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Vanderlan não teme enfrentar Iris

Ex-prefeito de Senador Canedo por dois mandatos, Vanderlan Cardoso relata, em entrevista ao Diário da Manhã, as perspectivas do novo PSB que caminha para a fusão com o PPS, presidido pelo deputado federal Marcos Abrão. Com experiência política e com acúmulo de duas disputas ao governo do Estado de Goiás, o político assume uma postura de independência quanto ao atual governo estadual e garante que o novo PSB virá para as eleições de 2016 fortalecido.

Com a possível filiação da senadora Lúcia Vânia ao novo PSB, Vanderlan Cardoso afirma que a mesma poderá se candidatar ao que for conveniente, pois terá o aval de todo o partido. Sem firmar sua própria candidatura à Prefeitura de Goiânia, o empresário diz que o partido tem bons nomes e que não teme os adversários a exemplo do ex-prefeito Iris Rezende, com quem já disputou duas eleições. Otimista com a fusão, Vanderlan Cardoso afirma que diálogos estão sendo estruturados com várias lideranças políticas com o intuito de somar forças para as próximas disputas.

A ENTREVISTA

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DM: A fusão do PPS com o PSB fortalece o projeto do senhor. em ser candidato a prefeito em Goiânia?

Vanderlan Cardoso: Fortalece o projeto do PSB, não somente com candidatura em Goiânia como em todo o Estado de Goiás, já que os que estamos apurando através da comissão que foi colocado os dois partidos, nós temos bons pré-candidatos em todos os municípios. Então, fortalece a candidatura do PSB. O PSB em Goiânia tem essa vantagem. Não é simplesmente um nome que está sendo colocado. Temos bons nomes dentro do partido, onde temos o próprio deputado federal Marcos Abrão, presidente do PPS, a senadora Lúcia Vânia, embora já tenha dito que não tem esse interesse, mas é um excelente nome. Elias Vaz que é um vereador atuante em Goiânia e outros nomes que estamos acertando que virão para o partido.

DM: O que está faltando para o senhor definir essa candidatura em Goiânia?

Vanderlan Cardoso: Não sou eu sozinho que defino. A nossa preocupação agora é trabalhar a fusão, organizar os municípios. Aliás, Goiás foi o Estado que saiu mais à frente com relação aos demais. Então, já criamos uma comissão e estamos trabalhando. Não vou definir sozinho. Não é assim. Vai ser definido pelo grupo e esse grupo tem um peso muito grande com o deputado e a senadora já que estamos na fase final e acredito que logo com essa fusão ela virá para o PSB.

DM: O PSDB e o PSD da base do governador Marconi Perillo ensaiam o lançamento de candidaturas próprias à prefeitura. Isso poderia alterar o projeto do senhor em concorrer em Goiânia?

Vanderlan Cardoso: De forma alguma. Nós não podemos escolher adversários. Fui candidato a governador por duas vezes contras as maiores forças políticas do Estado de Goiás. Se formos escolher adversários, vamos escolher nossa mãe para disputar contra ela. Então, não altera nada o projeto do PSB. O PSDB e vários partidos que estão juntos e com certeza os nomes que estão sendo colocados todos são bons. Agora vai ter no momento final ter que afunilar e lançando um  nome da mesma forma que o PMDB também vai lançar um nome. O PSB vai ter o seu candidato.

DM: O novo PSB que vai surgir em Goiás, ele já automaticamente passa a sustentar a base do governador Marconi Perillo ou ele vai tomar uma posição de independência?

Vanderlan Cardoso: Isso não está nas discussões ainda. O que está sendo discutida é a fusão e a questão dos municípios. A minha posição sempre foi e vou continuar defendendo independência tanto com relação ao governo federal, que já era a posição do partido hoje, como aqui no Estado de Goiás.

DM: Esses contatos, que aproximação o senhor manteve com o vice-governador e com o governador que evoluíram e o que se buscam nessas conversas?

