A era cristã é marcada por um marco impar o nascimento de Jesus, seu nascimento é de uma magnitude tão forte que em função dele se inicia o ano I da era Cristã ponto de partida para a contagem dos anos, séculos enfim a contagem do tempo ao qual estamos acostumados e que revela a importância da sua presença no mundo.
O nascimento de Jesus é o sentimento de humanização tão presente no aspecto visionário dos magos do oriente, Gaspar, Melchior e Baltazar, a essência da simplicidade de Jesus está na forma como acontece sua vinda ao mundo de maneira singela e anunciando a sua realeza, pois quem é sábio não fica preso ao luxo e as vaidades, mas a harmonia do simples, do pequeno, pois nisso quer se aproximar de nós para transformar nossas vidas tão cheias de mazelas e corrompida pelo pecado original que é apagado na sua entrega na cruz que regenera nossas vidas para um amor misericordioso, amor de Deus, amor divino que desperta a nossa esperança em um mundo melhor e construído no amor.
A estrela de Belém é a síntese do amor de Deus que transmite paz aos homens, quando os três reis magos perceberem a sua luminosidade destacada no céu foi com grande jubilo de alegria que foram ao encontro do menino - Deus onde a estrela parou indicando que ali estaria o salvador, O Deus conosco, O Messias, hoje se sabe que é o alinhamento de dois planetas Júpiter e Netuno que podem indicar nosso olhar novo para Jesus que é o príncipe da paz e da tolerância.
A religiosidade esteve presente na civilização Hebraica no período dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó que institui a singularidade na crença em um só Deus, pois as outras civilizações são politeístas como a grega, a egípcia acreditando em vários deuses e não em um único Deus que muda a história, e o tempo presente..
A crença em Cristo é a maior felicidade que um ser humano pode ter, pois ele é Deus que se encarnou e vive entre nós para consolidar a esperança de melhores dias em nossas vidas para um tempo de amor, de solidariedade e de partilha que se faz em pequenos atos de mudanças continuas de uma compreensão que aprimore o nosso modo de ser, de agir, e priorizar um mundo melhor.
O advento é a preparação para a grandiosidade da harmonia que se restabelece na terra, pois através do seu nascimento ele transforma nossas vidas como fez em vários milagres acolhendo os humildes e puros de coração, excluídos por uma sociedade hipócrita que fazia suas orações, mas discriminava e segregava não compreendendo o verdadeiro mandamento da lei de Deus que amar ao próximo como a si mesmo e vivendo uma vida de superficialidades, presos a leis que não procuravam mudar a vida das pessoas e sim continuar em seus privilégios e massificando as outras pessoas.
O judaísmo religião ao qual Jesus pertencia é originário da Civilização hebraica com todos os costumes, hábitos e normas, porém Jesus veio para dar um basta a certas pessoas que aproveitam da religião em beneficio próprio como fez expulsando os vendilhões do templo dizendo respeitem a casa de meu pai, nisto e nessa consonância de justiça quer através do seu nascimento que se concretiza a cada ano e que está por chegar que tenhamos um novo parâmetro de pensamento voltado para as coisas do alto e não esquecendo dos mais pobres e humildes de nossa sociedade que necessitam do nosso amor e afeto para uma nova era de partilha e igualdade em um mundo tão desigual e que estabeleça um novo tempo de dedicação ao simples.
A manjedoura é a simplicidade de um Deus que quer vir a nós na humildade dos mais necessitados que devem ser assistidos em suas realidades e que possam ter acesso aos bens de produção onde todos são filhos do altíssimo que desejam uma sociedade edificadora que assimile a bondade como meta principal de união entre povos.
Moises ao subir ao monte Sinai e encontrar com Deus, Deus diz a ele para tirar as sandálias, pois está em solo sagrado , assim como no monte Sinai , Belém é a esplendida realidade da presença do Menino - Deus que se revela a cada momento de nossas vidas dando força, conhecimento e simplicidade para entender que estamos neste globo para atender um projeto de transformação do mundo e das pessoas que vivem em situação de exclusão para que cheguem à abundância plena desejada por Deus.
A pequenina Belém de Judá é o marco da maior alegria que a humanidade assistiu e continuara sentindo por todos os anos, Jesus Cristo nasceu um filho nos foi dado, príncipe da paz, conselheiro admirável todos esses adjetivos descritos na sagrada escritura revela que Deus se manifesta em um lugar pequeno, pois é dos pobres e quer estar junto aos pobres e não nos grandes centros da antiguidade onde nasciam os grandes imperadores cheio de luxo e ostentação, mas vazios de sentimentos humanos, em Jesus se consolida o reino do amor, da bondade, e da harmonia que se deve perpetuar pelos séculos dos séculos para uma sociedade renovada que aceite a mansidão do crer como força pacificadora de regeneração.
Os pastores são os símbolos principais da humildade e bondade de Deus, pois a eles foi revelado o infinito amor de Deus, neste contexto devemos ter em mente a importância de São José e Maria pais de Jesus que colaboram na concretização do seu trabalho em Jerusalém e em antigas cidades da antiga Ásia que demonstram que o trabalho de Jesus deve estar em nossos dias com a grandeza para aprimorar nossa forma de ver o mundo, a sociedade e direcionar a um pensamento de igualdade.
Jesus ontem, hoje e sempre devem ser as palavras que devem nortear o nosso ideário de viver para amadurecer em belas atitudes que demonstram nossa visão de um mundo justo, fraterno, igualitário e que renove a esperança em cada ser que anuncia sua palavra não como mera repetição, mas com um gesto amplificador de uma grande mudança que restaure o amor com todo o seu esplendor.
A beleza do Natal está na relevância de compreender a simplicidade em seu ponto máximo de consciência para conceber um desenho de possibilidades que instalem a estrutura da esperança, força motriz que deve irradiar a estrela de Belém em sua concepção para iluminar os corações duros e semear a semente da bonança de prioridades que afirmem um novo jeito de restabelecer a serenidade do perdão.
O individualismo e o consumismo exarcebado não devem fazer parte do nosso cotidiano onde ter não deve ser mais importante que o ser pois o ter deteriora enferruja enquanto o ser estão todas as qualidades que são a marca da sociedade humana que cria transforma e sensibiliza o perceber , o Natal deve ser isso a compreensão que os pequenos princípios modelam em nossa consciência para um mundo melhor e humano que traga a harmonia de ser como desejo único de enaltecer.
Por fim o advento se traduz também na pregação de João Batista que anuncia o Salvador que viria O Emanuel, o Deus conosco, o Messias aquele que libertaria do jugo do opressor e continua libertando dos nossos egoísmos, mazelas e manchas de pecado de uma sociedade que precisa aprender a lei do amor.
Em suma o Natal é descrito nas palavras sábias de Pedro quando disse tu és o Messias o filho de Deus, nisto insere todo o resumo do trabalho de Jesus como um homem simples, mas na sua Divindade de Deus compreendendo as nossas limitações ele nos traz a alegria que o seu mundo é da paz , serenidade , mansidão e igualdade, Natal, o advento da evangelização que transmite ao nosso coração um crença de amor que tudo mudara quando em Jesus conseguirmos praticar a sua palavra e anunciar.
(Ruy da Penha Lôbo, licenciado em Letras/Espanhol – UCG, hoje PUC Goiás. twitter: @ penha Lobo - residente em Bonfinópolis-Goiás)