Ainda sobre Jesus, acrescentem-se mais alguns subsídios.
Foi Chico quem nos ensinou a conhecê-lo e amá-lo com maior intimidade.
Falando sobre Jesus, que nascera em Belém de Judá, mas que se criara em Nazaré, um burgo na Galileia nas cercanias do lago de Genezaré, ou Mar da Galileia, emocionamo-nos.
Sobre esse Mestre inigualável, excelso membro da Comunidade de Espíritos Celestes, que administra, por delegação do Pai, o globo terrestre, no Sistema Solar (e creio que também outros de nossa Galáxia), torna-se interessante enumerar o que consta dos hieróglifos descobertos e decifrados por Champollion, do “Livro dos Mortos”, de 3 mil anos antes de Cristo, encontrado na Pirâmide de Keóps, em Gizé, no médio Egito, bem próximo da cidade do Cairo.
2 – Ele, o Divino Amigo de nossas almas, administra e protege nossa insignificante morada, pastoreando, com acendrado amor, suas pobres ovelhas terrenas.
Entre outras informações proféticas anunciadas, leem-se:
1 –que o Messias pertenceria à tribo de Judá e à estirpe de Davi;
2 – que nasceria em Belém de Judá;
3 – que viriam uns reis do Oriente para adorá-lo;
4 – que passaria algum tempo no Egito;
5 – que seria alvo de contradições;
6 – que entraria triunfante em Jerusalém;
7 – que seria traído por um dos seus e vendido por 30 moedas de prata;
8 – que ressuscitaria no 3º dia, etc.
Informa, ainda, o mesmo livro, que Jesus nasceria no dia 15 do mês de Tirsi e morreria no dia 25 do mês Nissan.
Dizem os entendidos que a Pirâmide de Keóps é um relógio solar, pelo fato de ali estar prescrito o meridiano mais perfeito, mais perfeito que o de Greenwich e o de Paris.
Afirma também que a luz do conhecimento caminharia do Oriente para o Ocidente (2.700 a. C):
a – A distância média entre a Terra e o Sol;
b – O valor de Pi ali também está: 3,1416;
c – Teria Jesus nascido mesmo no dia 25 de dezembro de 754?
Ou teria sido no ano de 749, cinco anos antes?
3 – Até hoje persiste a controvérsia sobre a data do nascimento do amorável Mestre.
A história de todas as culturas, inclusive a canônica, não conseguiu decifrá-la.
Para os espíritas, porém, não há nenhuma dúvida quanto à verdadeira data do natalício de Jesus.
Tive a oportunidade de afirmar, em linhas volvidas, que os Anais da Espiritualidade têm reformulado a história do homem da Terra, com detalhes impressionantes, sobretudo através das informações fidedignas de Emmanuel, André Luiz e Humberto de Campos, através do incomparável intérprete, Francisco Cândido Xavier.
Constata-se do livro “A Caminho da Luz”, de Emmanuel, o desacerto de inúmeras datas históricas, que não coincidem com as registradas nos Anais do Mais Alto.
No que tange ao assunto em pauta, segundo o que narra Humberto de Campos em “Crônicas de Além-Túmulo” , o nascimento de Jesus deu-se no ano 749, cinco anos mais cedo, portanto, do que registra a história humana.
Senão, veja-se o diálogo entre o querido Mestre e João, o discípulo amado:
– João – disse-lhe o Mestre – lembras-te do meu aparecimento na Terra?
– Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de Frei Dionísio que, calculando no século VI da era cristã, colocou erradamente o vosso natalício em 754.
– Não, meu caro João – retornou docemente o Senhor –, não é a questão cronológica que me interessa, ao te arguir sobre o passado. É que nessas suaves comemorações vem até mim o doce murmúrio das lembranças...
Como se vê, de nada valem para Jesus as convenções humanas, ilusórias e passadiças, mas, sim, as que dizem respeito à conquista dos valores incorruptíveis do espírito.
(Weimar Muniz de Oliveira. wei[email protected])