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Iris Rezende teria comprado fazenda com dinheiro da Odebrecht, diz revista

A Lava jato começou a desencavar os esqueletos da corrupção no Brasil. A revista "Época", a partir de dados do Serviço Nacional de Informações (SNI) e das planilhas encontradas junto à empreiteira Odebrecht, traz nesta semana informaçoes arqueológicas da corrupção brasileira.

Em uma das passagens da reportagem, é explicado como supostamente Iris Rezende teria ficado milionário.

O texto diz que o político goiano é um dos mais ricos do Brasil.

Iris governou Goiás por dois mandatos e foi três vezes prefeito de Goiânia. Ainda não assumiu que é pré-candidato ao pleito de outubro deste ano.

A reportagem do DMOnline entrou em contato com o político para rebater a reportagem da Época, mas até agora não obteve retorno do líder peemedebista.

Segue o trecho em que aparece na reportagem denúncia e as razões para seu grande patrimônio.

"O informe 19/1984 da Agência Goiânia do SNI revela que repasses da Odebrecht ajudaram o pré-candidato à prefeitura de Goiânia Iris Rezende (PMDB) a comprar uma fazenda no valor de 700 milhões de cruzeiros em Mato Grosso. Segundo o registro, Iris recebeu 500 milhões da empreiteira e usou 400 milhões na compra do imóvel. Iris Rezende é um dos políticos mais ricos do país. Em sua última disputa, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 30,9 milhões. Entre os bens: as fazendas Estrela, adquirida em 1982, e Mutirama.

Segundo o SNI, duas fazendas foram adquiridas após a posse de Iris em 1983 como governador. Uma em Canarana e outra em Cocalinho, ambas em Mato Grosso. Os imóveis teriam sido comprados com a caixinha de amigos para a campanha e a doação da Odebrecht.Iris Rezende nega qualquer ajuda da empreiteira e afirma que comprou as fazendas antes das eleições e com dinheiro de herança do pai e dos serviços que prestou como advogado. “Não existe um item que possa colocar em dúvida minha honradez na política”, disse Iris Rezende, afirmando que não conhecia empresários na época e que só veio a contar com a ajuda de empreiteiras a partir das eleições para o Senado em 1994. Na campanha  de 2014, a Odebrecht doou R$ 200 mil para sua campanha.

O informe 68/83 do SNI diz que o deputado Wolney Siqueira, do entãoPDS, recebeu “ajuda” de 500 milhões de cruzeiros  para o custeio de sua campanha em 1982 da Odebrecht, que tocava obras da Hidrelétrica do Rio Corumbá. Wolney, na época, era secretário de Minas e Energia do Estado de Goiás. O SNI afirma que o então secretário cometeu atos de corrupção à frente da Pasta.

Os arapongas do antigo SNI identificaram ainda a formação de “caixinha” das empreiteiras (Odebrecht, principalmente, e Andrade Gutierrez e Mendes Júnior) nas eleições do hoje deputado federalCarlos Bezerra, do PMDB, ao governo de Mato Grosso e na disputa pela prefeitura de Cuiabá em 1988. O relatório confidencial com 53 páginas diz que integrantes da campanha afirmavam que “dinheiro tem bastante para gastar” e que “poderiam até perder a eleição, mas não seria de graça”. Conforme os documentos, era comum em períodos eleitorais que equipes das agências regionais do SNI fossem deslocadas para a espionagem de políticos e o monitoramento das eleições. Os relatórios, algumas vezes chamados de “conjuntura política”, detalhavam as atividades de candidatos e de partidos. No Rio Grande do Norte, a agência apontava o forte empenho da Odebrecht na campanha do PMDB local. Segundo o relatório de campanha, em 1986, o candidato José Bezerra estava gastando muito".

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