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Cid Gomes deixa a Câmara Federal após críticas aos deputados (divulgação)

Rosenwal Ferreira Especial para Diário da Manha 

O título acima foi pinçado de uma análise, uma carta aberta, do Clube Militar, entidade que se transformou numa válvula de escape para tornar público os rumores das forças armadas.
Mesmo para os que enxergam com preocupação, eu me incluo entre eles, o desatino de grupos sociais que clamam por uma intervenção militar, o texto traz preocupações legítimas e reflexões incontestáveis. Ao dar um puxão de orelhas nos mandatários, sem rodeios e bem ao estilo direto dos coturnos, o texto afirma: “logicamente, a cúpula governante, a elite da nação, tem que dar o exemplo e se corrigir.” “Não basta mais dizer, em discursos recorrentes, que vai combater a corrupção, se, na verdade, está praticando esse câncer social na busca de seus interesses.”
Uma análise precipitada, pueril e simplista pode levar à errônea conclusão de que o enrosco pode ser resolvido afastando o lulopetismo e cia Ltda. das rédeas da nação. Oxalá fosse isso, seria rápido e fácil. O atoleiro é mais profundo. O que trava o País são práticas anacrônicas e arraigadas. É o toma lá da cá. É o egoísmo que leva ao absurdo de se conviver com 39 Ministérios criados apenas para untar o umbigo de gente ordinária que mama a céu claro nas tetas do governo.
O diabo veste Prada, no caso atual, o PT que bebeu o néctar do dinheiro fácil e das benesses que jorram, transformando operários, lideres estudantis, secretárias e etc. Em socialites capazes de manter iates, mansões e jatinhos, mas não é único anjo rebelde. Toda uma legião de endiabrados, para capeta nenhum botar defeito, avalizou as diatribes. Agora, quando a vaca que Dilma assegurou que não tossia foi para o brejo, os espertalhões, PMDB, PP, PSD, e toda sorte de aliados, assovia, sai de fininho, hipocritamente procurando dar ares de bom mocismo.
No arremate é bom lembrar que a crise moral é abrangente e epidêmica, o famoso jeitinho brasileiro, que de início parecia até legal, se transformou num vício danoso. Todos enganam todo mundo. A malandragem está generalizada. Difícil confiar nos vizinhos, nos amigos, fornecedores, policiais, juízes, padres, jornalistas, advogados, médicos. A sociedade está doente. Já é difícil com bons exemplos do andar de cima, mas quando os ratos que roem a corda estão na cobertura, o caos se estabelece.

(Rosenwal Ferreira, jornalista)

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