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OPINIÃO

Com-paixão de Deus

Com a aproximação de Deus através de Jesus, com os seres humanos que se encontram neste mundo, cansados e muitos desanimados, ele demonstra com-paixão de nós e solidariedade. Jesus tem o intuito de conduzir-nos ao seu reino de amor, justiça e bem-aventurança.

O Espírito de Deus agora que sopra onde quer, preparando e fazendo conhecido Jesus, que anuncia o reino de amor e justiça, provocando assim uma transformação na vida daqueles que dele se aproxima. Cabe a todos e todas que ouviram esta mensagem e dela compartilha, anunciar também o testemunho de uma igreja transformadora e acolhedora, que tem como missão anunciar a compaixão de Deus. Desta forma a igreja poderá afirmar que Deus ama a humanidade como uma mãe que desde as suas entranhas luta por seus filhos e filhas.

Muitas igrejas do presente têm anunciado um evangelho que não transforma e não faz conhecida a com-paixão de Deus. Esquecem que missão diz respeito ao ser inteiro das pessoas e da igreja de Deus. Missão como com-paixão é um lema e um programa, um alerta e um desafio. É um reconhecimento e uma esperança. Com-paixão pode ser uma autêntica reinterpretação e renovação do evangelho para hoje. Podemos de certa forma, afirmar que a renovação deste evangelho da missão se dá justamente nos períodos de crise, crise esta, que a maioria das igrejas sofre.

Um projeto para desenvolvermos na comunidade local, seria em primeiro lugar, entendermos a nossa missão como comunidade transformadora, assim tentar contextualizar o evangelho. Compreendendo o modelo da encarnação de Jesus, lembrando que esta tentativa seria o princípio para o resgate dessa dimensão imprescindível da fé cristã. A atuação da comunidade no contexto social, cultural, político, econômico, a partir de uma vivência profunda da fé em Jesus.

A proclamação do evangelho, da vivência da fé e do amor, do serviço libertador e da solidariedade “evangélica”, deve ser então o alvo e o projeto inicial para uma igreja de hoje, igreja esta, que ultrapassa fronteiras geográficas, culturais, de gênero, tendo uma nova experiência de comunidade livre e libertadora que segue o caminho do seu mestre: libertando, curando, transformando, amando, cuidando, proclamando e autenticando um evangelho de justiça, amor e paz para hoje e não apenas com o pensamento numa transformação vindoura. Evangelho este que atua em todas as áreas: social e pessoal de cada individuo que for alcançado.

(Francisco Neto, formado em Teologia e Pedagogia, especialista em educação e psicopedagogia. http://www.amarelasinternet.com/professorfrancisconeto)

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