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POLÍTICA

Dissidentes do MDB na mira do Podemos

O Podemos, que em Goiás é presidido pelo empresário Sandro Resende, pode ser o partido que irá receber os dissi­dentes do MDB, caso os emede­bistas definam pela expulsão dos prefeitos que anteciparam o apoio a candidatura ao governo do senador Ronaldo Caiado (DEM). A legen­da, que tem como pré-candidato à presidência da República o senador Álvaro Dias (PR), experimenta cres­cimento nos últimos meses. No pe­ríodo da chamada janela partidá­ria, entre 06 de março a 07 de abril, o Podemos recebeu a filiação de dois deputados (José Nelto e Lívio Luciano, que vieram do MDB), de ex-deputado (José Essado, também do MDB) e de lideranças que se destacaram nas campanhas muni­cipais, como Valeriano Abreu, que foi candidato a prefeito em Anápo­lis, onde teve mais de 23 mil votos.

Recentemente o deputado esta­dual Lívio Luciano foi lançado pré­-candidato a vice-governador na chapa de Caiado, em evento que teve a presença da presidente na­cional do Podemos, deputada fede­ral Renata Abreu (SP); do deputado estadual José Nelto, do presidente estadual da legenda, Sandro Re­sende, e de presidentes de partidos e lideranças que apoiam a candida­tura de Caiado como o presidente estadual do PMN, Eduardo Mace­do, e o coordenador da campanha de Caiado e ex-prefeito de Goiatu­ba Hermes Traldi.

O reforço do Podemos na alian­ça caiadista pode garantir a ascen­são do partido à chapa majoritá­ria. Caiado tem sido cauteloso em indicar nomes para compor com ele a frente oposicionista, uma vez que ainda traballha com a possibi­lidade de um acordo com o MDB. Durante o ato que expôs o racha no MDB, Caiado falou de viva voz que tem esperança na aliança com o partido, e por isto deixava reser­vada a vaga de vice e uma das va­gas do Senado para indicação do MDB. Ele lembrou ainda que, caso for eleito, o MDB passará a contar com um senador, uma vez que o seu primeiro suplente – o ex-depu­tado estadual Luis Carlos do Car­mo – é filiado à legenda. A ten­dência, no entanto, é que o MDB mantenha a candidatura do de­putado federal Daniel Vilela e que uma futura aliança só será possí­vel num eventual segundo turno.

O Podemos faz as contas e também vê que o tempo conspira a favor da nova legenda. Os eme­debistas dissidentes também fa­zem as mesmas contas e avaliam as vantagens e as desvantagens de apostarem na nova legenda. Caso aja um segundo turno entre Ro­naldo Caiado e o governador José Eliton, o apoio do MDB de Daniel Vilela, Maguito Vilela e Iris Rezen­de valerá ouro, e certamente terá impacto em caso de vitória e na formação de um virtual governo caiadista. Ocupar desde já a vice através do Podemos pode garan­tir um maior espaço num prová­vel governo oposicionista.

O presidente estadual do Pode­mos, Sandro Resende, abre as por­tas para os prefeitos emedebistas ameaçados de expulsão. "Os prefei­tos emedebistas são lideranças ex­pressivas em suas cidades. O nosso partido está aberto para recebê-los, caso entendam que o melhor é pro­curar outra legenda, antes de uma eventual expulsão". O deputado estadual José Nelto, que trocou o MDB pelo Podemos, também in­centiva os cinco prefeitos emede­bistas a buscar abrigo no partido. "Entendo que a direção estadual do MDB está sendo autoritária ao propor a expulsão dos cinco prefeitos. O Podemos está pronto para recebê-los porque se tratam de líderes políticos reconhecidos em suas cidades".

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