No meu artigo anterior (XVIII), em extenso relato, enumerei as generalizadas qualidades dos políticos goianos entre vivos e mortos, citando vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e governadores, que atuaram muito bem no período de cada mandato eletivo, mostrando a atuação legislativa e executiva honesta, produtiva e ética realizada em favor de Goiás, é claro, refletindo positivamente em todo o Brasil.
Por um lamentável esquecimento, entre outros, deixei de citar a passagem governamental de José Ludovico de Almeida (Juca Ludovico), um homem público de irreparável conduta frente aos negócios e cargos públicos eletivos que exercitou com responsabilidade, ética, honestidade e muito cuidado com a coisa publica que era uma das suas características de homem publico fiel as suas origens, bem como igualmente omiti as destacadas atuações de José Feliciano Ferreira e Henrique Santillo, ambos de inesquecível e saudosa memória, qualidades impar na política goiana.
Juca Ludovico era natural de Itaberaí, sua terra natal, berço igualmente de tradicionais políticos trabalhadores honestos que ocuparam importantes cargos em Goiás, como Paulo Rezeek, Tércio Caldas, que foram conselheiros do TCM, todos considerados “mão fechada” ou “pão duro”, porém honestíssimas no trato do erário público.
Juca Ludovico na sua longa e honesta trajetória política, firmou-se no cenário da atividade eletiva de Goiás, por indicação e recomendação de Pedro Ludovico que apesar do sobrenome “Ludovico”, não tinha nenhum parentesco com o legendário construtor da magnífica Goiânia, orgulho de todos os goianos.
Juca Ludovico foi pioneiro em coisas importantes que aconteceram em Goiânia, Goiás, com reflexos no Brasil inteiro, tendo participação ativa transferência da capital brasileira que era sediada no Rio de Janeiro, dali sendo transferida para o território goiano, onde foi construída a moderna e belíssima metrópole que é Brasília, edificada pela beleza e arquitetura de Oscar Niemayer, escolhido pelo grande presidente Juscelino Kubitschek, que em produtividade, foi o maior presidente que administrou o Brasil, levando o país a sua maior fase de progresso e desenvolvimento, com incremento e desenvolvimento da industria automobilística , equilíbrio na economia brasileira, com o contrabalançar da receita com a despesa, construção da rodovia Belém-Brasília, industria naval, e outras importantes iniciativas que tornou o Brasil conhecido como nação em desenvolvimento.
Juca Ludovico como governador do Estado de Goiás, facilitou documentalmente a desapropriação da área onde seria instalado o Distrito Federal - Brasília, que contou com a irrestrita colaboração de Altamiro de Moura Pacheco e outros baluartes, o que seria juridicamente impossível se não fosse a colaboração desses idealistas e patrióticos goianos.
Foi no governo de Juca Ludovico que se construiu a “Hidroelétrica do Rochedo, alcunhada pelos seus adversários políticos como “Rochedo Rachado”, em razão de apresentar algumas fissuras (rachaduras) em sua barragem. Anteriormente, havia uma espécie de improvisada hidroelétrica construída na periferia de Goiânia, denominada Jaó, nas imediações do Clube que lhe empresta o nome.
Esse modesto e roceiro jornalista é testemunha ocular dos grandes feitos de Juca Ludovico, enquanto homem público, governador do Estado de Goiás e Secretário da Fazenda do Estado, quando disciplinou e equilibrou as finanças, arrecadação e o contrabalançar da receita com a despesa de Goiás, permitindo o normal pagamento do funcionalismo público estadual em dia o que anteriormente era pago com muito atraso, por falta de dinheiro disponível no caixa do erário estadual. Para comparação e registro histórico, quando da interventaria de Pedro Ludovico no Estado de Goiás. Com a inexistência de dinheiro em caixa para pagar servidores do Estado, Pedro Ludovico determinou ao então Secretário da Fazenda Juca Ludovico que disponibilizasse as folhas de pagamento de salário do funcionalismo que era entregue ao final de cada mês a cada funcionário público, e estes, para socorrer as naturais e inadiáveis despesas familiares, procuravam os conhecidos “agiotas”, portadores de moedas disponíveis e ato continuo descontavam as folhas salariais, resolvendo as necessidades de cada um dos servidores que assim ia levando e cobrindo suas despesas, quase sempre fazendo outros “bicos” de ganho extras, equilibrando a sempre combalida e necessária despesa familiar.
Juca Ludovico, sempre que exerceu funções eletivas ou a nível secretarial, ajudou de maneira disciplinar, como pôde, os municípios e povo goiano que viveram dias de paz e tranqüilidade, deixando saudades políticas e administrativas na sua atuação publica. Um exemplo a ser seguido nos dias atuais, já que estamos escrevendo sobre a atuação dos chefes de finanças que se destacaram nas atividades financeiras de Goiás. É bom lembrar a positiva atuação secretarial do falecido deputado e Secretário da Fazenda Sebastião Arantes e Ibsen Henrique de Castro, ainda vivo, que em seus respectivos períodos a frente dos negócios fazendários, marcaram época.
