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Sem coligações, partidos se movimentam para 2022

Com o fim das coligações para as eleições proporcionais do ano que vem, os partidos políticos começam a se movimentar buscando o melhor caminho para manterem a representatividade no Congresso, principalmente na Câmara dos Deputados. A se repetir o quociente eleitoral das eleições de 2018, cada partido terá que alcançar, pelos menos, 179 mil votos para obter uma cadeira na Câmara dos Deputados. Já para a eleição de deputado estadual, espera-se um quociente eleitoral próximo de 75 mil votos. Em Goiás, sai na frente o União Brasil, partido que nasce da fusão do DEM do governador Ronaldo Caiado com o PSL do deputado mais votado do Estado nas últimas eleições, Delegado Waldir Soares. O União Brasil reúne em Goiás cerca de 59 mil filiados e tem, sem dúvidas, a maior capilaridade entre todas as demais legendas. Partidos de centro esquerda e de esquerda, como PT, PSB, PCdoB e PSOL, cogitam se unirem em federação, modalidade aprovada recentemente pela reforma eleitoral no Congresso e que permite que dois ou mais partidos se juntem como se fossem uma única sigla, mas são obrigados a permanecer unidos por um período de quatro anos e teriam que atuar juntos nas esferas federal, estadual e municipal. A federação facilitaria o atingimento do quociente eleitoral. PSD, PP, PL, PSDB, Patriota e Republicanos não cogitam a formação de federação e devem tentar voos solos nas eleições para deputados. Nesses casos, a estratégia é ancorarem suas chapas proporcionais a chapas majoritárias que tenham viabilidade eleitoral. Em Goiás, PSD, PP e Republicanos trabalham por uma vaga na chapa majoritária de Ronaldo Caiado, mas, mesmo que não tenham o candidato ao Senado, a tendência é que se mantenham na base do democrata, porque isso, em tese, favoreceria as suas eleições proporcionais. O PL, que esperava a filiação de Gustavo Mendanha (sem partido), pode ter que rever seus planos, já que a vinda de Jair Bolsonaro para os quadros do partido deve vetar Mendanha como possível candidato da legenda em Goiás e restringir alianças com outras siglas. No PSDB, cogita-se a candidatura de Marconi Perillo para a Câmara dos Deputados, mas a sensação é de esvaziamento, já que os principais quadros da legenda em Goiás estão batendo asas do ninho tucano, a exemplo do deputado Talles Barreto, Francisco Oliveira e Célio Silveira.

Fio Direto

Ofensiva
O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), um dos mais ferrenhos defensores do presidente Jair Bolsonaro em Goiás e no Congresso, iniciou uma ofensiva contra a possível candidatura de Gustavo Mendanha (sem partido) pelo PL, partido pelo qual Bolsonaro pretende tentar sua reeleição. Segundo Vitor Hugo, Mendanha não estaria alinhado com o presidente e não representa a direita conservadora.

Vídeo
Em vídeo divulgado em suas redes sociais e grupos de whatsApp, Major Vitor Hugo, que já anunciou que vai acompanhar Bolsonaro no novo partido, o PL, disse que Gustavo Mendanha fez alianças com partidos da esquerda para sua reeleição em Aparecida de Goiânia, partidos que, afirma o deputado, assinaram pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Escrituras
Quem acompanhou o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no evento de entrega de cerca de 400 escrituras a moradores de 15 bairros de Goiânia foi o secretário Extraordinário de Regularização Fundiária da capital, o ex-vereador Carlim Café. Como um dos responsáveis direto pelo desembaraço burocrático da ação, Café agradeceu ao prefeito pela chance de contribuir com tantos goianienses.

Bases
Em entrevista ao jornal Opção, o deputado estadual Jeferson Rodrigues (Republicanos), que já se anuncia candidato a deputado federal, não pensou duas vezes quando perguntado se vai assumir as bases eleitorais do correligionário João Campos, hoje deputado federal e que pretende se lançar ao Senado. Ou seja, ao que parece, a João Campos não é dado retroceder no seu projeto.

Contrassenso
Alguns insistem em chamar de eleitoreiras as ações de governos realizadas nos dois últimos anos de mandatos, principalmente aquelas voltadas à assistência social e obras. Foi assim com Iris Rezende, na Prefeitura de Goiânia, e tem sido assim com o governador Ronaldo Caiado. Nos dois casos, no entanto, os investimentos só foram possíveis depois de reequilibradas as contas, que estavam em frangalhos.

Juntos
O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e o pré-candidato ao Senado por Goiás nas eleições do ano que vem Henrique Meirelles (PSD) estiveram juntos no último final de semana em agenda de trabalho de Vanderlan, em Palmeiras de Goiás. Os dois políticos disseram que pretendem trabalhar juntos no Senado Federal a partir de 2023. Como se vê, a confiança na vitória de Meirelles é total.

Bolsonaro recua em indicação de Crivella
Depois de quase seis meses da indicação do ex-prefeito do Rio de Janeiro (RJ) Marcelo Crivella para embaixador do Brasil na África do Sul, e sem obter resposta do país anfitrião, o governo Jair Bolsonaro retirou, oficialmente, a indicação do republicano para o cargo.

A escolha de Crivella para chefiar a missão diplomática na África do Sul teria sido costurada como um agrado de Bolsonaro à Igreja Universal. O grupo religioso vinha se queixando do pouco empenho do governo Bolsonaro na defesa dos interesses da Universal em países africanos, principalmente em Angola.

A Universal angolana vive um racha. Religiosos locais se rebelaram e passaram a acusar lideranças brasileiras de crimes financeiros.

Linha cruzada

De autoria do deputado Lissauer Vieira (PSB), presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, e do deputado Bruno Peixoto (MDB), líder do Governo na Casa, tramita no legislativo goiano Projeto de Lei que visa denominar o Palácio das Esmeraldas, situado na Praça Pedro Ludovico Teixeira, no setor Central da Capital, de Palácio das Esmeraldas Iris Rezende Machado, em homenagem ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia que faleceu no último dia 9 de novembro.

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