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OPINIÃO

O andar da carruagem na maturidade

Em cada idade temos uma velocidade em busca de nossos objetivos.

Na adolescência, no apogeu dos sonhos, caminhamos em alta velocidade. Sem parada fixa, nos aventuramos nos caminhos da vida sem perícia e sem destino.

Na maturidade, não somos nós que pomos a velocidade e sim a vida.

Perito e seguro caminhamos mais lentamente em direção a objetivos alcançáveis.

Na velhice, estagnamos e aprendemos que a contemplação com passos épicos do passado é melhor do que os passos frágeis do presente.

Destas três estradas que cronologicamente caminhamos são os resumos de nossas viagens em nossa aventura terrena.

Os desastres da primeira caminhada não são fatais. A segurança e o brilho de nossas manobras da segunda  são verdadeiros. E o saudosismo e o conformismo da terceira  são reais.

Nossos passos na maturidade só se deslocam se há possibilidade de êxito de chegar ao fim. São substancialmente  concretos. Nesta época da existência, a vida destrona qualquer improviso e tem a clareza das águas cristalinas. Onde, no fundo, observamos com nitidez os buracos das estradas e os perigos das curvas. Andamos em velocidade certa, com o tempo, definitivamente de acordo do caminhar com   segurança.

As aventuras da adolescência são apagadas pelo estilo soberbo e seguro do caminhar na maturidade. Nela não abandonamos quilômetros que faltam mesmo impregnado de cansaço e nem estendemos objetivos para lugares inatingíveis. Nossa vontade abraça a realidade na medida certa.

Se você está na maturidade, compreenda que o andar da carruagem é lento, porém seguro e certeiro.

Não lamente os caminhos abandonados na adolescência, ande com certeza que a chegada na maturidade de passos certeiros aparecerão para que na velhice tenha quilômetros épicos rodados.

Na maturidade, temos que andar mais lentamente de que na adolescência e mais veloz do que na velhice. É nela, porém que construímos sonhos em rochas solidas. Por isso, é época de agir com segurança em tempo determinado.

(Juarez Alvarenga, advogado e escritor, 29. [email protected])

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