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POLÍTICA

Depoimentos de amigos e admiradores de Jávier

Ex-primeira-dama do Esta­do Valéria Perillo compa­receu ao velório de Jávier Godinho, na última quinta-feira, no Cemitério Jardim das Palmeiras quando manifestou solidariedade aos familiares amigos.

Muito emocionada, dona Valéria Perillo permaneceu um longo tem­po ao lado do caixão e em conversas com os familiares. Ausente de Goiâ­nia, o ex-governador Marconi Perillo não teve como comparecer ao veló­rio do amigo, no Jardim das Palmei­ras, onde o corpo foi sepultado. Mas ela levou uma camisa azul, que foi de Marconi, usada na campanha de 1998, para servir de mortalha.

CAMISA AZUL

Jáviermanifestouemvidaqueque­ria ser sepultado com a camisa azul, oferecida por Marconi, na campanha vitoriosa.“Eleerameuamigodopeito. Amigo de minha casa. Tinha um cari­nho enorme pelo Marconi. Em uma das últimas vezes que fomos visitá-lo, eledisseaoMarconiqueseriaseueter­no eleitor. A Hora do Angelus tocava o meu coração. Para mim, para minha família, é uma perda irreparável”, dis­se ao Diário da Manhã.

“Goiânia perde uma de suas vo­zes mais importantes. Calou-se o jornalista, escritor e filósofo Jávier Godinho. Recordo-me quando sua crônica-oração enternecia os cora­ções goianos na hora do recolhi­mento crepuscular. Longos anos de militância jornalística.

Para o ofício levou sua visão cristã evolutiva dos homens e do mundo. Alma generosa alberga­da na retidão e na fé. Sentiremos falta de suas palavras, do alento que ofereceu, da esperança de paz que ofertou ao mundo. Certamen­te continuará brilhando, como fa­zem as almas nobres, nos passos seguintes de sua infinita jornada. Nós que aqui restamos, dizemos apenas palavras de: Até breve!”, disse Valéria Perillo

DEPOIMENTOS (POR LUIZ DE AQUINO)

1) Aidenor Aires, escritor, presidente da Academia de Letras de Goiânia

“Jávier Godinho deixou uma fa­mília estruturada espiritualmente e culturalmente. Poderia haver fe­licidade maior do que esta? Partiu contente para a vida eterna, cum­priu rigorosamente com dignida­de e amor sua missão aqui na ter­ra. Foi ao encontro de Deus. Um abraço a toda a família e palmas para o inesquecível Jávier Godinho, patrimônio da bondade, do amor e da literatura goiana.”

2) Lourenço Pinto de Castro, advogado e jornalista

“Realmente, perdemos um ser humano acima do normal. Pas­sava tranquilidade, sabedoria e sempre com uma visão do respei­to ao ser humano. Fui sempre lei­tor de tudo. Ficamos mais pobres. Meus sinceros sentimentos aos fa­miliares. Meu caro Iuri, os nossos sinceros sentimentos extensivos a sua querida mãe e demais fami­liares. Que o nosso Pai Celestial lhe dê o descanso eterno”.

3) Francisco Paes, radialista e professor

“Realmente perdemos um ser humano acima do normal. Pas­sava tranquilidade, sabedoria e sempre com uma visão do res­peito ao ser humano. Fui sempre leitor de tudo. Ficamos mais po­bres. Meus sinceros sentimentos aos familiares.”

4) Reinaldo Assis Pantaleão, professor

“Jávier foi um grande profissio­nal, um jornalista ímpar, o homem mais culto que conheci. Qualquer que fosse o tema ou a palavra que lhe disséssemos, ele tinha informa­ções ricas a respeito. E era dono de um modo de ser especial, que sem­pre nos trazia paz.”

5) Paulo Vargas, diretor da Fieg

“Há uns anos atrás escrevi um artigo sobre gêmeos siameses e o es­piritismo e foi publicado no jornal DM. Logo após o Javier fez um re­lato me parabenizando pelo texto. Fiquei muito honrado com as suas

palavras. São coisas simples que a gente nunca esquece de um gran­de ser humano . Meus sentimentos à família”.

6) Zacharias Calil, médico

“Iuri Godinho, meus sentimen­tos. Tenho um carinho especial pelo seu pai. Há bons tempos vibro amor com sua Ave Maria e as palestras encantadoras que pude ouvi -lo. A bondade infinita já o abraçou, as­sim fazem as mães espirituais. Mui­ta luz a você e sua família.”

7) Rosy Cardoso, artista plástica e poetisa

“Maisdoqueumexemplodepro­fissional, Jávier deixará saudades dos texto impecáveis da Hora do do Angelus (que lamentavelmente foi suprimido da grade da TV Anhan­guera), das palestras espíritas que tantos nos confortaram e orienta­ram ... É um ser humano ilumina­do que nos deixa um legado de con­duta ética e prática continua do cristianismo. Receba meu abraço amigo Iuri Godinho, extensivo a todos os familiares. Obrigado por tudo Jávier! Continue cuidando e orientando todo nós”.

8) Cleverlan do Vale, empresário

“Minhas lembranças mais re­motas de Jávier vêm de quando eu aguardava, no finalzinho da tar­de, a Hora do Angelus, na voz de José Divino. Aquelas preces curtas e precisas enchiam-me o peito e a alma! E eu acreditando, desde en­tão, que Jávier era o melhor ami­go de Deus”.

9) Dóris Costa, jornalista

“ Ah, sim, eu também adorava a Hora do Angelus! Todos nós, com mais de 30 anos, sabemos bem que aquelas preces eram como almo­fadas no caminho que nos apro­ximava mais de Deus.”

