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OPINIÃO

Maçonaria: gênese de uma nova República

Adolfo Ribeiro Valadares


“Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz”.

Hino da Proclamação da República


O dia 15 de novembro de cada ano é uma data das mais festivas para os brasileiros porque comemoramos a passagem para a uma nova forma de governo em que se faz hegemônica a salutar renovação de mandatários e se perpetua a democracia. A maçonaria se veste de gala para comemorar a Proclamação da República porque nosso secular e Sublime Ordem esteve presente em todos os momentos preparatórios, pensando, idealizando e formulando como seria um governo popular após o fim da monarquia.
Nossos irmãos conduziram com distinta mestria os atos que culminaram com a instalação de uma nova ordem política, buscando lá na origem do estado brasileiro a influência de maçons que nortearam o que seria melhor para o Brasil e para os brasileiros. Resgataram os sonhos de vultos de primeira grandeza como Joaquim Gonçalves Ledo, que sonharam com um Brasil livre das amarras da opressão e da tirania, sem escravos e com uma forma de governo republicana.
Mas, a tirania e a força adiaram esse sonho por 67 longos anos. Mas, em 1889 um maçom ilustre, Deodoro da Fonseca, liderou a revolta que depôs os poderosos de seus tronos e exaltou o humilde povo. Todo o primeiro ministério foi composto de maçons, como Rui Barbosa, Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho e outros. Todos pensadores e agentes políticos adiante de seu tempo, planejavam com muita clarividência que somente com apoio do povo um governo se sustenta e para ter esse apoio é imperioso que esse governo governe para o povo e com o povo. Não adianta impor um pensamento e supor equivocadamente que lidera.
Mas, agora o desafio que nos impõe é outro. A maçonaria brasileira no Século XXI precisa descobrir diariamente a língua que fala nosso povo e dar mais uma vez nossa contribuição para projetar o Brasil do futuro. Precisamos saber que atravessamos um divisor de águas em que há momentos de calmaria e instantes de turbulência. Nessa temperança que devem buscar os maçons para evitar radicalizações e desgastes que somente destroem nossos sonhos. Temos pensadores em nossas oficinas nas mais variadas vertentes da atuação humana. Engenheiros, advogados, economistas, médicos, professores, jornalistas e todos com o mais elevado gabarito.
Precisamos convergir nossos ideais para fórmulas a serem apresentadas para a sociedade brasileira afim de darmos um norte para nosso País e para servir de conforto para nossa gente. O norte para empreendermos essa missão temos todos os dias ensinados em nossas lojas. Nos reunimos para combater a tirania, os preconceitos e os erros. Glorificamos o direito e a Justiça. Buscamos a virtude com todas as nossas forças e combatemos ferozmente os vícios. Se aplicarmos esses mantras em nossas vidas diariamente saberemos conduzir nosso país a um porto seguro em que impere a liberdade, a fraternidade seja uma constante e a igualdade entre irmãos um sonho que se tornou realidade.
Que assim seja.


Adolfo Ribeiro Valadares é Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás (GLEG)

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