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POLÍTICA

Com apoio de Lula, Haddad avança

Pesquisa eleitoral divulgada ontem pela XP Investimen­tos mostra que, com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad (PT) vai para o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). Bolsonaro aparece com 23% enquanto Had­dad tem 16%. Ciro Gomes (PDT) fica em terceiro, com 11%.

O levantamento divide Haddad em dois cenários: sem apoio de Lula e com apoio de Lula. No primeiro caso, sem apoio de Lula, Haddad ainda apareceria em terceiro, com 10%. Bolsonaro (26%) e Ciro (12%) iriam para o segundo turno.

A pesquisa encomendada pela XP foi feita pelo Instituto de Pesqui­sas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) durante os dias 10 e 12 de setembro, por telefone.

O atentado a Bolsonaro não o fa­voreceu nas pesquisas tanto quan­to esperavam os bolsonaristas. Uma semana após ser vítima de uma fa­cada em Juiz de Fora (MG), o de­putado Jair Bolsonaro ampliou sua vantagem em relação aos adversá­rios na corrida presidencial e viu sua taxa de rejeição deixar de ser a maior entre os candidatos. É o que mostra pesquisa XP Investimentos/ Ipespe, realizada entre 10 e 12 de se­tembro. Segundo o levantamento, o parlamentar saltou de 23% para 26% das intenções de voto no inter­valo de uma semana e agora está 14 pontos percentuais à frente de Ciro Gomes (PDT), adversário mais bem posicionado na disputa. A margem de erro máxima é de 2 pontos per­centuais para cima ou para baixo.

Na semana em que foi oficia­lizado candidato–substituindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, o ex-prefeito paulistano Fer­nando Haddad (PT) chegou a 10% das intenções de voto no cenário estimulado de primeiro turno. O desempenho representa uma os­cilação positiva de 2 pontos per­centuais em relação à pesquisa da semana anterior e um salto de 4 pontos comparando com levan­tamento de duas semanas atrás.

Com esse desempenho, Ha­ddad aparece tecnicamente em­patado com outros três candidatos na corrida presidencial: o ex-gover­nador do Ceará Ciro Gomes, que, em tendência de alta há três sema­nas atingiu seu maior patamar da série histórica, aos 12%; o ex-gover­nador de São Paulo Geraldo Alck­min (PSDB), que apesar da larga vantagem em tempo de propagan­da no rádio e na televisão, não con­segue sair dos 9%; e a ex-senadora Marina Silva (Rede), que dá sinais de desidratação ao sair de 13% há duas semanas para 8% agora.

Entre os fatores que contribuem para o salto de Haddad nas últimas pesquisas, destaque para o bom de­sempenho entre faixas do eleitorado em que o lulismo é mais forte, caso dos nordestinos, grupo em que o pe­tista saiu de 5% no fim de agosto para 19%, em condição de empate técni­co com Ciro Gomes, líder na região com 21% das intenções de voto. Ha­ddad cresceu para 15% entre os elei­tores com Ensino Médio ou Ensino Fundamental. Há duas semanas, o apoio deste grupo ao candidato era de apenas 4%. Já na faixa com ren­da de até dois salários mínimos, o ex-prefeito paulistano foi de 4% há duas semanas para 10%.

Em outro pelotão, outros qua­tro candidatos também pontuam. O empresário João Amoêdo (Novo) e o senador Álvaro Dias (Podemos) têm 4% das intenções de voto cada, tecnicamente empatados com o ex­-ministro da Fazenda Henrique Mei­relles (MDB), com 2%, e o historiador Guilherme Boulos (PSOL), com 1%. Pela limite da margem de erro, de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, Amoêdo e Dias também estão tecnicamente empatados com Marina Silva. Já o grupo dos brancos, nulos e indecisos agora soma 23% do eleitorado, uma queda de 4 pontos em relação á semana anterior.

A pesquisa XP/Ipespe mos­trou que o apoio a Bolsonaro tam­bém cresceu no cenário espontâ­neo, quando o entrevistado diz em quem pretende votar sem que lhe sejam apresentados nomes de candidatos. Nesta situação, o deputado tem 20% das intenções de voto. Uma semana atrás a taxa era de 16%. Logo atrás aparece o ex-presidente Lula, que, mesmo impedido de participar da dispu­ta em função da Lei da Ficha Lim­pa, é citado por 9% dos eleitores. O ex-presidente chegou a 19% dos votos espontâneos há duas sema­nas. Já Ciro Gomes aparece com 6% das indicações espontâneas de voto, numericamente à fren­te de Haddad, com 5%. Alckmin tem 4% neste cenário, ao passo que Amoêdo tem 3% e Marina tem 2%, mesmo percentual de Álvaro Dias. Neste caso, o grupo dos “não voto” representa 47% do eleitora­do, o que ainda indica o grau de imprevisibilidade desta eleição.

O levantamento também mos­trou que, a três semanas do primeiro turno, cresceu o interesse pela elei­ção presidencial. Agora, 59% dos eleitores se dizem muito (34%) ou mais ou menos interessados (25%). Uma semana atrás a soma desses grupos representava 52% do eleito­rado. A faixa de eleitores que se diz desinteressada com o processo, por sua vez, minguou de 26% para 21%.

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