Home / Opinião

OPINIÃO

Comissão goiana de folclore - 70 anos

Co­mo foi cri­a­da a Co­mis­são Na­ci­o­nal de Fol­clo­re. O Ja­pão não se ren­dia no fi­nal da 2ª Gran­de Guer­ra Mun­di­al (1939-1945). Os Es­ta­dos Uni­dos pro­du­zi­ram 3 bom­bas atô­mi­cas. No dia 6 de agos­to de 1945 foi lan­ça­da a pri­mei­ra em Hi­ros­hi­ma e no dia 8, em Na­ga­zaki. No dia 10 se­ria em To­quio, quan­do o Ja­pão se ren­deu e as­si­nou o ar­mis­tí­cio. Com o efei­to des­tru­i­dor das re­fe­ri­das bom­bas, ar­ra­san­do as du­as ci­da­des e ma­tan­do mi­lha­res de pes­so­as, a ONU - Or­ga­ni­za­ção das Na­ções Uni­das, sen­tiu a de­su­ma­ni­za­ção dos po­vos e cri­ou a UNES­CO pa­ra a sua con­fra­ter­ni­za­ção. Daí foi cri­a­da, pe­la UNES­CO, em 1948, a Co­mis­são Na­ci­o­nal  de Fol­clo­re, e no mes­mo ano, a Co­mis­são Go­i­a­na de Fol­clo­re, que é um de­par­ta­men­to da An­tro­po­lo­gia. O seu pri­mei­ro pre­si­den­te foi o se­cre­tá­rio da Edu­ca­ção Co­le­mar Na­tal e Sil­va, de­pois o Cô­ne­go Trin­da­de, Re­gi­na La­cer­da e vá­rios ou­tros fol­clo­ris­tas, in­clu­si­ve eu, sen­do atu­al­men­te pre­si­den­te, a di­nâ­mi­ca his­to­ri­a­do­ra Iza­bel Sig­no­re­li que con­se­guiu che­gar à ca­sa dos 40 as co­mis­sões mu­ni­ci­pa­is, fa­to iné­di­to nas co­mis­sões es­ta­du­ais de ou­tros es­ta­dos. To­dos os uten­sí­li­os ar­te­sa­nais, o jei­to de vi­da e en­tre­te­ni­men­tos, dos pri­mór­di­os, até o dia 22 de agos­to de 1846 ti­nham o no­me de “An­ti­gui­da­des po­pu­la­res”, quan­do o in­glês Wil­li­am John Thoms  pro­pôs e foi acei­ta a pa­la­vra Folk-lo­re pa­ra sub­sti­tu­ir “An­ti­gui­da­des po­pu­la­res”. Folk, po­vo, lo­re, es­tu­do. Re­co­nhe­ci­men­to ofi­ci­al - Dia do Fol­clo­re – 22 de agos­to, lei pe­lo Pre­si­den­te Hum­ber­to Cas­te­lo Bran­co, em17-08-1965. Foi cri­a­da tam­bém uma lei pe­lo Pre­si­den­te Gei­sel, a Se­ma­na do Fol­clo­re Bra­si­lei­ro, de 16 a 22 de agos­to, pa­ra ser co­me­mo­ra­da em to­dos os es­ta­be­le­ci­men­tos de en­si­no. Em Go­i­ás to­do o mês de agos­to é do fol­clo­re, por lei do ex-de­pu­ta­do es­ta­du­al e pre­si­den­te da Aca­de­mia Go­i­a­na de Le­tras, Ur­su­li­no Ta­va­res Le­ão. A Co­mis­são Na­ci­o­nal pas­sou por di­ver­sos no­mes. Em 1951, no Pri­mei­ro Con­gres­so Bra­si­lei­ro de Fol­clo­re: Co­mis­são Na­ci­o­nal de Fol­clo­re. Em 1958, Cam­pa­nha de De­fe­sa do Fol­clo­re Bra­si­lei­ro. Em 1965, Ins­ti­tu­to Na­ci­o­nal de Fol­clo­re. De­pois, Co­mis­são, no­va­men­te. Re­za na Car­ta do Fol­clo­re Bra­si­lei­ro de 1951, que “Cons­ti­tui fol­clo­re a ma­nei­ra de sen­tir e agir de um po­vo, con­ser­va­da pe­la tra­di­ção e trans­mi­ti­da oral­men­te”. E os fa­tos fol­cló­ri­cos