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OPINIÃO

E a população carente, como fica?!

Infelizmente, o mundo está vivendo um período marcado por confusões políticas, doenças, desemprego, mortes por brigas em trânsito, enfim, são tantas situações marcadas por dor, por desespero, que o famoso ditado:

“Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega”, nunca foi antes tão comentado por aí.

A população assombrada não sabe mais como defender-se, principalmente quando o assunto é doença, dinheiro e sobrevivência.Não bastasse a zika, a dengue, quem está novamente aparecendo e trazendo ansiedade e angústias é o vírus da gripe H1N1, conhecida como gripe tipo A.

Algumas medidas auxiliam na prevenção dessa tão temida doença que fez há alguns anos passados muitas vítimas e que já chegou espalhando um rastro de mortes e preocupações. Lavar as mãos, usar álcool gel, máscaras, evitar locais com muita aglomeração de pessoas contribuem na profilaxia, mas não trazem a cura para quem contrai a doença.

A outra alternativa e a mais segura com certeza é a aplicação da vacina anti-gripal, no entanto muito é comentado que algumas pessoas pela rede pública teriam acesso à mesma: gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas, crianças de até uma certa idade. É levado em conta que tais pessoas teriam a imunidade mais carente e a alternativa para aqueles que não se enquadram nessas condições é buscar o socorro nas clínicas particulares.

Quanto pânico tem-se observado nessas clínicas, por conta da população sentir-se com medo, ter que pagar um valor financeiro considerável e ainda deparar-se com a ausência dessa vacina ainda que seja nessas clínicas particulares.

Mais do que ouro tem valido essa vacina, ao chegarem nas clínicas, não tem dado para quem necessita, ou seja, boa parte da população.

A sociedade então questiona que muitas pessoas de várias idades vieram a óbito e da mesma forma outras tantas, caso contraiam o vírus. E porque não ter quantidade de vacinas para toda a população ou pelo menos para quem desejar imunizar-se?! Todos são obrigados a pagar seus impostos e todos no que concerne à doença estão em grupo de risco, haja vista a mesma não escolher suas vítimas.

Como fazer então com a população carente que não está em grupo de risco e sequer tem um trocadinho do salário no final do mês para fazer um simples passeio na cidade? De onde tirar cem ou ainda cento e cinquenta reais para tomar a vacina particular?! Mas essa mesma gente tem que pagar todos os seus impostos, sem distinção alguma!

Não há interesse algum nesse artigo em criticar quem quer que seja, apenas questionar, indagar acerca dos direitos de toda a coletividade, inclusive o primeiro e indiscutível deles: o direito à vida!

Constitucional e primeiro bem no rol dos objetos jurídicos a serem protegidos. A gripe fatal não tem escolhido idade e muito menos pessoas altas, baixas, magras, obesas, enfim, tem disseminado o pânico e matado inclusive pessoas de 17 anos, 20 a 40 anos, que não estão nos chamados grupos de risco. Pessoas com imunidade mais baixa correm um risco maior de contrair o vírus, mas outras que não estão em grupos de risco também estão sujeitas a contraírem o vírus e virem a óbito, isso é inegável!

Lamentável mais essa preocupação e a não igualdade de direitos!

(Kelly Lisita Peres é advogada, professora universitária, pós graduada em Direito Civil, Penal, Processo Penal e Docência Universitária)

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