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POLÍTICA

Caiado e Wilder apontam esquecimento do governo

Os senadores Wilder Mo­rais e Ronaldo Caiado, in­tegrantes do Democratas (DEM), têm percorrido o Entorno do Distrito Federal para recolher sugestões tendo em vista corrigirem uma injustiça histórica: a região é de forma contumaz abandonada pelos governos federais e estaduais.

Segundo dados do Instituto Mauro Borges (IMB), as regiões que mais receberam incentivos entre 2000 e 2017 foram o centro do Estado: Anápolis (21%), Sudes­te (17%), Sudoeste (16%). Por ou­tro lado, as que receberam menos incentivos no mesmo período fo­ram as regiões Noroeste e Norte com 2% cada, Nordeste (3%) e En­torno de Brasília (6%).

Para os parlamentares, a corda sempre arrebenta nas mãos dos prefeitos, que são obrigados a se virar para que as cidades não fi­quem “ingovernáveis”.

Os dois senadores estiveram na rádio Luziânia 98.1 FM, que atende diversas cidades da região metro­politana de Brasília, ao lado do ex­-deputado federal Marcelo Melo, conhecedor da região, e denun­ciaram a repartição orçamentá­ria macabra que ocorre em Goiás.

Na entrevista, Ronaldo Caia­do, que é pré-candidato ao Gover­no de Goiás, agradeceu ao Entor­no por ter sempre grande votação na região. “Não queremos ser can­didatos da esperteza, mas da leal­dade, da transparência, da auto­ridade moral. Essa região tem o segundo maior colégio eleitoral de Goiás. No entanto, as pessoas se sentem desassistidas pela es­trutura de governo”, disse Caiado.

Senador Wilder, por sua vez, disse que tem se dedicado a tra­zer recursos para a região. Ele citou os R$ 15 milhões que trouxe para ao Hospital de Águas Lindas, loca­lizado no Entorno Norte. “Nestes seis anos no Senado nenhum se­nador, em tão pouco tempo, mo­déstia à parte, trouxe tanto recurso para o estado de Goiás. Consegui recursos para o hospital que está sendo construído em Águas Lin­das, para o de Aparecida de Goiâ­nia e para equipamentos do de Rio Verde. Recursos para um hospital novo em Palmeiras. Para o hospital de Uruaçu consegui 15 milhões”.

O senador lembrou que já apresentou proposta para a cons­trução da Universidade Federal do Entorno do Distrito Federal, que deverá atender com dignida­de os moradores da região. “Com relação ao transporte do Entorno, sou relator do projeto que amplia o transporte daqui. Sabemos de todas as dificuldades enfrenta­das. Entrei na política para ajudar o povo goiano. Hoje tenho orgu­lho de ser político, mesmo nesse momento difícil, porque levanto cedo para tentar melhorar a vida das pessoas, mas sei que tenho fi­cha limpa, que sou honesto”.

Wilder tratou ainda da questão da segurança pública, que ele tem se dedicado com maior produtivi­dade nos últimos meses. “Fui rela­tor da Política Nacional de Segu­rança Pública e no meu relatório expliquei como deveria ser a se­gurança neste país. É preciso dar autonomia a polícia. Sabemos que a Polícia Militar de Goiás tem tra­balhado muito, mas precisamos investir na instituição. Temos 10 mil policiais, mas deveríamos ter 30 mil! É por isso que falta polícia aqui no Entorno”, disse.

Wilder disse que a vida das pes­soas só vai mudar se elas tiverem oportunidades. “O que mudou minha vida foi a escola, foi a edu­cação. Na condição de político e empresário, hoje minha missão é ajudar o povo. Quero dar oportuni­dade para as pessoas crescerem na vida, terem qualidade de vida. Não é justo que o Entorno tenha 30% da população e não tenha 30% de in­vestimentos”, disse Wilder.

SEGURANÇA

Caiado reiterou que o maior problema do Entorno, além da fal­ta de investimentos, é a grave cri­se da segurança pública na região, que, por lei federal complementar, deveria ser assistida pelo governo federal e estadual – as duas enti­dades de direito público que acei­taram trazer Brasília para a região.

“Nós sabemos muito bem que essa cidade compôs a lista com maior índice de criminalidade do país. A quantidade de assassinatos aqui extrapola a faixa aceitável ou admissível para estar dentro de um conceito de país democrático. As pessoas que moram aqui são se­questradas por essas facções. Hoje Goiás está sob o comando de 11 facções criminosas. O governo faz de conta que não quer ver. Como essa cidade vai crescer economi­camente se o governo não ofere­ce segurança, saneamento básico e água tratada?”, questionou Caiado.

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