são jus­ta­men­te 5: Anô­ni­mo – Oral - Tra­di­cio­nal – Co­le­ti­vo – Fun­cio­nal. Ou­tras de­fi­ni­ções: "Ci­ên­cia Po­pu­lar", "Sa­ber Po­pu­lar". "Sa­ber do Po­vo" - "Es­tu­do das ma­ni­fes­ta­ções ma­te­ri­ais e es­pi­ri­tua­is do po­vo" - "Pes­qui­sa da psi­co­lo­gia do po­vo". Ori­gem: Por­tu­guês – In­dí­ge­na - Afri­ca­no: "Jo­ão cu­ru­tu­tu/de­trás do mu­run­du/vem pe­gá ne­nê/que tá com ca­lun­du". Po­vo: Con­jun­to de pes­so­as que pos­sui um mo­do de vi­da co­mum e ha­bi­ta o mes­mo ter­ri­tó­rio e in­te­gra as clas­ses me­nos fa­vo­re­ci­das, tan­to na área eco­nô­mi­ca, co­mo na so­ci­al, quan­to cul­tu­ral da so­ci­e­da­de. O po­vo é sá­bio. Tu­do o que o po­vo diz e faz cons­ti­tui sa­be­do­ria. A pro­va da sa­be­do­ria do po­vo es­tá nas ar­tes, cau­sos, es­tó­ri­as, ri­tos, mi­tos, su­per­sti­ções, ins­tru­men­tos, fer­ra­men­tas, dan­ças, fes­tas, can­ti­gas, po­e­si­as, ma­gi­as, brin­que­dos, jo­gos, ren­das, bor­da­dos, te­ce­la­gem, tran­ça­dos, ces­ta­ri­as,  ce­râ­mi­ca, re­mé­di­os, co­mi­das, ben­ze­ções, par­len­das, tra­vas-lín­gua... No meio do po­vo há sem­pre al­guém que cu­ra sem ser mé­di­co, que cal­cu­la sem ser ma­te­má­ti­co ou en­ge­nhei­ro, co­nhe­ce as fa­ses da lua sem ser as­tró­lo­go, ape­nas pe­la in­tu­i­ção e pe­la in­te­li­gên­cia... Pi­o­nei­ros: Li­te­ra­tu­ra: Jo­sé de Alen­car e Gon­çal­ves Di­as. Mú­si­ca: Al­ber­to Ne­po­mu­ce­no (Ba­tu­que) e Ale­xan­dre Levy. Os que re­cla­ma­ram o es­tu­do do fol­clo­re: Ama­deu Ama­ral (Di­a­le­to Cai­pi­ra), Afrâ­nio Pei­xo­to e Jo­ão Ri­bei­ro. Nós con­vi­ve­mos com o Fol­clo­re, com os uten­sí­li­os da nos­sa ca­sa: Quem não tem em ca­sa uma co­lher de pau, uma pe­nei­ra, um pi­lão, uma ga­me­la... pa­ne­la de bar­ro, col­cha de re­ta­lhos, (col­cha de te­ar ca­sei­ro), ces­tas, ba­lai­os, ja­cás... Quem não to­mou um chá de alho com li­mão ao ir pa­ra a ca­ma com uma gri­pe, com sa­ram­po? Não foi ben­zi­do, não co­meu me­la­do, bo­ne­ca de en­ge­nho, ma­né-pe­la­do, pé-de-mo­le­que... Quem nun­ca ou­viu fa­lar que "É do cou­ro que se ti­ram as cor­rei­as"? "Quem tem bo­ca vai a Ro­ma"? Não as­sis­tiu a uma Fo­lia de Reis ou do Di­vi­no? Não as­sis­tiu a uma qua­dri­lha, uma ca­ti­ra? Não ou­viu cau­sos, es­tó­ri­as do Pe­dro Ma­la­zar­tes, não brin­cou de pi­que de­bai­xo do pos­te, à noi­te, bar­ra-bo­la, não can­tou ci­ran­da, ci­ran­di­nha... Adi­vi­nha­ções: Agu­çam o de­sen­vol­vi­men­to da cri­an­ça – “O que é, o que não é?” - Amen­do­im, chu­va, boi... Mú­si­ca cai­pi­ra e ser­ta­ne­ja - Mú­si­ca ser­ta­ne­ja é evo­lu­ção da cai­pi­ra... Mo­da de vi­o­la e re­cor­ta­do. Não obe­de­ce a ne­nhu­ma exi­gên­cia mu­si­cal e po­é­ti­ca. De­sa­fio, por­fia, pe­le­ja: Sem­pre um can­ta­dor jo­gan­do in­sul­tos no ou­tro e vi­ce-ver­sa, pa­ra de­pois aca­bar tu­do bem en­tre os con­ten­do­res. Em­bo­la­da: Ra­pi­dez na pro­nún­cia das pa­la­vras: “Eu lhe dei vin­te mil réis pra ti­rar três e tre­zen­tos...”