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Vereadora trans eleita, teme não ter apoio na câmara

A vereadora Rebecca Barbosa, eleita neste ano em Salesópolis, município de São Paulo, é um dos 30 transexuais que vão compor as câmaras municipais de todo país à partir de 2021. Aos 28 anos, ela é formada em direito e tendo atuado como conselheira tutelar, ela carrega história de preconceito e lutas.

Durante a campanha deste ano, não foi diferente. Rebecca chegou a ouvir que não seria bem-vinda na casa do legislativo por ser LGBT. Rebecca, sexta vereadora mais votada no município, teme não ter apoio dos colegas, mas diz que vai atuar para garantir os direitos de toda população.

" Tive preconceito indireto de pessoas, até mesmo da própria mesa legislativa, da casa de vereadores. Falavam que não queriam ter um viado lá dentro".

"Eu fico cabreira se eu vou ter apoio dentro da Câmara. Eu fico assim, no achismo, se eles vão querer me prejudicar ou se eles vão vestir a nossa camisa, até porque eu não vou entrar como militante. Eu vou entrar lá dentro como alguém que trabalha pelo povo em todos os sentidos", afirma Rebecca.

Preconceito

Rebecca se tornou conselheira tutelar pouco depois de se formar, em 2016, quando foi eleita em primeiro lugar. Rebecca decidiu trabalhar para a população depois de ser agredida e sofrer preconceito durante um assalto, o que a fez refletir sobre seu papel na sociedade.

" Foi um assalto seguido de homofobia. Eu fui agredida, muito, na rua. Quando me levantei do chão, eu vi que pessoas iguais a mim são pessoas que sofrem qualquer tipo de indiferença e que precisam de ajuda de alguém por elas", relembra.

No entanto, Rebecca acredita que seu posicionamento como vereadora trans terá benefícios ao município, além da visão de uma sociedade mais diversa.

Embora seja militante da causa LGBT, Rebecca lembra que suas propostas são para todos, sem distinção. Ela, que tem apoio da família, espera contribuir para uma sociedade melhor.

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