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Atos e fatos pitorescos de celebridades – II

Ainda ando muito ocioso, por este motivo continuo a esmiuçar os atos e fatos pitorescos de celebridades. Vou continuar hoje. Balzac, (Honoré de – 20/05/1799 a 18/08/1850), quando escrevia um romance fechava-se no seu quarto durante mês e meio, com as portas de dentro e janelas fechadas; trabalhava dezoito horas por dia, à luz de quatro velas, vestido com um grande roupão de caxemira branca, como se fora um frade, preso na cintura com um cordão clerical e a cabeça coberta com um barrete de veludo preto. Chateaubriand (François-René de – 04/09/1768 a 04/07/1848), quando ditava ao seu secretário passeava pelo escritório ou quarto com os pés descalços. Victor Hugo (26/02/1802 a 22/05/1885), quando se achava inspirado, ia andando e resmungando, depois escrevia em pé, deixando cair as páginas à medida que as ia preenchendo. Gluck (Christoph Willibald – 02/07 1714 a 15/11/1787), para compor, mandava, muitas vezes, transportar o instrumento onde executava as suas composições, o cravo, para o meio de uma floresta ou campo. Alexandre Dumas (24/07/1802 a 05/12/1870), só queria escrever em grandes folhas de papel quadriculado, com cerca de 40 centímetros de comprimento. Voltaire (François Marie Arouet – 21/11/1694 a 30/05/1778), era capaz de compor várias obras ao mesmo tempo e cada uma destas ‘’em vias de execução’’ era colocada sobre uma estante, e conforme sua inspiração, ora escrevia numa, ora noutra. Garfield (James A. – 1831/1881), Presidente dos Estados Unidos, tinha-se habituado a escrever em grego com a mãe esquerda e em latim com a mão direita, ao mesmo tempo. Emile Zola – (02/04/1840 a 29/09/1902), nunca era capaz de escrever os seus romances, sem ter, previamente, acendido uma vela, mesmo em pleno dia. Paderewski (lgnacy Jan – 18/11/1860 a 29/06/1941), o grande pianista, tinha o maior cuidado em entrar sempre com o pé direito numa apresentação pública ou em sua casa. Vou continuar a escrever acerca dessas manias de alguns homens célebres. Sir Gilbert Parker (23/1 1/1962 a 06/09/ 1932), o grande romancista inglês, tinha por hábito, conforme narram seus biógrafos, quando ditava os seus romances, gostava de amarrar um lenço de seda, muito espesso, sobre os olhos; afirmava ser este o meio mais eficaz para concentrar suas ideias. Talvez, algum dia escreva essas manias em relação às celebridades aqui da Província. Sei de muitas coisas, algumas publicáveis, outras não. Que fiquem todos com a barba de molho!

(Luiz Augusto Sampaio, membro da Academia Goiana de Letras e Instituto Histório e Geográfico de Goiás)

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