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POLÍTICA

“Caiado terá o meu apoio no combate à corrupção”

Legitimo representante da segu­rança pública em Goiás, Major Araú­jo (PRP) conseguiu o feito inédito de ser o primeiro parlamentar oriundo da Polícia Militar a ser eleito para um terceiro mandato.

Com uma votação expressiva de 38.278 votos, Araújo foi lembrado em todos os 246 municípios goianos, sendo o 7º deputado estadual mais votado entre os 41 eleitos.

Em entrevista exclusiva ao Diário da Manhã Major Araújo apresenta seus projetos e analisa o cenário po­lítico goiano e nacional.

Deputado, o senhor foi o 7º deputado estadual mais bem votado em Goiás. A que atribui esse resultado?

Alcançar esses números não foi fácil, principalmente por ser um parlamentar de oposição. Entre­tanto, mesmo diante das adversi­dades mantemos nossa coerência em defesa da sociedade. Atuamos com convicção na fiscalização do executivo, apresentamos diversos projetos e, principalmente, procu­ramos desenvolver um mandato próximo dos goianos, com uma in­teração direta, inclusive com gran­de capilaridade nas redes sociais.

Nesse viés das redes sociais, o Diário da Manhã sempre apresentou o senhor como um dos políticos goianos, que tem maior atuação. Como se dá esse trabalho?

- Hoje possuímos uma fanpage no Facebook com quase 60 mil se­guidores, três perfis lotados, bem como um Instagram, que em breve esperamos alcançar os 10 mil se­guidores. Além disso, atuamos com frequência no Twitter e no Whatsa­pp. Sei que a sociedade está cada vez mais interessada em debater os assuntos da política, com o ad­vento das redes sociais podemos atingir esse público sem que haja a necessidade de um mediador ou de filtro. Assim, expomos nosso tra­balho, nossa luta e os ideais que norteiam a atuação parlamentar. Outro ponto, que julgo de extre­ma relevância é responder todas as pessoas que interagem conos­co. Desta forma, divulgo todos os nossos pronunciamentos no plená­rio, debato as notícias com a socie­dade e apresento as atividades da Assembleia e do Governo, as quais em muitos casos, ficam inacessíveis aos goianos. Com credibilidade e coerência fomos conquistando a simpatia e o apoio dos eleitores, que reconhecem nosso trabalho no legislativo.

E essa atuação favoreceu sua eleição?

- Sem sombra de dúvidas. Esta interação com a sociedade fez toda a diferença. Os goianos estão mais interessados em debaterem assun­tos, que antes eram inacessíveis. Através das redes sociais têm voz e vez. Opinam, cobram e dão su­gestões. Inclusive essa interlocução foi essencial para apresentarmos determinados projetos e atender­mos a demanda da sociedade. Des­ta forma, a sociedade teve mais conhecimentos de nossos traba­lhos. Houve vídeos políticos que alcançaram milhões de expecta­dores. Com certeza, a semente em relação ao nosso nome alcançou alguns dos internautas.

Sobre representatividade, o senhor se consolida como o legítimo representante da segurança pública na Assembleia Legislativa. Como conquistar o apoio da tropa?

Todos os militares goianos me conhecem. Seja dos companheiros da reserva, seja os alunos do últi­mo concurso. Sabem de nossa éti­ca, transparência e luta em prol da categoria. Tudo que chega na As­sembleia faço questão de compar­tilhar com eles e debater da me­lhor maneira possível. Os militares goianos reconhecem em nosso ga­binete como uma extensão de suas casas, sabem que estou sempre à disposição e que nunca os trairei. Além do mais sempre estou pre­sente em formaturas em todas as regiões, para que possa dialogar cara a cara com meus irmãos de farda. Eles sabem das necessida­des e a importância de se ter um representante no legislativo, creio que essa confiança e lealdade são preponderantes para que possamos continuar na Assembleia. É digno de nota, todavia, que neste pleito tivemos dezenas de candidatos mi­litares e a maioria buscou apenas objetivos pessoais, querendo ape­nas usar os votos dos irmãos de farda, mas nossos companheiros souberam diferenciar o joio do tri­go. Sabem quem verdadeiramen­te luta e é fiel à tropa.

Todos se lembram, que ainda no ano passado o senhor foi o primeiro deputado a apoiar Ronaldo Caiado ao governo. O que esperar desta gestão que contou com o apoio de 60 % da população, sendo eleita ainda no primeiro turno?

