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POLÍTICA

Oposição reage a publicação

O grupo OAB Forte reagiu a uma publicação veicula­da pela diretoria da seccio­nal goiana da Ordem dos Advoga­dos do Brasil no jornal O Popular e protestou contra o que classificam de “campanha antecipada e gasto perdulário e desnecessário” da atual gestão. “Estão fazendo tudo o que acusaram gestões anteriores de fa­zer e exploram ainda mais a classe dos advogados”, reagiu o advogado Flávio Buonaduce Borges.

A publicação de 20 páginas foi duramente criticada pelos líderes do movimento que estimam um gasto superior a R$ 400 mil pelo en­carte. “Na verdade, é um descara­do trabalho de campanha eleitoral antecipada. Você fazer uma presta­ção de contas para a sociedade des­sa maneira é uma coisa que assom­bra. Porque um advogado mediano ou em início de carreira, que vai ava­liar com base na anuidade que ele paga de quase R$ 900,00 e que teve todas as taxas da OAB aumentadas em quase 100%”, disse Buonaduce.

Acompanhado dos advogados Hallan Rocha e Pedro Paulo Me­deiros ele teve coro sem questiona­mento dos outros dois que protes­taram contra a publicação. Hallan lembra que serviços essenciais pres­tados pela OAB foram majorados substancialmente e que “esse di­nheiro agora financia uma desca­rada campanha antecipada”. Ele lembra que agora há cobranças de coisas que antes não existiam.

“Já que insistem em dizer que a OAB Goiás ainda vive dificuldades financeiras porque gastar um di­nheiro alto desses. Devia gastar com a advocacia, auxiliando na pres­tação de trabalho, criando condi­ções para que o advogado consiga ser bem atendido, melhores condi­ções nos fóruns. Agora ver um gasto desmesurado desses afronta qual­quer um”, ressalta Hallan.

Falando em grupo para desper­sonalizar o protesto os três frisam que “não se trata de uma mera pu­blicação, mas um encarte de 20 pá­ginas”. Flávio Buonaduce comenta mais sobre anunciadas mudanças que viriam com a atual administra­ção e que não foram nada de inova­ção. “Esse é um ato que se repetiu ao longo desses dois anos. A Or­dem hoje cobra por coisa que an­tes eram gratuitas, como os cursos da Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA) e que hoje são pagos. É o caso de não dispender um gasto desses e direcionar os recursos para ações que beneficiem a advocacia como um todo”.

Além disso, frisam os membros da OAB Forte, “não há a tão propa­lada transparência que se dizia que haveria”. Eles lembram que no por­tal da transparência não é cumpri­da a promessa de que “feito um pa­gamento a advocacia saberá no dia seguinte o valor e qual a destinação”.

Flávio Buonaduce lembra que a população brasileira vive uma cri­se e que gastos assim que apenas relatam ações da diretoria da OAB “são desnecessários e desproposi­tados”. Ele ressalta que o grupo não ficará em silêncio e que vão apon­tar atos que comprovam incoerên­cia entre o que foi pregado e o que está sendo feito.

“Eles [a atual gestão] prometeu para a advocacia que faria eleição direta para preencher vaga no quin­to constitucional nos tribunais. Está aberta uma vaga agora e eles vão cumprir o mesmo roteiro de an­tes, sem abrir para opinião junto aos advogados”, finaliza.

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