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Lúcia Vânia deve assumir direção do PSB no Estado

Filiada ao PSB desde a última quarta-feira, a senadora Lúcia Vânia acertou com o presidente nacional, Carlos Siqueira, e com o presidente estadual, Vanderlan Cardoso, que assumirá o comando do partido em Goiás para "oxigená-lo", visando as eleições de 2016 e 2018. No acordo, Vanderlan vai ocupar a direção do partido em Goiânia, já que é pré-candidato à sucessão do prefeito Paulo Garcia (PT).

De olho nas eleições de 2018, quando deverá concorrer novamente ao Senado, Lúcia Vânia diz que chega ao PSB motivada a participar da estruturação de um partido que seja "aberto, democrático e transparente", para acrescentar "que todos possam conhecer as regras do jogo, o que é o fundo partidário, como participar do partido e dos programas eleitorais."

Lúcia Vânia deverá iniciar um périplo pelo interior do Estado para reestruturar as comissões provisórias do PSB, buscando novas filiações para possíveis candidaturas a prefeito e vereador, além de tratar de alianças com outras legendas. Ela vai dialogar com todos os partidos, não necessariamente as que integram a base aliada do governador Marconi Perillo. "O novo PSB vai conversar com todos, inclusive com a oposição", revelou um político ligado à senadora.

A confirmação de que o governador Marconi Perillo participaria do ato de filiação de Lúcia Vânia ao PSB, na quarta-feira, afastou dirigentes e parlamentares do PMDB, PT, PCdoB e outras legendas que pretendiam iniciar uma fase de aproximação com o grupo da senadora, visando as próximas eleições em Goiás.

Com respaldo da direção nacional, o PSB goiano vai manter-se na oposição ao governo Dilma Rousseff, conforme adianta a senadora Lúcia Vânia. "O governo do PT decepciona e frustra a sociedade brasileira, principalmente com a paralisia do governo Dilma e os sucessivos escândalos de corrupção", enfatiza a senadora.

Filiada ao PSDB por 20 anos, a senadora Lúcia Vânia (GO) foi confirmada, no Plenário do Senado, como a mais nova integrante do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O anúncio foi feito na tribuna pelo líder do partido na Casa, João Capiberibe (AP). Com a saída da senadora, a bancada do PSDB ficará com 11 cadeiras no Senado. Para efeito de comparação, PMDB e PT têm 17 e 13 senadores, respectivamente. Já o PSB passa a contar com sete representantes.

"Reitero o grande salto qualitativo que representa a filiação de nossa estimada colega, uma filiação que lança mais um brilho na nossa bancada no Senado e no PSB nacional", festejou Capiberibe, abrindo espaço para diversos apartes elogiosos à senadora, inclusive de tucanos.

"Espero que dentro do PSB eu continue fazendo o trabalho que venho desenvolvendo aqui e sempre mantendo com todos os partidos um relacionamento cordial, sempre discordando naquilo que porventura não é de interesse do meu Estado. Ou mesmo dos princípios que defendo, mas sempre mantendo o respeito e a cordialidade", discursou a senadora, com agradecimentos dirigidos ao presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), e demais ex-correligionários.

A despeito das manifestações de respeito, a relação entre a senadora e o PSDB ficou desgastada nos últimos meses, e ganhou destaque logo após a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidente do Senado, em fevereiro. Em discurso feito no plenário no dia 4 de fevereiro, Lúcia Vânia disse ter sido exposta pela liderança do partido, que barrou sua indicação para a Primeira-Secretaria da Mesa, sugerindo que ela havia votado em Renan, e não em Luiz Henrique (PMDB-SC), candidato então apoiado pelos tucanos e morto em maio.

No pronunciamento em que manifestou indignação com a cúpula tucana, no início de fevereiro, a senadora criticou Aécio indiretamente, que travou discussão áspera com Renan em Plenário. Ela revelou ainda que vem sendo "maltratada" pela legenda por meses. "Por tudo o que aqui expus, somam-se ainda diversos outros episódios de desprestígio político-partidário que, em última análise, têm afetado o próprio exercício do mandato que o povo goiano me conferiu", disse a senadora em 4 de fevereiro.

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