10) Iara Lourenço, jornalista

“Jávier sempre impressionava por sua vasta cultura. Foi um ho­mem bom e temente a Deus. Um iluminado”.

11) João Unes, jornalista

“Fui colega de Jávier no Cinco de Março e, depois, em O Popular. Mas foi durante o governo de Henrique Santillo que tivemos maior aproxi­mação. Eu cobria o governo para O Popular e ele era uma das minhas fontes. Uma fonte sempre discreta, jamais afetando prestígio junto ao governador, ou ostentando proxi­midade com o círculo mais inter­no do poder”.

12) Ivan Mendonça, jornalista

“Jávier era um camarada ex­traordinário. Convivemos a vida inteira, em 62 anos de profissão. Choro a morte dele”.

13) Jerônimo Rodrigues, radialista

“Jávier foi uma seta de luz no caminho de todos os que, como eu, tiveram a graça de partilhar com ele, alguns breves instantes, dessa nossa romagem terrena.

Foi com certeza um anjo –pois já ouvi alguém explicar que os ver­dadeiros anjos se passam por nos­sos amigos especiais. E como tal nos legou além do exemplo da quali­dade e zelo profissionais, da leal­dade como amigo, do apreço à fa­mília, que o homem de fé em Deus e de fato imortal. Não só pela for­ça das ideias e ações, mas, sobre­tudo, pela grandeza de sua alma e coração”.

14) Luiz Augusto da Paz, jornalista

“Guardo ótimas lembranças de Jávier Godinho, profissional sério e competente, ser humano de grandes virtudes. Sei que percorreu várias redações, desde o Diário do Oeste e suponho que também no O Social, o jornal do PSD daqueles tempos, do qual meu pai (Peixoto da Silvei­ra, médico e jornalista, além de po­lítico) foi editor-chefe. Ele nos dei­xa saudades e bons exemplos. Sua verve se repete nos filhos jornalis­tas, Aulus e Iuri”.

15) Flávio Peixoto, secretário da Educação, Cultura e Esportes

“Um dos mais brilhantes jorna­listas de Goiás, de todos os tempos, Jávier Godinho foi um homem de poucos amigos, mas leal ao infini­to àqueles que escolhia para seu se­leto convívio.

Convivi com Jávier o meu iní­cio de carreira no jornalismo, co­meçando como repórter no “Diá­rio do Oeste”. Ele era o editor-chefe. Com ele aprendi, se é que consegui aprender alguma coisa, tudo que sei da profissão.

Versátil, imparcial e surpreen­dente, Jávier sempre brilhou pela qualidade de seus textos.

Agnóstico, escrevia com maes­tria a Oração da Ave Maria, trans­mitida ao findar das tardes na Rá­dio Anhanguera. Audiência total. A cidade parava para ouvi-lo, na década de 60.

A maior gratidão que tenho ao meu compadre Jávier foi ele haver me convidado para ser o padrinho debatismodeseuprimeirofilho, Iuri, que sempre me encheu de orgulho.

Tenho certeza que nos Céus ele estará brilhando com sua sabedo­ria a orientar os novos anjos em for­mação no paraíso.

16) José Osório Naves, jornalista

“Em 1959, quase todas as tur­mas de Direito do país receberam o nome “Clóvis Beviláqua”, uma ho­menagem ao grande jurista cearen­se, iniciativa dos formandos goia­nos. Isso gerou certa irmandade entre aqueles que se formaram no distante 59.

Em Goiás, a turma de Direito do Casarão da Rua 20 (ainda não era UFG, creio) era, por esse e ou­tros motivos, muito unida, irma­nando-se com colegas de outros es­tados só pelo fato do ano comum. Nela se formaram meus pais, Elí­sio de Assis Costa e Maria Apareci­da Franco, e também meu padri­nho, José Pereira da Costa. E dela vieram excepcionais promotores, juízes e advogados. Jávier Godinho, que se enveredou pelo jornalismo, também integrou com honras essa geração de 59. Foi em paz, dizem seus filhos. Jávier criou a “Hora do Angelus”, programa da TV Anhan­guera cujos textos também escre­via. Todos fomos marcados por esse programa —no meu caso, ele sina­lizava o fim da tarde, a hora do ba­nho e as possibilidades infinitas da rua (no Setor Sul, podíamos brin­car à noite nas suas vielas, sem vi­gilância, tão segura era a cidade). Com o programa, vinha também uma sensação de dever cumprido, de dia bom e proveitoso, de propó­sito para tudo que havíamos feito.

Para quem tem mais de 40 anos, a “Hora do Angelus” faz parte da “goianidade” —José Divino come­çava a declamação (“Mãe Santíssi­ma...”) e imediatamente nos sentía­mos acolhidos e seguros. Ouvindo a notícia dessa morte, estranhamente me comovi, como se fosse eu o ami­go de faculdade de Jávier, tão forte era a aura da turma “Clóvis Bevi­láqua”. E sua amizade com meus pais frutificou na minha amizade com Iuri Godinho, reforçando la­ços inesperados. Faço então uma prece por Jávier, sua família, meus pais e pela turma de 59, tão estra­nhos —e corretos —são os cami­nhos do Senhor.

17) Marcelo Franco, promotor de Justiça

“Triste em saber do falecimento de Jávier Godinho, um dos grandes nomes do jornalismo e literatura do nosso estado. Goiano da Cidade de Goiás, foi redator do programa Hora do Angelus, da TV Anhangue­ra, por 50 anos e suas mensagens de fé confortaram corações e dis­seminaram esperança.

Como escritor, publicitário, pes­quisador, memorialista, radialis­ta, educador e conferencista, dei­xa um legado inestimável para os goianos. Eu e Fabrina manifesta­mos nossos sentimentos solidários à família e amigos.”

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