. Pa­go­de: Co­mo o fan­dan­go: qual­quer bai­le de ro­ça ou de pon­ta-de-rua tem o no­me de pa­go­de. Ho­je é rit­mo, ba­ti­dão de vi­o­la. Mi­tos-en­tes fan­tás­ti­cos-len­das: Sa­ci Pe­re­rê - Ro­mão­zi­nho - Len­das do Dia/noi­te – Cai­po­ra – boi­ta­tá – boi­ú­na – bo­to - bru­xa – lo­bi­so­mem - ca­bo­clo d’água - mãe d’água - mãe do ou­ro - mu­la sem ca­be­ça - Ne­gri­nho do pas­to­reio - ne­gro d’água - pé de gar­ra­fa... Mis­ti­cis­mo: Cren­di­ces-Su­per­sti­ções: Cren­di­ce é cren­ça em coi­sas in­fun­da­das que a ci­ên­cia e as pes­so­as cul­tas não acei­tam. Su­per­sti­ção  é sen­ti­men­to re­li­gi­o­so, ba­se­a­do no me­do e que a ig­no­rân­cia pre­ten­de ex­pli­car so­bre as for­ças so­bre­na­tu­ra­is. O su­per­sti­ci­o­so acha que tu­do o que é de mal vai acon­te­cer com ele. Re­zas e Ben­ze­ções ... Fá­bu­las: São es­tó­ri­as de fun­do mo­ral on­de os per­so­na­gens, bi­chos e ani­mais, fa­lam (apó­lo­go) - La Fon­tai­ne e Eso­po: A ra­po­sa e as uvas; o ga­vi­ão, o uru­bu e a ro­li­nha... Es­tó­ria & His­tó­ria: Pa­go­de – Dan­ças – Ca­ti­ra - Qua­dri­lha, dan­ça ou ro­da de São Gon­ça­lo: San­to por­tu­guês co­me­mo­ra­do em 19 de ja­nei­ro, vi­o­lei­ro e pro­te­tor das mu­lhe­res. É ca­sa­men­tei­ro, tam­bém, co­mo San­to An­tô­nio. Con­gos-con­ga­das: Dan­ça guer­rei­ra dos ne­gros com gui­zos nos pés- ver­me­lho e bran­co: fes­tas do Di­vi­no e do Ro­sá­rio. Fo­li­as de Reis e do Di­vi­no - Fes­ta do Di­vi­no – Im­pe­ra­dor - maio/ju­nho – fo­lia - ca­va­lha­das - (ar­te­sa­na­to:) ve­rô­ni­ca – al­fe­nim - me­da­lhas. Fo­lia: Pou­so – ter­ço – co­re­to – loa – dé­ci­ma - agra­de­ci­men­to de me­sa - ceia dos ino­cen­tes e dos ca­chor­ros – ca­ti­ra - pa­go­de. Dé­ci­ma: es­tro­fes de 10 ver­sos e de 8 sí­la­bas (ago­ra, ape­nas qua­dri­nhas). Loa: ver­sos em lou­vor a al­guém ou em co­me­mo­ra­ção, di­to por uma pes­soa: "A pin­ga é mi­nha ma­dri­nha, meu pa­dri­nho,  o gar­ra­fão. Ma­dri­nha, traz o pa­dri­nho que eu que­ro to­mar a ben­ção”.  “Meu san­to An­tô­nio, meu san­to por quem sois; me dê o pri­mei­ro ma­ri­do, que os ou­tros eu ar­ran­jo de­pois”... Co­re­to: Pe­que­no co­ro de vo­zes que can­tam be­ben­do, que ao tér­mi­no, é ofer­ta­da uma pin­ga mas o agra­ci­a­do só po­de be­ber se re­ci­tar uma loa, dé­ci­ma ou qua­dri­nha: "Quan­do eu vim da mi­nha ter­ra/ per­di to­do o meu res­pei­to/ per­di a for­ça das per­nas/ per­di a for­ça do pei­to/ mas o lu­gar de bo­tar pin­ga/con­ti­nua do mes­mo jei­to”. "Meu San­to An­tô­nio, meu San­to Au­gus­tim, me dê a for­ça no pin­to que o por­co tem no fo­cim”... Jo­gos e brin­ca­dei­ras: Há Jo­gos mo­to­res que são os de mo­vi­men­to: pi­que – acu­sa­do – es­co­lha. Par­len­da: une, du­ne... - par ou ím­par - ca­ra ou co­roa. Brin­ca­dei­ra é a ação de brin­car - Ho­je brin­que­do e brin­ca­dei­ra são os mes­mos jo­gos; an­ti­ga­men­te jo­go era de azar. Jo­gos: ma­lha - pe­te­ca – pi­ão - ba­li­za – bo­li­nha - pu­lar cor­da e ce­la. Par­len­da & Tra­va lín­gua: Par­len­da: une, du­ne e tre... Do­min­go pe­de ca­chim­bo... – Tra­va lín­gua: pia pin­ga, pin­ga a pia... Fes­tas ju­ni­nas e os San­tos: mas­tro – fo­guei­ra – qua­dri­lha - co­ma­dres e com­pa­dres. O ga­lo e o mi­lho - Pé de pi­men­ta - Agu­lha na água... Qua­dri­lhas dos pa­lá­cios da Fran­ça pa­ra o po­vo bra­si­lei­ro. Ca­va­lha­das: É o au­to mais ri­co e em­pol­gan­te do fol­clo­re bra­si­lei­ro. Car­na­val: En­tru­do.  Sá­ba­do da Ale­lu­ia: Tes­ta­men­to e quei­ma do Ju­das - Lei­lão. Mu­ti­rão e Trai­ção - Pe­sos & Me­di­das: Al­quei­re – Ar­te­sa­na­to – Ce­râ­mi­ca – Ces­ta­ria. Ar­te­sa­na­to é a ar­te de fa­zer com as mãos. Di­ta­dos, di­tos po­pu­la­res, pro­vér­bi­os e  su­as de­ri­va­ções: To­da ex­pres­são cur­ta, sa­í­da da fi­lo­so­fia po­pu­lar, que en­cer­ra um sen­ti­do com­ple­to, que diz tu­do em re­su­mo, que te­nha um prin­cí­pio de ver­da­de, é um di­ta­do. São con­cei­tos bre­ves, ri­cos em ima­gens e de efei­to rá­pi­do na com­pre­en­são do ou­vin­te. Pa­ra o po­vo is­so é di­to ou di­ta­do. Mas o fol­clo­re, que é um ra­mo da An­tro­po­lo­gia, es­tu­da e di­vi­de o di­ta­do em vá­rios ra­mos, co­mo: adá­gio, pro­vér­bio, ane­xim, afo­ris­mo, má­xi­ma, re­frão ou ri­fão, sen­ten­ça. Re­su­min­do, po­de­mos cha­mar tu­do is­so de fi­lo­so­fia po­pu­lar, por­que, nos adá­gios, di­ta­dos etc., en­tram sa­be­do­ria, ma­lí­cia, iro­nia, sá­ti­ra e... mui­ta ex­pe­ri­ên­cia de vi­da. São fra­ses fi­lo­só­fi­cas e hu­mo­rís­ti­cas, sen­ten­ças di­tas pe­lo po­vo: sa­be­do­ria po­pu­lar, fi­lo­so­fia po­pu­lar. A sen­ten­ça con­tém um sen­ti­do ou prin­cí­pio ge­ral: “Quem com fer­ro fe­re, com fer­ro se­rá fe­ri­do”. O pro­vér­bio tem ca­rá­ter prá­ti­co e po­pu­lar: “Deus dá asas pa­ra quem não sa­be vo­ar”. O afo­ris­mo é sen­ten­ça mo­ral: “Quem dá aos po­bres em­pres­ta a Deus” - “Não de­se­je pa­ra os ou­tros o que não quer pa­ra si”. A má­xi­ma é uma ex­pres­são que en­cer­ra um sen­ti­do in­dis­cu­tí­vel: “O pau, quan­do nas­ce tor­to, até a cin­za é tor­ta”. Va­mos ver al­guns dos mais