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POLÍTICA

Bolsonaro tem apoio minoritário nas redes sociais

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), são minoria no debate sobre a pandemia do coronavírus nas redes sociais, principalmente nas discussões travadas no Twitter, demostram um relatório produzido pela Diretória de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV DAPP).

Conforme essa análise, as discussões envolvendo a pandemia no país já geraram mais de 330 milhões de tuítes desde o final de março, sendo que a ampla maioria dos perfis envolvidos nesses debates é de usuários contrários ao presidente e ao seu governo.

Um movimento que ampliou e diversificou os grupos de oposição a Bolsonaro, com adesão de mais atores políticos e influenciadores sociais e celebridades, como o humorista Windersson Nunes e o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino.

Embora seja minoria no debate, metade das interações nas redes sociais sobre Covid-19 são de apoiadores do presidente

Mesmo sendo o grupo minoritário, suas atividades na rede social chegam a representar, em alguns dias, mais da metade das interações sobre covid-19 no Twitter. Entre os dias 22 de junho e 7 de julho, por exemplo, os perfis bolsonaristas eram em média 17% dos usuários do Twitter, engajados no debate da pandemia, mas respondiam por cerca de 40% das interações sobre o tema.

Apesar da forte mobilização de seus apoiadores, são perfis da oposição ao presidente que têm protagonizado as discussões no Twitter, em momentos críticos do debate sobre a pandemia no Brasil, como no final de março, quando Bolsonaro disse em pronunciamento à nação, que sentiria apenas uma gripezinha caso contraísse a doença.

Segundo o coordenador da FGV DAPP, Lucas Calil, o envolvimento maior de celebridades e influenciadores ocorre "porque a pandemia não é só uma questão política".

"A gente monitora as pessoas reclamando da quarentena, falando da saúde mental, alcoolismo, insônia, depressão. E por força do contexto político, isso mobiliza as pessoas a fazer uma correlação de temas da saúde com outras conjunturas de políticas públicas, o que levou influenciadores digitais, principalmente da cultura, a abordar o coronavírus e se aproximar de um debate político", ressaltou

A pandemia já matou mais de 170 mil pessoas no país, e o presidente tem sido constantemente criticado, seja por seu governo não ter conseguido limitar a quantidade de vítimas fatais, seja por não dar declarações em respeito aos mortos e seus familiares.

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