Juca Ludovico com governador do Estado de Goiás adquiriu terreno e de maneira pioneira, fez construir em terras aparecidenses a iniciante Penitenciaria denominada Centro Penitenciário Agrícola e Industrial de Goiás (Cepaigo), atual Agência Prisional Odenir Guimaraes, até então único órgão penitenciário de grande porte no Estado, cuja instalação é sempre recusada por todos os municípios goianos e suas autoridades, pelas inconveniências sediativas que trazem no bojo, a instalação e funcionamento de presídios, geradores de seguidas rebeliões e confusão de toda sorte, colocando a população em constante polvorosa.
Até os dias de hoje, os dirigentes, autoridades e o povo aparecidense são contra a existência e ampliação das instalações do tradicional e citado presídio, por suas naturais e negativas conseqüências.
Este jornalista, ao contrário do que pensam as autoridades aparecidenses, no exercício do meu direito e prática de pessoal civismo, assegurado constitucionalmente, entende continuar dando apoio a instalação e logística de ampliação do Presídio CPP, porque na busca de solução desta problemática presidiária que assola todas as unidades federativas do Brasil, necessariamente, devem contar com a solidariedade de todos os brasileiros no sentido de colaborar na solução da grave crise carcerária porque passa a nação. Portanto, a salvaguarda desta questão, em referência ao caso especifico de Aparecida de Goiânia é permitir enquanto houver espaço, que se amplie para melhor o discutido e existente presídio aparecidense. Somente com a união, compreensão e esforço de todos brasileiros resolveremos os graves problemas que assolam o Brasil neste particular, sacrificando o já sofrido povo brasileiro.
De igual falta de sorte, esqueci também de registrar no período governamental dos diferentes chefes de executivo goiano e atuação de cada um, o que agora faço na pessoa e homenagem do falecido governador José Feliciano Ferreira, natural da cidade de Jataí – GO., que ascendeu a governadoria do Estado, sucedendo o mandato de Juca Ludovico. De origem e conhecedor dos meandros e vida ruralista fez uma administração de resultados, especialmente nos setores da educação, saúde e segurança, realizando e espalhando, democraticamente, obras por todo interior goiano. Fez um governo municipalista e pacificador.
Nesse ínterim, vindo da classe e política estudantil, depois de muitas démarches entre a cúpula peemedebista, até mesmo em choque com a liderança de Iris Rezende, com consagradora votação, chegou a chefia do executivo goiano a carismática figura de Henrique Santillo, natural do Estado de São Paulo, que era considerado um dos maiores tribunos de Goiás, sendo depois ministro da saúde e senador da república, funções eletivas que atuou muito bem e com destaque. Governou com certa reserva a Iris Rezende, realizando obras importantes em todos os municípios goianos. A honestidade e capacidade administrativa realizada pelo governador Henrique Santillo, era fato reconhecido unanimemente por seus correligionários e até mesmo adversários, que reconheciam nele um homem publico de muitas e indiscutíveis qualidades. Na luta e atividade política, entre outros políticos nascentes a época, por conta própria e a seu gosto, Henrique Santillo escolheu a dedo o seu herdeiro predileto na figura política do iniciante classista estudantil, o então deputado Marconi Perillo, posteriormente 4 vezes eleito com expressiva votação a governador por Goiás, para agrado e satisfação da maioria do povo goiano. Pessoalmente, entendo que o mais oportuno procedimento e legado deixado em favor da população de Goiás, se deu a partir do momento em que Henrique Santillo apadrinhou a vida e direcionamento da atividade pública exercida até agora por Marconi Perillo, um governante que colocou Goiás no rumo do progresso e desenvolvimento. A família Santillo, de uma forma ou de outra, teve grande projeção política/eleitoral em Goiás e no Brasil, com a eleição de Ademar Santillo, sua esposa Onaide Santillo, Romualdo Santillo que fizeram história política positiva em Anápolis e Goiás.
Tudo que for bom para Aparecida de Goiânia, Goiás e o Brasil, terá o meu acolhimento. Porém, todo aquele que prejudicar Aparecida, me verá pela frente. Seja quem for.
A par de reconhecer que até agora, dentre os vários chefes do executivo goiano, aquele que mais trouxe genéricos benefícios ao Município de Aparecida de Goiânia, por extensão ao Estado de Goiás e com reflexos no Brasil inteiro, foi e tem sido o governador Marconi Perillo. O reconhecimento e sua declaração é uma qualidade dos justos.
(Freud de Melo, ex-vereador, ex-prefeito e criador do município de Aparecida de Goiânia)