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OPINIÃO

Combate à dengue: um dever de todos!

Nós estamos em guerra. Nosso inimigo é pequeno. Tem aproximadamente meio centímetro de comprimento, mas um enorme poder de destruição.

Uma única fêmea do mosquito Aedes aegypti pode gerar mil e quinhentos mosquitos. O ciclo de reprodução acelerado dificulta ainda mais o combate. Os ovos, quando depositados, levam entre 7 e 10 dias para chegar à vida adulta. Os reservatórios para o desenvolvimento dos seus ovos são os locais onde há água parada, suja ou limpa.

Hoje, o mosquito é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), emitiu alerta epidemiológico mundial, com recomendações aos seus Estados-Membros, para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do Zika vírus, também transmitido pelo inseto.

Na capital, o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, mostra que a situação também é preocupante. Nas primeiras semanas desse ano foram notificados 7.478 casos suspeitos de dengue. Entre os bairros com maiores índices de notificações estão Residencial Real Conquista II, Madre Germana II, Jardim Novo Mundo e setores Bueno e Oeste.

As informações evidenciam que o problema não está concentrado apenas nos bairros periféricos ou centrais. Está em todo lugar. No comparativo, o ano de 2015, superou o registro de número de casos de anos anteriores, revelando a maior epidemia, desde a entrada do vírus da dengue com 79.095 casos. 36 pessoas morreram. E neste ano, a situação é ainda mais dramática.

O mosquito que transmite a dengue e febre chikungunya, está cada vez mais doméstico. Bem adaptado às nossas cidades e ao nosso clima de temperaturas elevadas e chuvas, principalmente nesta época do verão. A capacidade de mutação surpreende pesquisadores. De acordo com estudos científicos, paralelamente, existe um aumento do número de casos de uma síndrome neurológica que paralisa os membros inferiores, podendo atingir segmentos superiores do corpo, levando, inclusive, a situações de gravidade como a paralisia da respiração. A Síndrome de Guillain Barré. Esta síndrome não é nova. Mas sua associação com o Zika vírus é.

O Zika virus, tem ainda fortes indícios de ligação com casos de microcefalia. Uma malformação congênita, em que o cérebro do feto não se desenvolve de maneira adequada para idade e sexo. Neste ano, 43 casos da doença foram notificados em Goiânial. Entre eles, duas gestantes. Na capital, 13 casos de microcefalia em recém-nascidos são investigados. Em todo país, são 4.783 casos suspeitos de microcefalia.

A Prefeitura de Goiânia não tem medido esforços para vencer as batalhas. A nossa guerra ao mosquito é permanente. Sem trégua. Durante todo o ano, mantemos uma política permanente de controle. Mas somente a ação do poder público não basta. É preciso, mais do que nunca, que a população colabore na caçada aos transmissores, dentro de suas casas e quintais, locais de maiores propagações. Cerca de 90% dos focos do mosquito estão em áreas particulares.

A única forma de vencermos a epidemia é impedir a reprodução do Aedes Aegypti, ou seja, acabar com os criadouros. E nesse processo, a participação e união de toda sociedade é importante! A única forma de vencermos a epidemia é impedir a reprodução do Aedes aegypti, ou seja, acabar com os criadouros. A participação de todos é importante! Cada um de nós, precisa fazer sua parte e erradicar o maior número possível desses focos do mosquito, pois ainda temos muito calor e chuva pela frente.

(Edilberto de Castro Dias é advogado, ex-controlador do município e atualmente, diretor-presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia)

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