do novo aeroporto Santa Genoveva que está paralisado por falta de verba e para assinar as obras de serviço Bus Rapit Transit (BRT) que é um corredor exclusivo para ônibus em Goiânia com mais de 20 km de extensão. Um investimento da ordem de 370 milhões, com recursos do PAC da mobilidade através dos ministérios das cidades: curiosamente sobre isso, o ilustre senador não falou.

(Eduardo Guilherme Barbosa, aposentado)

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