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OPINIÃO

Vecci na Cultura

Px Silveira, Especial para o Diário da Manhã 

A gestão pública do setor cultural está marcando novos posicionamentos no Brasil e não dá mais para seus gestores (alô Goiás!) ficarem de braços cruzados.

A conta é simples. E vem de uma equação que, de tão óbvia, ficou muito tempo sem ser notada pelos governantes. A cultura perpassa tudo que a gente faz.

Contribui para o fortalecimento desta percepção a volta do ministro Juca Ferreira, que muito embora primeiro chegou à Esplanada assessorando o ex-ministro Gilberto Gil, prova que tem luz própria.

Para Juca, a cultura "é quem qualifica e dá sentido à experiência humana”. Ela é, portanto, um dos principais pilares da própria democracia que queremos.

O ministro é enfático ao afirmar: “Somente a cultura pode agregar valor ao desenvolvimento e abrir caminho para a inovação no seio da sociedade".

Ele continua: “"Entendida deste modo, a cultura se coloca na centralidade da agenda pública contemporânea, permeando todos os campos da vida social, todas as áreas do conhecimento, como algo inerente ao próprio ser humano".

Temos, assim, um sentido ampliado do que deve ser a gestão pública da cultura e seu papel na contemporaneidade. Há tempos queremos ver a cultura ser tratada não como um segmento ou mero setor da gestão pública, mas sim, ser tratada como uma dimensão, que é o que ela realmente é.

E neste começo de ano em que as coisas não estão nada fáceis no relacionamento do governo com a sociedade, ao menos nos consola saber que temos gente que busca entender a cultura de outra forma, ampliando seu significado, o que já seria um bom começo para as mudanças que queremos.

Neste cenário, notícia boa foi saber que o deputado federal Giuseppe Vecci, eleito por Goiás, vai colocar sua experiência de gestor de planejamento a favor da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Nem bem chegou, já conquistou confiança e espaço.

Sua primeira intervenção foi reconhecer que são (muito) escassos os recursos orçamentários destinados à área da Cultura. À partir desta constatação, ele propõem definir prioridades para os trabalhos da Comissão, com a elaboração de um “planejamento proativo”.

“Temos que ter um momento para poder definir as prioridades, do ponto de vista de proatividade e não de reatividade da Comissão de Cultura”, afirma o deputado.

Na visão esclarecida (do ministro e de políticos que conseguem abrir os olhos) a cultura é como o líquido plascentário que envolve a humanidade em seu constante nascimento. Ela precede tudo o mais que fazemos ao estabelecer os laços da vida social – incluindo obviamente os da política. Não é outra a conclusão: se à percepção do ministro da cultura se alia o planejamento de uma Comissão esclarecida, muitos avanços virão.

Px Silveira,Institutro ArteCidadania

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