Vanderlan Cardoso: Estou procurando conversar com todas as lideranças políticas de Goiás e não poderia, de forma alguma, deixar de conversar com o governador e com o vice. O vice é presidente de um partido, o PP, o governador é o comandante maior do PSDB. Então, conversei com todos, assim como também conversei com integrantes do PT como o deputado Rubens Otoni, assim como do PMDB, com o prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, também Sandro Mabel, Daniel Vilela e assim por diante. Então, venho conversando com aqueles que tem aberto um canal de diálogo e o momento é de conversar. Quero que o PSB junto com o PPS tenha o maior diálogo possível e que vá para uma campanha com candidaturas consistentes e com projeto em que todos podem acreditar que são viáveis.

DM: O PMDB ensaia o lançamento da candidatura do ex-prefeito Iris Rezende na Capital, isso atemoriza o senhor?

Vamderlan Cardoso: De forma alguma. Já disputei com ele duas vezes ao governo do Estado, que é um projeto bem maior. Nenhum candidato, se perguntar para o deputado Marcos Abrão ou a senadora Lúcia Vânia e as lideranças do nosso partido e todos aqueles que compõem, a resposta será a mesma.

DM: Em Senador Canedo, o senhor foi prefeito por duas vezes e exerce uma forte liderança no município. O atual prefeito do PDT, Misael de Oliveira, é seu aliado. Parece que houve alguns ruídos, divulgados pela imprensa, sobre possível distanciamento entre vocês. O que há de verdade nisso?

Vanderlan Cardoso: Mais intrigas de assessores e boatos. Isso é até normal em uma cidade que se tornou referência no Estado de Goiás. O prefeito Misael passa por dificuldades como cerca de 95% dos prefeito do Brasil, mas está fazendo uma administração com muitas obras e é o candidato nosso lá e está trabalhando para isso. Ele tem dito em várias entrevistas em que, se a base ver que ele não poderá concorrer a reeleição, ele mesmo deixará de ser candidato. Mas, pelo o que tenho visto, o esforço e o trabalho dele isso viabiliza sua reeleição e o que garante sua candidatura.

DM: O novo PSB, não lançando candidato próprio em Senador Canedo, tende a apoiar a reeleição de Misael de Oliveira?

Vanderlan Cardoso: Sim. Não é uma decisão somente minha, mas precisamos estar conversando com os membros do PPS, acontecendo a fusão é até natural. Mas como vamos trabalhar lançando candidaturas em todos os municípios quem sabe o prefeito Misael não venha para o PSB e dispute a eleição.

DM: Como está o diálogo do senhor com o deputado federal Marcos Abrão, presidente do PPS, com a fusão?

Vanderlan Cardoso: Quando há um desprendimento de ambas as partes a conversa é a mais agradável possível. Quem está precisando mais com essa fusão e a vinda da senadora Lúcia Vânia somos nós, sou eu para que o partido ganhe tempo de televisão com novos membros. Há tanta coisa que vai melhorar para nós que recebemos de braços abertos e a turma do PPS é agradável para se conversar. É um pessoal de primeira classe e não tem o porque ficar com picuinhas. Claro que tem municípios que os integrantes devem ceder um pouco e a união acontece dessa forma.

DM: Confirmada a filiação da senadora Lúcia Vânia ao novo PSB, ela pode ser candidata a governadora ou a senadora em 2018?

Vanderlan Cardoso: Eu disse para a senadora que da parte do PSB e com o aval da nacional ela pode ser o que ela quiser. Quem irá se opor ao nome da senadora? Ninguém.

DM: Então a fusão PPS e PSB é pra valer?

Vanderlan Cardoso: É pra valer. E tanto é que somos o primeiro Estado que já formou a comissão do PPS/PSB para trabalhar os municípios. Já disse, em uma reunião em Brasília do partido, que, caso aconteça alguma coisa e não haja a fusão aqui em Goiás, o negócio está tão bom que vamos continuar juntinhos.

“Estou procurando conversar com todas as lideranças políticas de Goiás e não poderia deixar de conversar com o governador Marconi e com o vice José Eliton”

“Eu disse para Lúcia Vânia que, da parte do PSB e com o aval da nacional, ela pode ser o que ela quiser em 2018. Quem irá se opor ao nome da senadora? Ninguém”

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