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Jovair Arantes: “PTB terá posição de independência”

O deputado federal e presidente estadual do PTB, Jovair Arantes, em discurso durante o 14º encontro do partido, em Goiânia, ontem, afirmou que os trabalhistas terão posição de “independência” em relação às eleições municipais de 2016 e que não há “alinhamento automático” com o PSDB do governador Marconi Perillo. O dirigente ressaltou que o PTB estará aberto às conversações com todos os partidos políticos, incluindo o PT e o PMDB.

“A posição do PTB com relação às eleições municipais é de independência total em todas as cidades”, ressaltou o dirigente, ao adiantar que os trabalhistas irão buscar “o que seja bom para a comunidade local”, disse. O deputado afirmou que o partido deverá lançar candidato em todas as regiões do Estado, mas não descarta possível composição com legendas da base marconista. “Nós vamos trabalhar para ter uma candidatura ou por uma candidatura que o PTB possa apoiar e que seja importante para a cidade.”

O líder do PTB na Câmara Federal ressaltou ainda que seu nome pode encabeçar a chapa majoritária para 2016 em Goiânia. “Meu nome sempre foi lembrado pelo partido e por outras legendas. Sou um político do combate e estou à disposição”, afirmou.

O encontro, realizado na Câmara de Goiânia, contou com a presença do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), deputados tucanos  João Campos (federal) e Júlio da Retífica (estadual); do presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón; do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira; além do vice-governador e presidente regional do PP, José Eliton. 12 deputados federais do PTB e de outras legendas compareceram ao evento.

O líder do PTB na Assembleia Legislativa, Henrique Arantes, destacou a importância do encontro, já que, segundo ele, é grande a motivação interna no partido, pois as eleições do ano que vem estão se aproximando. Além de Henrique Arantes, estavam presentes também  os deputados petebistas Valcenôr Braz, Talles Barreto, José Antônio e Marlúcio Pereira.

Eduardo Cunha veio a Goiânia a convite de Jovair Arantes. Entretanto, em seu discurso, o presidente da Câmara disse que o deputado petebista se mostrou superior mesmo diante das tentativas de expulsão do partido, mostrando sua força dentro e fora do Congresso. “Temos que reconhecer e prestigiar a liderança de Jovair, que faz um trabalho de líder que nos deixa orgulhosos pela sua capacidade política”.

Representando o governador Marconi Perillo, o vice-governador e presidente do PP em Goiás, José Eliton, parabenizou a realização do evento e reconheceu o relevante papel do PTB no cenário político do País e do Estado. Eliton lembrou os tempos de fundação do partido, idealizado pelo presidente Getúlio Vargas, e os caminhos até os dias atuais, mantendo-se como um partido sólido, citando em seguida a escolha de Henrique Arantes como secretário de Cidadania e Trabalho no terceiro mandato do governador Marconi. O vice-governador enalteceu ainda a atuação dos cinco deputados estaduais do PTB em prol das propostas do governo, na Assembleia.

Histórico

O PTB já fez alianças fora da base marconista em outras eleições. No ano 2000, lançou o ex-prefeito Darci Accorsi à Prefeitura de Goiânia em aliança com o PFL (DEM) e PP, contra as candidatura de Lúcia Vânia (PSDB) e Pedro Wilson (PT). Em 2004, os trabalhistas lançaram o deputado estadual Misael Oliveira vice na chapa de Pedro Wilson (PT). E em 2012, o presidente da sigla, Jovair Arantes, disputou a prefeitura contra o prefeito Paulo Garcia (PT).

Fusão PTB e DEM

Deputado Jovair Arantes considera “improvável” a fusão do PTB e DEM. “A discussão estava sendo mal encaminhada de cima para baixo. Essa foi a reação da nossa bancada (federal), porque estava sendo de cima para baixo. Eu não acredito numa fusão e é necessário que se discuta”, disse.

O presidente estadual do PTB afirmou não ser contrário à fusão, mas criticou a atuação da cúpula nacional no partido na discussão do tema. “Eu não sou contra que tenha discussão e que tenha até a fusão, mas deve ser feita desde a base. Nós temos uma bancada de 25 deputados (federais), em que 21 se posicionaram contra. Então é um número significativo que precisa ser levado em consideração”, criticou.

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