A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga supostas irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) ouviu, segunda-feira (27), os diretores administrativos-financeiros do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), Ricardo Pinheiro Dourado, e da Comurg, Adriano Renato Gouveia.
Ricardo Dourado relatou que o Imas ficou oito meses, no ano passado, sem receber contribuições patronal e dos servidores da Comurg, totalizando dívida de R$ 8,6 milhões. Repasses mensais só ocorreram a partir de setembro. Já os de janeiro a agosto foram parcelados em seis vezes e começarão a ser pagos em 31 de março, segundo Ricardo.
Em seguida, falou à CEI o diretor administrativo-financeiro da Comurg. Segundo Adriano, o convite para ocupar o cargo foi feito com objetivo de tornar a companhia superavitária. Para isso, está tentando reduzir custos e aumentar receita. Ele atribuiu existência de dívidas a “erros de gestões passadas”, que não reajustaram corretamente valores de contratos com a Prefeitura. Com isso, o aumento em custos – com funcionários e insumos – e o crescimento dos recursos não teriam ocorrido na mesma proporção. Ainda de acordo com Adriano, um processo de compliance está em execução na Comurg, com objetivo de dar mais transparência às ações da empresa junto aos cidadãos, além de analisar processos internos e de fazer sugestões e gestão de risco sobre contratos.