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POLÍTICA

“PT vai ser oposição ao que não for correto à população”

O deputado federal eleito Ru­bens Otoni (PT) diz que PSDB e MDB foram os maiores derrota­dos nas eleições estadual e na­cional. “O PSDB tinha seis de­putados federais em Goiás, agora só tem um, o MDB, tinha dois, e não tem nenhum. O PT mante­ve seu representante na Câmara Federal e seus representantes na Assembleia Legislativa”, pontua.

Segundo Rubens Otoni, os maiores erros do PSDB e do MDB foi apostar que o processo de de­sestabilização do governo da pre­sidenta Dilma Roussef iria lhes beneficiar. “O PSDB e o MDB se uniram para tirar um governo eleito legitimamente no voto po­pular e ao fazerem isto sonhavam em tirar o PT do poder e assumi­remopoder.Deramumtironopé. Se auto-destruíram. O PMDB que era a primeira bancada passou a ser a oitava, o PSDB que era a ter­ceira, passou a ser a nona e o PT que era segunda é a primeira. Eles (PSDB e MDB) além de darem um tiro no pé abriram um vácuo na politica brasi­leira,mas não ocuparam este espaço; ao invés disso abriram espaço para a extrema-direita, que não está no jogo politicodemocrático, poisnãorespei­ta as instituições”, alerta.

Otoni diz que na Assembleia Le­gislativa o PT fará oposição ao go­verno de Ronaldo Caiado (DEM), mas pondera que o partido não será inconsequente. “Vamos acompa­nhar de perto, vamos estar no lu­gar onde a sociedade goiana nos colocou: na oposição. Vamos cum­prir este papel de oposição, sempre alerta aquilo que for discutido e en­caminhado. Naquilo que for corre­to vamos encaminhar, e não temos dúvida nenhuma em fazer oposi­ção daquilo que for contra o interes­se da maioria da população”, frisa.

Na avaliação do parlamentar, O governo de Marconi Perillo e José Eliton estava muito fragilizado, e o sentimento de mudança era eviden­te. “Perderam o governo, em mui­tas cidades nossa candidata, Kátia Maria foi mais votada; Marconi que foi o mais votado para o senado em 2002 ficou em quinto nestas eleições e a senadora Lúcia Vânia, que estava na chapa também não foi eleita. Nós queríamos esta mudança se desse comaeleiçãodaprofessoraKátiaMa­ria, que representou muito bem o PT e as mulheres nestas eleições, porque entendemos que não basta mudar, é preciso escolher o caminho desta mudança”, pondera.

DEFESA DA DEMOCRACIA

Para Rubens Otoni o desafio do segundo turno das eleições presi­denciais é defender a democra­cia. Para ele tudo aquilo que foi construído a partir da rede­mocratização e dos 30 anos de promulgação da Cons­tituição Federal de 1988 es­tãoemrisco. Eledizque as declarações do candidato Jair Bolsonaro e de seu filho mostram desprezo à democracia e ás institui­ções, numa referência à fala de Bolso­naro de que se eleito a oposição terá que sair do país ou ir para cadeia e do filho, Eduardo Bolsonaro, de que bas­ta um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).

Neste segundo turno não está em jogo o partido A ou o partido B, mas a luta em defesa da democra­cia. Esperamos que este segundo turno, dê a oportunidade de con­servar o que foi conquistado nos últimos 30 anos: uma democra­cia que dê o direito a todos de se manifestar, onde todos tenham o direito de defender suas posi­ções, independente de quais se­jam. Este bem maior que é a de­mocracia está em risco. O que queremos é ver o Congresso Na­cional e todas as instituições res­peitadas. Vocês devem ter visto ontem as repercussões do de­poimento do filho do Bolsonaro e do próprio candidato. Ora se al­guém acha que basta um solda­do e um cabo para fechar o STF, então basta um capitão e um te­nente para fechar o congresso nacional? Este é um momento em que as forças políticas não podem ficar omissas . A disputa neste segun­do turno não é de um partido con­tra o outro, mas de concepções para a direção do país nos próximos anos”, resu­me.

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