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Feira do Setor Centro-Oeste completa 40 anos de sucesso

Antes de encerrar a década de 60, a maior feira de Goiânia que localizava-se na Praça A, antiga Praça da OK, e funcionava em sua plenitude aos domingos e atraía tanto os moradores de Campinas como também os de Goiânia, pois era assim mesmo que as pessoas faziam questão de se referir.

Com o advento das mudanças progressistas que ocorreram com a transformação da Avenida Marechal Floriano/Amazonas em Av. Anhanguera com pista dupla, a feira foi deslocada para as imediações do Estádio Antonio Accioli.

Em 1975, com a implantação da Ceasa e a mudança do comércio atacadista de Hortigranjeiros que funcionava em frente ao mercado da Vila Operária, atual Setor Centro Oeste, a feira foi então remanejada para aquela localidade e funciona até hoje às 5ª feiras e aos domingos.

Completam-se em 2015 40 (quarenta) anos de funcionamento desse tradicional comércio que vem resistindo às dificuldades que são decorrentes do processo modernizador que vem ocorrendo com o comércio varejista de secos e molhados, carnes, frios, grãos e hortigranjeiros de nossa capital.

Até pouco tempo atrás Goiânia não era dotada de estruturas comerciais aos moldes de Peg Pague, supermercados, hipermercados e verdurões e nem ao menos mercearias especializadas. O comércio não abria aos domingos e muito menos à noite.

Os mercados municipais comandados pela prefeitura de Goiânia funcionavam aos domingos até o meio dia e com a particularidade de oferecerem gêneros alimentícios para a população ao contrário de atualmente priorizarem o sistema de Camelódromo e cito como exemplo o Mercado de Campinas.

Retornando ao enfoque das feiras de Goiânia e especificamente à feira do Setor Centro-Oeste questão faço de citar que nesses 40 anos de existência vem atuando e principalmente aos domingos serve de ponto de encontro da sociedade goianiense atraindo milhares de consumidores.

A procura intensa ao café moído na hora do sr. Oto, Batista e Salvador além de cereais selecionados, verduras das bancas do Amauri e Marlene, Vaninho, Eustaquio, Nelson e Maria, distribuidora de folhas produzidas com águas de minas do Euripedes, bolos e biscoitos do Eudes e Marley oriundos de produção própria da fábrica no Setor Solange Park e do Wanner, que prima por qualidade, queijos, doces, polvilho e farinha nas bancas do Osmir pioneiro remanescente da feira, do Donizetti e o Wilson, o Alex que comercializa doces tradicionais e queijos e de excelente memória quando relata fatos da feira da Praça OK, a procurada banca de folhas e carne de porco e lingüiças temperadas e caipira da Irene e José Teodoro.

Os comerciantes de carnes de porco Celito, Adão e Elenice e Wellington/Carine com qualidade comprovada.

A banca de revistas do Eustáquio é o point para os encontros dos Atleticanos (maioria), vilanovenses, esmeraldinos e alguns torcedores do Galo Carijó e tudo acaba em festa.

As mais variadas classificações de bananas encontram-se nas bancas do sr. João, Valdeir e Maikon, laranjas e mexericas são comercializadas inclusive descascadas nos pontos do Vanderlan e Rosangela, Alaides, Sandro e do Silas, inclusive com sucos feitos no momento, abacaxis do Hélio Davi descascados e embalados.

O conceituado cidadão de Goiás sr. Domicio Barbosa irmão do dr. Zeles Barbosa que vende mamão, cajus e mangas só pelo prazer de rever amigos e conversar com as pessoas. Principalmente quando os dois estão juntos só falam do Goiás Esporte Clube.

O stand de vendas de frutas do Roberto antes denominadas de frutas nobres e dona Célia da Ró e finalmente quero me referir à procura dos consumidores de diversos bairros de Goiânia até formarem imensas filas à frente da pastelaria do Silas na certeza de degustarem variados e os melhores tanto em asseio como na qualidade e atendimento. O Chiquinho com milho verde já preparado faz sucesso.

Os temperos e pimentas à granel comercializadas na feira nas bancas da Cristiane, Baiano, Nelcina e Divina despertam a certeza dos freqüentadores de estarem adquirindo produtos frescos e sem problemas com as datas de validades. Guarirobas já prontas para o consumo do Hamilton e Nivaldo.

O ponto do Clóves digno representante remanescente da Salsicharia Vitória de dona Catarina e marca de respeito de Goiás.

O dr. Augusto odontólogo e de família japonesa que produz e vende folhagens aos domingos.

O caldo de cana do Ademar de Barros acompanha as iguarias.

Discorri sobre pontos estratégicos dessa feira para poder afirmar que ela resiste até nossos dias, graças aos esforços e eficiência desses baluartes agentes e de seus familiares e aqui eu registro e afirmo que benefícios diretos da Prefeitura de Goiânia não existem e para confirmar é só pesquisar entre os feirantes.

O Sindicato dos Feirantes não marca presença nas feiras e nem apóia a categoria e se eu estiver equivocado é só mostrar o contrário...

Quero parabenizar toda a categoria e os esforços de quem labuta na feira do Setor Centro-Oeste que brilhantemente completa em 2015 40 (quarenta) anos de existência servindo de cartão de visitas de nossa Campininha das flores.

Parabéns nobres feirantes e familiares que labutam das madrugadas até o entardecer para servir bem nossa sociedade.

(Mário Ghannam, foi administrador dos mercados e feiras de Goiânia; presidente da Ceasa/Goiás; Associação Brasileira da Ceasa; Associação Sulamericana; ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia; deputado estadual; diretor-geral - OVG; ex-presidente - Jóquei Clube de Goiás)

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