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OPINIÃO

O agro já é feminino

Goiás é referência quando se trata de agropecuária e traz resultados significativos no agronegócio, sendo que o segmento é a mola propulsora da economia local. Os resultados extraordinários alcançados são frutos do trabalho de homens e mulheres que dedicam a vida ao setor, reconhecendo a importância do trabalho rural para garantir alimentos e insumos necessários em todas as áreas da indústria.

A participação feminina nesse cenário tem sido crescente, com destaque a sua atuação nas tomadas de decisões. Em Goiás, as produtoras rurais estão à frente de mais de 22 mil estabelecimentos agropecuários, conforme o Censo Agro publicado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que cerca de 15% das propriedades rurais são chefiadas por elas.

Apesar de parecer pequeno, o número representa uma conquista. É evidente que o campo sempre contou com a presença feminina. No entanto, majoritariamente, em espaços secundários. Os dados revelam que a ocupação em posições de liderança é ainda bastante recente, mas a tendência é que avance cada vez mais.

Seguindo a mesma direção, encontramos a Emater, cujo quadro de colaboradores tem quase metade dos cargos com mulheres na função – dos 730 servidores, 318 são mulheres. Elas estão em setores diversos dentro da instituição, seja no campo, diretamente junto ao produtor, ou em postos de gestão, liderando as ações que beneficiam o segmento rural familiar goiano.

O retrato do trabalho por uma agropecuária menos discrepante e mais igualitária vai além dos limites institucionais. Fora da entidade, corrobora a importância da assistência e capacitação técnica realizadas de forma democrática e continuamente. A Emater atua em todo o Estado, por meio de 12 regionais, 4 estações e 2 campos experimentais, garantindo que a geração de tecnologias e execução de políticas públicas de inclusão produtiva alcancem a todos que necessitam.

Atualmente, o órgão desenvolve uma série de atividades para estimular o empoderamento feminino no campo. São projetos de segurança alimentar e nutricional, saúde familiar, geração de renda, associativismo e cooperativismo, e empreendedorismo rural. Tudo isso aplicado por meio de cursos, oficinas, encontros e campanhas específicas.

O projeto de Desenvolvimento Social da Emater já se consolidou como um dos grandes responsáveis pela condução de ações focadas nas mulheres rurais. Dezenas de capacitações têm sido ministradas, ligadas principalmente ao beneficiamento de produtos e boas práticas de fabricação, uma vez que é notório o envolvimento delas na direção de agroindústrias.

Essa é apenas uma das vocações produtivas identificadas na Emater entre as mulheres do agro. A nossa missão é também ajudar essas mulheres a descobrirem suas aptidões e fornecer todas as ferramentas intelectuais e práticas para que possam exercer uma vasta gama de atividades em suas propriedades rurais, tendo com este valor agregado um aumento de renda e qualidade de vida para si e suas famílias.
Juntas, sempre cresceremos mais!

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