- A decisão de apoiar Ronaldo Caiado foi tomada ainda em 2014, após as eleições em que lhe consa­grou uma vaga no Senado. Tinha a convicção de que ele era o único capaz de vencer este grupo políti­co, que durante 20 anos mamou no Governo do Estado. Caiado era o nome para resgatar a dignidade do povo goiano e ele sempre soube deste meu pensamento. Ainda em 2017, com a caravana da oposição ombreávamos com o governador eleito em todas as regiões de Goiás. Apresentávamos a realidade do Estado, a corrupção impregnada no governo e Caiado vinha com a solução. Por tudo isso, estou con­victo, que apesar das adversida­des, Caiado será o melhor gover­nador de Goiás, principalmente se conseguir atuar no combate à cor­rupção, assim como promover a saúde, educação e segurança pú­blica. Ele terá meu apoio para isto.

Quando o senhor fala em 20 anos de poder de Governo, não faltaram denúncias e entraves, principalmente contra o ex-governador Marconi Perillo. Essas brigas eram pessoais?

- Sou policial e o que eu mais odeio é ver bandido solto. Eu não tenho nada pessoal contra nin­guém, mas não posso me calar diante das inúmeras falcatruas e corrupções que foram pratica­das por esta gangue que se disse­minou pelo Estado. O parlamen­to nos permitia a expor a verdade, através da imunidade parlamen­tar. Contudo, mesmo assim, fui pro­cessado 27 vezes por Marconi Peril­lo, que até conseguia algum êxito no judiciário goiano, mas em es­fera federal, sempre logramos vi­tória. Ademais, a Polícia Federal e a Justiça Federal demonstraram que estávamos certos em nossas de­núncias. Por fim, os goianos joga­ram a pá de cal nesta corja. A era de corrupção do PSDB em Goiás chegou ao fim, o reflexo pode ser visto na inexpressiva votação eu ti­veram, seja para o executivo, seja no legislativo.

Esse combate à corrupção também lhe rendeu votos?

- Claro, os brasileiros não acei­tam mais a impunidade e a per­petuação do poder. O reflexo foi o clamor para que integrantes da segurança pública ingressassem na política. As urnas demonstra­ram isso, tanto que os militares elegeram dois senadores, 21 de­putados federais e 50 deputados estaduais. Se somarmos os com­panheiros das outras instituições de segurança pública esse número triplica. Esta é a amostra de que estamos no caminho certo para arrebentar com a corrupção e fin­dar as oligarquias políticas, que por anos dilapidaram as riquezas brasileiras. A maior prova será a eleição do militar Jair Bolsonaro à presidência da República.

Em âmbito nacional o senhor também sempre esteve próximo de Bolsonaro, inclusive o apoiando mesmo sendo de partidos diferentes. Por que?

- Todos sabem que tenho posi­ção e ideal. Jair Bolsonaro repre­senta o anseio do povo brasileiro por mudanças. Por isso desde o início fiz questão de divulgar seu nome, criando matérias de campa­nha com nossos nomes juntos, mes­mo antes de seu nome se sobressair perante os brasileiros. Não dava para criar expectativa no grupo de Alckmin, cujo um dos líderes é Marconi, que foi preso recente­mente. Do outro estava o PT, que também tem seus principais líderes presos. Bolsonaro vem para aten­der a demanda de nossa gente por um país mais ético e com oportu­nidades. Depositamos nossa con­fiança em seu nome e acreditamos que será fundamental para o cres­cimento do Brasil.

Mas o senhor não vê radicalismo em Bolsonaro?

- Se combater os corruptos for ser radical eu também sou. Chega de passar a mão na cabeça de malan­dro, seja os bandidos de ruas, seja os picaretas de colarinho branco. O nome de Bolsonaro incomoda os bandidos, pois sabem que agora não terão sossego. Eu sou policial militar e a vida toda tentaram de­negrir nossos irmãos de farda pe­rante a sociedade, mas o cidadão de bem reconhece nossos valores e sabe de nossas atuações em prol da sociedade. Sempre digo, quem não gosta de polícia, bom sujeito não é. Tentam difamar o Bolsona­ro o chamando de fascista, mesmo sem ter ideia do que se trata. Fala que não haverá liberdade de ex­pressão, que haverá perseguições e volta da ditadura. Isso tudo é de­sespero. Volto a reafirmar, quem deve temer Bolsonaro são os ban­didos, esses não terão sossego. No mais, o Brasil terá um grande pre­sidente, que entrará para a histó­ria como um dos melhores do país.

Eu não tenho nada pessoal contra ninguém, mas não posso me calar diante das inúmeras falcatruas e corrupções que foram praticadas por esta gangue que se disseminou pelo Estado”   Jair Bolsonaro representa o anseio do povo brasileiro por mudanças. Por isso desde o início fiz questão de divulgar seu nome, criando matérias de campanha com nossos nomes juntos, mesmo antes de seu nome se sobressair perante os brasileiros”

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