co­nhe­ci­dos di­ta­dos, adá­gios ou pro­vér­bi­os: “A ga­li­nha do vi­zi­nho é mais gor­da do que a mi­nha”. Sem­pre acha­mos que as coi­sas dos ou­tros são me­lho­res do que as nos­sas. “A ca­va­lo da­do não se olham os den­tes”. “Quem tem bo­ca vai a Ro­ma”. “Mais feio que bri­ga de foi­ce no es­cu­ro”. “Pi­men­ta nos olhos dos ou­tros não ar­de... ou é re­fres­co”. Fi­lo­so­fia po­pu­lar (pa­ra­cho­ques): “Não sou 7 de se­tem­bro, mas sou uma gran­de pa­ra­da!” – “Não sou pi­po­ca mas dou os meus pu­li­nhos” - “Na es­co­la da vi­da não há fé­rias” - “Quem vi­ve do pas­sa­do é mu­seu” - “Praia de po­bre é ga­me­la” - “A ne­ces­si­da­de faz o sa­po pu­lar” - “A som­bra do bran­co é igual a do pre­to” - “Pre­to é cor. Ne­gro é ra­ça!” - “Bron­ca de tos­tão não tem tro­co” - “Co­mi­go ca­ra feia é fo­me” - “Co­mer e co­çar bas­ta co­me­çar” - “Se con­se­lho va­les­se não era de gra­ça” - “Se me ver abra­ça­do com mu­lher feia po­de apar­tar que é bri­ga!” - “Ca­da ma­ca­co no seu ga­lho!”- Epi­tá­fios (Epí­gra­fe-Epí­lo­go) – Es­to­ri­nhas: “O ve­a­do e a on­ça ... Can­ti­gas-de-ro­da: “Ati­rei um pau no ga­to...” – “Nes­ta rua mo­ra um an­jo...” – “Pi­ru­li­to que ba­te,ba­te...-”Te­re­zi­nha, de Je­sus...” – “Ci­ran­da, ci­ran­di­nha...” – “Se­nho­ra Do­na San­cha...” – “Eu sou ri­co, ri­co, ri­co...” – “A ca­noa vi­rou...” – “O cra­vo bri­gou com a ro­sa...” – “Fui no To­ro­ró...” – “A Ro­si­nha é be­la...”. Qua­dras ou qua­dri­nhas e tro­vas: Es­tro­fes com 4 ver­sos: re­don­di­lhas mai­or e me­nor, com 7 e 5 ver­sos, res­pec­ti­va­men­te; têm sen­ti­do com­ple­to, umas en­gra­ça­das  e al­gu­mas são fi­lo­só­fi­cas: “A al­ma de mui­ta gen­te é co­mo o rio pro­fun­do: a fa­ce tão tran­spa­ren­te, mas quan­to lo­do no fun­do!” - "Ati­rei um pau no ga­to...” - ”Ati­rei um cra­vo bran­co na mo­re­na da ja­ne­la. Ela me cha­mou de lou­co, lou­co fi­quei eu por ela”- “Meu amor é um di­a­man­te, mes­mo as­sim não di­go bem. Que di­a­man­te tem pre­ço, e meu amor, pre­ço não tem” - “Te­nho meu cha­péu de pa­lha, de fel­tro não pos­so ter. De fel­tro cus­ta di­nhei­ro, de pa­lha eu pos­so fa­zer”- “Até  nas flo­res se en­con­tra a di­fe­ren­ça da sor­te. Umas en­fei­tam a vi­da, ou­tras en­fei­tam a mor­te” – “Com pe­na pe­guei na pe­na, com pe­na de te es­cre­ver, a pe­na caiu da mão, com pe­na de não te ver”. Pois, tu­do is­so é fol­clo­re.   Macktub!

(Ba­ri­a­ni Or­ten­cio. ba­ri­a­nior­ten­[email protected]  - Pre­si­den­te do ICE­BO-Ins­ti­tu­to Cul­tu­ral e Edu­ca­cio­nal Ba­ri­a­ni Or­ten­cio -Mem­bro e te­sou­rei­ro de to­das as en­ti­da­des cul­tu­ra­is de Go­i­â­nia)

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias