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Dois policiais são indiciados por homicídio e fraude processual

Dois militares do Grupo de Patrulhamento Tático de Goiás (GPT) foram indiciados pela morte de Tiago Messias Ribeiro, de 31 anos, no dia 25 de novembro, feito de refém por um assaltante dentro do próprio carro, em Senador Canedo. Dos quatro policiais acionados para atender a ocorrência, somente o soldado Paulo Márcio Tavares e o segundo sargento Gilmar Alves dos Santos de 29 e 39 anos, responderão pelos crimes de homicídio doloso e fraude processual, respectivamente.

Nesta quarta-feira (03/01), o delegado titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Senador Canedo apresentou a conclusão do inquérito. Os quatro agentes que atuaram na ocasião foram investigados.

A perícia concluiu que os disparos que assassinaram o auxiliar de produção saíram da arma de Paulo Márcio. Ele responderá por homicídio doloso eventual, já que havia risco de causar a morte.

Além disso, as investigações concluíram que os tiros dados de dentro para fora do pára-brisa do veículo foram disparados por Gilmar Alves com o revólver do assaltante Marco Antônio Pereira de Brito, de 17 anos, que também morreu na época. A ação foi configurada como fraude processual, pois houve uma tentativa de simular um confronto.
De acordo com o perito criminal da Polícia Técnica Científica, André Marçal de Carvalho, imagens de câmeras de segurança também comprovaram o fato.

Os outros dois militares não foram indiciados já que não há indicativo de ajuste entre os agentes presentes na ocorrência. O inquérito concluiu, portanto, que a responsabilidade da fraude é somente do sargento.

Com relação à morte do adolescente que havia roubado o carro e feito a vítima de refém, não houve indiciamento, pois a perícia entendeu que ele estava “em situação de iminente agressão aos policiais, que revidaram”.

Paulo Márcio e Gilmar Alves que estavam presos desde o dia 30 de novembro de 2017, continuam detidos mesmo com o término do período de prisão temporária de 30 dias. De acordo com o delegado Matheus Noleto, eles estão presos por conta de uma representação da Corregedoria da Polícia Militar.

RELEMBRE O CASO >> Imagens mostram momento em que policiais alteram cena de crime e forjam troca de tiros

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