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POLÍTICA

“Júnior Friboi não tem futuro na política”

O engenheiro agrônomo Durval Fernandes Mota reafirmou sua disposição de colocar para fora dos quadros do PMDB o empresário Júnior Friboi. Ele é o autor da representação para o Conselho de Ética do PMDB em que Júnior é acusado de ferir o estatuto do partido ao apoiar uma candidatura contrária à do PMDB nas eleições de 2014.

De acordo com Durval, quando Júnior Friboi tinha espaço no PMDB ele ignorou essa prerrogativa e preferiu apoiar o governador Marconi Perillo em detrimento do candidato peemedebista, Iris Rezende. “Para mim esse senhor é sem qualquer noção de política, porque ele não respeita democracia interna, estatutos e discussões. Ele é mais acostumado com negócios e valores que ele coloca em suas propriedades, e isso não é política”.

Os fundamentos que Durval considera necessários para um político não são vistos em Júnior Friboi e o empresário também não faz questão de cultivá-los, como o engenheiro explicou em sua representação. “Júnior Friboi desrespeitou a democracia interna se lixando para as decisões tomadas internamente pelo partido e feriu de morte a disciplina partidária e estimulou com o seu exemplo a traição de outros filiados e dirigentes do PMDB”.

Não bastassem essas condutas, prossegue Durval, o empresário Júnior Friboi “desrespeitou cinco deveres fundamentais do filiado estabelecidos no Código de Ética do PMDB, deixou de participar de reuniões, participou da campanha da coligação adversária do PMDB, descumpriu itens fundamentais do programa partidário e as deliberações do partido, adotou conduta antiética e por último atacou lideranças e dirigentes partidários”.

Estranho

Júnior é citado como alguém que não é do ramo político e que seu futuro no meio político-partidário é neutralizado. “Ele não é do ramo. Seu ramo é outro e no outro, nos negócios, ele é bom, haja vista o resultado prático disso em suas ações na política”.

A possibilidade de Júnior Friboi conseguir êxito no Diretório Estadual do PMDB é praticamente nula, na avaliação de Durval, e que um eventual recurso dele para a Executiva Nacional também ficará prejudicada.

A razão é que em Goiás Júnior Friboi angariou um sem-número de desafetos políticos, o que deverá ser crucial para sacramentar sua expulsão dos quadros do partido e que no Diretório Nacional suas ligações com o conglomerado JBS serão motivo muito mais forte para que nenhum político de expressão nacional queira fazer qualquer movimento para ajudá-lo.

Durval Mota lembra que o frigorífico JBS triplicou de tamanho e se internacionalizou, se tornando o maior processador de proteína animal do mundo, graças aos financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Duvido que algum político como Michel Temer vá querer mover alguma pedra para ajudar Júnior Friboi diante da possibilidade de uma CPI do BNDES”, sentencia ele.

A solução para que a democracia funcione a partir dos organismos partidários é o respeito à ética e aos estatutos que os partidos políticos têm. “Se não estiver bom que procure outro partido, mas a vontade da maioria deve prevalecer e ser respeitada”.

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