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POLÍTICA

“Ou retiramos o Brasil do atoleiro ou afundaremos ainda mais”

O deputado federal eleito Zé Mário Schreiner (DEM) diz que “o Brasil precisa ser retirado do atoleiro, caso contrário vamos afundar ainda mais”, em entre­vista ao Diário da Manhã. O pre­sidente da Federação da Agricul­tura e Pecuária de Goiás (Faeg), que reassumiu o cargo após o período de campanha eleitoral, confirmou seu compromisso com o “voto de confiança depo­sitado na urna pela moralidade político-administrativa e pela luta contra a burocracia que con­tribui para a corrupção brasileira”.

Segundo Zé Mário, a reforma política deve ser feita no primei­ro momento do governo que as­sume em janeiro próximo. Ele entende que o caos adminis­trativo está instalado no Brasil. “Afinal, são 35 partidos políti­cos, quando o País pode convi­ver com apenas quatro, como a maioria das nações pelo mundo. Por isso, a existência de 34 mi­nistérios”, manifesta. Conforme o líder classista rural, o presiden­te para governar se vê impelido numa banca de negócios para atender os políticos carreiristas.

Para o deputado eleito, as mini reformas são insuficientes. E, ressalta, a reforma política está em primeiro lugar, para atender aos reclamos da sociedade em suas manifestações públicas e agora no verdadeiro tsu­nami eleitoral. “A resposta das urnas foi clara e elas exigem mudanças e transparência sem fisiologismo”, diz.

Em sua opinião, a “burocracia, além de travar o Brasil, propicia a cor­rupção”. Zé Mário observa que para se abrir uma empresa, por exemplo, são tantos os documentos para enca­minhar um processo que só dificulta a vida do cidadão. “São as certidões para isso e aquilo, taxas, carimbos, selos e o Estado, em resumo, apenas dificulta quem quer trabalhar, gerar emprego e desenvolvimento”, aduz. “Os valores estão invertidos”, acentua, indignado com a realidade imposta.

Para ele, o produtor fica sob to­dos os riscos naturais quando pro­duz, e não possui uma garantia, um real suporte para sua planta­ção. “Se caso algo der errado o pro­dutor está sozinho, se der certo o Estado cobra sua parte, isso é ex­tremamente prejudicial para o de­senvolvimento do campo e, conse­quentemente, da cidade”, indaga.

CARGA TRIBUTÁRIA

A carga tributária é outro ônus pesado para o brasileiro, sobretudo para o empresário que quer investir numa atividade econômica e pro­curar reduzir a massa de 13 milhões de desempregados. “Quem aguenta uma carga tributária de 40%”, interro­ga o deputado federal recém-eleito em Goiás. E ressalta que “no Brasil, o empresário é tratado igual a crimino­so, onde o Estado não tem compla­cência”. O Estado, em sua opinião, deve ser enxuto, ou seja, operando com um corpo necessário e eficiente.

Como o governador eleito Ronal­do Caiado já se manifestou na condi­ção de candidato, a pasta destinada ao agronegócio encontra com intei­ro apoio de Zé Mário e demais lide­ranças do segmento agropecuário. A Agrodefesa também deve mere­cer distinção por zelar pela qualida­de dos alimentos. A Emater merece atenção tanto nas áreas de extensão rural, assistência técnica e pesquisa. “Ela é mais voltada para a peque­na atividade agropecuária”, observa.

ARMAS PARA O FAZENDEIRO

A segurança pública no campo chama a sua atenção, lembrando que a Faeg e a sua rede de Sindica­tos Rurais sempre defenderam a pa­trulha rural, por meio de uma par­ceria com o Estado. A Secretaria de Segurança Pública entra com o po­liciamento e o sindicato com os gas­tos. Mas, não são todos os municí­pios. Zé Mário é defensor do uso de arma pelos produtores, entendendo ele que em regra eles vivem isolados.

EDUCAÇÃO

Na Câmara Federal, preten­de lutar por maior exten­são da rede escolar. “Em muitos casos, hoje, o aluno para chegar à escola rompe gran­des distâncias. Sai de casa pela ma­drugada e só che­ga praticamente à noite”, diz. A escola deve es­tar mais próxi­ma para o alu­no não sofrer as consequências do cansaço fí­sico e nem passe fome.

LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES

A logística nos transportes con­tinuará merecendo a sua atenção. Na Faeg, sempre foi um defensor do sistema integrado no transpor­te: ferrovia, hidrovia, rodovia e final­mente portos, no caso das exporta­ções. Na Câmara Federal, buscará o apoio da Bancada Ruralista para a tomada dessa iniciativa. O bara­teamento dos custos é o objetivo fi­nal, que agradará aos produtores e aos consumidores finais.

Enfim, Zé Mário é por uma co­nexão maior do campo com a ci­dade. “O campo cresce e a ci­dade melhora”, segundo ele, para concluir que “o Brasil é um dos grandes responsáveis por levar alimento à mesa dos consumidores, contribuindo para matar a fome do mundo”.

AGRICULTURA DO FUTURO

A incorporação de tecnolo­gias de agricultura de precisão e mais recentemente a adoção da agricultura digital – ou Agri­cultura 4.0–com a possibilida­de de conexão via internet de máquinas e serviços, equipa­mentos autônomos, drones e big data estão transformando a paisagem, rotinas, processos e hábitos do homem do cam­po. Atento a esse cenário e aos desafios que ele impõe, o novo deputado defende inovações visando otimizar a produção e garantir mais eficiência e rentabilidade aos produtores rurais, com me­nor impacto ambiental.

Na Câmara Federal, pretendo lutar por maior extensão da rede escolar. Em muitos casos, hoje, o aluno para chegar à escola rompe grandes distâncias. Sai de casa pela madrugada e só chega praticamente à noite”

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