Um novo olhar sobre a logística reversa de pós-consumo

Vivemos em constante desenvolvimento, e a tecnologia que nos envolve está a todo instante inovando, enchendo os olhos, instigando e impulsionado a consumir e acompanhar as tendências, levando os produtos rapidamente a se tornarem obsoletos, reduzindo cada vez mais o ciclo de vida dos produtos, já que o material utilizado para fabricação é com menor durabilidade para garantir o consumo de novos produtos. Por isso, a necessidade de buscar inovação nos processos, em que o produto descartado passa a ser uma matéria prima no início de um novo processo.

Certo disso, logística reversa de pós-consumo é o ato de retornar o produto que já foi utilizado para o início de um novo processo, no qual o mesmo sirva de matéria prima na fase primitiva de outro produto.

Nos ambientes globalizados e de alta competitividade, as empresas modernas reconhecem cada vez mais que, além da busca pelo lucro em suas transações, é necessário atender a uma variedade de interesses sociais, ambientais e governamentais, garantindo seus negócios e sua lucratividade ao longo do tempo. Dessa forma, torna-se necessário satisfazer diferentes stakeholders – acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, comunidade local, governo – que avaliam as empresas em diferentes perspectivas.

É notório o crescente número de empresas que implementaram e/ou estão inserindo a logística reversa em suas atividades. Algumas com a consciência de um futuro melhor, com o meio ambiente mais prazeroso para se viver, outras apenas com o intuito de aumentar a lucratividade da empresa e elevar a imagem da organização. O caso é, que independentemente do que se almeja especificamente, o meio ambiente é preservado quando se utiliza a logística reversa.

Já a logística de pós-consumo armazena os produtos já utilizados e descartados possibilitando uma associação direta à logística reversa. Esses produtos podem ganhar destinos diferentes por meio de alguns canais de distribuição, como aterros, reciclagens, reuso, desmanche e por último, mas não menos importante, a logística reversa que engloba a logística de pós consumo, reciclagem, desmanche e o reuso dando valor simbólico a todo esse processo.

Na logística do pós–consumo, a logística reversa operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de consumo descartados pela sociedade, em fim de vida útil ou usados com possibilidades de utilização e resíduos industriais, que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivos pelos canais de distribuição reversos específicos.

Com as constantes descobertas, torna-se cada vez mais frequente os novos produtos que, aceleradamente, são substituídos por outros, os deixando obsoletos rapidamente, o que auxilia na tendência do consumismo e eleva o grande número de descarte.

Assim, os bens descartáveis se tornam lixos sólidos residuais, que podem se tornar perigosos se não descartado de forma conveniente, por isso a importância da logística de pós-consumo, para direcionar os produtos já utilizados.

E com os constantes impactos ambientais torna-se necessário recapturar os produtos, independentemente da fase que se encontra. Ainda que ocorra algum erro no meio do processamento, ele deve ser devolvido a alguma outra fase, dando sequência e destinação final adequada e ganhando vantagens competitivas perante o mercado (concorrentes e clientes).

(Prof. Mestre Ítalo Camilo Nogueira, administrador, mestre em Administração, consultor na área administrativa e logística empresarial, professor universitário e coordenador do curso de MBA em Logística, Produção e Processos da FASAM – Faculdade Sul Americana)