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5 municípios em Goiás terão eleição para escolher prefeito

Em 19 cidades brasileiras, a eleição no próximo domin­go será diferente. Além de eleger o próximo presidente da re­pública e o governador, nos estados em que haverá segundo turno, os eleitores também escolherão novos prefeitos e vices.

A eleição suplementar para esco­lher os chefes dos Executivos muni­cipais ocorre após casos de conde­nação eleitoral ou criminal, abuso de poder político, compra de vo­tos ou cassação de mandato. Quem causou a nulidade da eleição não pode concorrer.

Casos de condenação eleitoral ou criminal, abuso de poder políti­co, compra de votos ou cassação de mandato exigiram realização de vo­tação suplementar em cidades de nove estados. Em Goiás, cinco mu­nicípios estão nessa situação.

Em nove estados — Ceará, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Amazo­nas, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Maranhão — haverá votação para prefeitos e vi­ces. A gestão municipal nessas cida­des ficou por conta dos presidentes das Câmaras de Vereadores.

Em Goiás, por exemplo, haverá cinco eleições suplementares: Da­vinópolis, Divinópolis, Serranópo­lis, Turvelândia e em Planaltina de Goiás, no Entorno da capital fede­ral. Em todos os casos, os então ad­ministradores tiveram seus manda­tos cassados pelo crime de captação ilícita de sufrágio, previsto no Arti­go 41-A da Lei Eleitoral, e que veda qualquer tipo de doação, promessa ou vantagem pessoal ao eleitor em troca do voto.

Em Planaltina de Goiás, o Tri­bunal Regional Eleitoral (TRE-GO) cassou o mandato do prefeito Da­vid Alves Teixeira Lima (PR), e de sua vice, Maria Aparecida dos San­tos (Pros), por compra de votos. Eles sequer assumiram o cargo. O Mi­nistério Público Eleitoral do esta­do (MPE-GO) começou as investi­gações logo após a disputa de 2016. Segundo as denúncias, um dono de empresa de transporte coletivo prometeu empregos a quem vo­tasse em David e em Maria Apare­cida. Panfletos eleitorais eram co­locados nos assentos dos ônibus, alguns chegaram a ter o rosto dos candidatos estampados.

A mais recente decisão da Jus­tiça Eleitoral para a realização de eleições suplementares ocorreu em Mongaguá, no litoral Sul de São Paulo. O TRE-SP decidiu por unani­midade que o novo pleito ocorreria neste domingo. A crise no Executivo municipal começou em maio des­te ano, quando o prefeito da cida­de, Artur Parada Prócida (PSDB), foi preso em flagrante pela Polícia Federal. Em sua casa, ele guarda­va R$ 5,3 milhões. Ele foi investiga­do na Operação Prato Feito, contra supostas fraudes em licitações para merenda escolar em 30 cidades de São Paulo. Ele acabou afastado do cargo por lavagem de dinheiro. No lugar de Artur, assumiu o vice-pre­feito Marcelo Melo Gomes (PSDB). Contudo, em julho, ele acabou afas­tado da gestão municipal por ser investigado por desvio de verbas da União para a educação. Depois, teve seu mandato cassado pela Câ­mara Municipal em agosto. Gomes voltou ao cargo em outubro após li­minar do Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas a Justiça Eleitoral decidiu realizar novas eleições.

Amazonas, São Paulo, Rio de Ja­neiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina terão eleição para gover­nador. Nesses locais a ordem de vo­tação será primeiro voto para gover­nador, depois para presidente e por último para prefeito. Em Goiás, Cea­rá, Mato Grosso e Maranhão, o elei­tor deve votar primeiro para presi­dente, depois para prefeito.

ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

  •  Serranópolis


Prefeito Lidevam Ludio de Lima (PSDB) foi cassado sob acusação de abuso de poder econômico, propaganda eleitoral irregular e compra de votos

  •  Turvelândia


Prefeita Reila Aparecida Naves de Farias (MDB) teve mandato cassado por oferecer terrenos em futuro loteamento em troca de votos

  •  Planaltina de Goiás


Prefeito David Alves Teixeira Lima, conhecido como Dr. Davi (PROS), teve mandato cassado por oferecer empregos em troca de votos

  •  Davinópolis


Prefeito Robson Luiz Ferreira Gomes (PR) teve mandato cassado por condutas vedadas a agentes públicos em campanha eleitoral, abuso de poder político e de autoridade e doação de lotes e materiais de construção em troca de votos

  •  Divinópolis de Goiás


Prefeito Alex Santa Cruz de Oliveira (PROS), conhecido como Alex da Eva, teve o mandato cassado por fornecer combustível, passagens de ônibus e dinheiro em troca de votos

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