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Caiado abre diálogo com partidos para formar chapas

O governador Ronaldo Caiado (DEM) vai se reunir, nos próximos dias, com os presidentes de partidos que integram sua base para discutir a formação das chapas de deputado estadual e, principalmente, de deputado federal. O objetivo é o de tentar, em conjunto, “otimizar” o processo de construção das candidaturas.

“O governador tem dito que não vai cuidar apenas do União Brasil (a ser criado a partir da fusão do DEM com o PSL). Ele pretende ajudar alguns partidos da base a montar chapas”, afirma um aliado, que faz referência à dificuldade de reunir grupos de candidatos competitivos em um cenário de proibição de coligações proporcionais e de maior limitação do número de candidatos.

De acordo com a legislação eleitoral vigente, cada sigla só poderá lançar 18 candidatos a deputado federal em Goiás.

Outro tema que deve entrar na pauta, para deliberação conjunta, é a entrada de auxiliares do governo estadual na disputa. A possibilidade de Ismael Alexandrino (Saúde) e Pedro Henrique Sales (Agehab e Goinfra) tentarem vaga na Câmara dos Deputados incomoda parlamentares.

Caiado chegou a dizer que gostaria de fazer a reunião com presidentes de partidos governistas nesta semana. Diante do seu quadro de infecção prostática, isso deve ficar para a semana que vem.

Há entre governistas a tese de que só será possível lançar de três a quatro chapas. Além da União Brasil de Caiado e do MDB de Daniel Vilela, há quem aposte em PSD e Republicanos. Esses dois últimos ainda não fecharam com Caiado.

Ampla aliança
Ronaldo Caiado (União Brasil) começa o ano eleitoral com maior aliança de partidos para a sua caminhada rumo à reeleição ao pleito de 2 de outubro. A sólida base partidária foi construída já em 2018, quando o democrata se elegeu governador já no primeiro turno, com 12 partidos em seu palanque de campanha.

Em 2018, Ronaldo Caiado contou com o apoio dos seguintes partidos: DEM, PRP, PROS, PMN, PMB, PSC, DC, PSL, PODE, PTC, PRTB e PDT.

Nesses três anos de ocupação do poder, Ronaldo Caiado atraiu o Solidariedade do ex-deputado federal Armando e de seu filho, deputado federal Lucas Vergílio e o Progressistas do ex-ministro Alexandre Baldy.
Com a criação do União Brasil, Caiado conta também com o respaldo do PSL, partido que se fundiu ao DEM. O PSL é presidido no estado pelo deputado federal Delegado Waldir.

O governador avança as conversações para receber o apoio também do PSD do ex-deputado federal Vilmar Rocha, do senador Vanderlan Cardoso e do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Outra legenda que está no radar do Palácio das Esmeraldas é o Progressistas, que tem como principais lideranças em Goiás o prefeito de Goiânia Rogério Cruz, o deputado federal João Campos e o deputado estadual Jeferson Rodrigues. O Republicanos é um partido ligado à igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo.

O governador tem conversado com dirigentes de siglas menores e a pespectiva é a de que a aliança caiadista deve chegar a 15 partidos até as convenções, em julho.

Com foco no combate à pandemia da covid-19 e ações atender aos municípios em razão dos estragos provocados pelas chuvas, o governador Ronaldo Caiado (DEM) tem retardado as conversações para composição da aliança com os partidos, visando a sua reeleição em 2022.

Ronaldo Caiado selou também importante aliança com o MDB, que vai indicar o ex-deputado federal Daniel Vilela, presidente estadual da legenda, para a vaga de vice-governador na chapa com o DEM. O governador agrega à aliança o partido pelo qual fizeram história os ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela e vai contar com 27 prefeitos emedebistas no palanque no pleito deste ano.

União Brasil, MDB e PSD devem compor cargos majoritários

A chapa majoritária da base governista começa a ser esboçada neste início de ano: Ronaldo Caiado (União Brasil) para governador, Daniel Vilela (MDB) a vice-governador e Henrique Meirelles (PSD a senador.

O governador Ronaldo Caiado decidiu concorrer à reeleição em outubro deste ano. Daniel Vilela foi confirmado candidato a vice-governador, em setembro do ano passado, por iniciativa do governador.

A candidatura ao Senado ainda não está consolidada, porque existem outros pretendentes competitivos na base aliada: Alexandre Baldy (Progressistas), João Campos (Republicanos) e Delegado Waldir (União Brasil).

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD) disse a um integrante do PSD em Goiás que está convicto que vai participar majoritária do governador Ronaldo Caiado (DEM) como candidato a senador. Entre fevereiro e março, assim que deixar o governo de João Doria, ele mudará de mala e cuia para Goiás para cuidar de sua campanha.

Se Meirelles está definido, como tem dito aos aliados, a chapa majoritária governista terá a seguinte configuração: Ronaldo Caiado (governo), Daniel Vilela (vice) e Meirelles (Senado). Quem será o primeiro suplente? Não está definido, mas há quatro nomes cotados: o ex-ministro Alexandre Baldy (Progressistas), o deputado federal João Campos (Republicanos), Vilmar Rocha (PSD) e Renato de Castro (sem partido).

Mas há também a possibilidade de Baldy e Campos postularem mandato de senador como candidatos avulsos. A dupla apoiaria o pleito de Ronaldo Caiado para governador, mas não figuraria oficialmente na chapa majoritária.

Há ainda a possibilidade de o empresário Wilder Morais (saindo do PSC) e o senador Luiz Carlos do Carmo (saindo do MDB) disputarem como candidatos avulsos.

O partido Democratas (que disputará a eleição como União Brasil) tem dois pré-candidatos a senador: os deputados federais Delegado Waldir Soares e Zacharias Calil. O segundo pode até abrir mão, atendendo o governador Ronaldo Caiado, para disputar a reeleição para a Câmara. Mas o primeiro permanece dizendo que será candidato a senador, e de maneira incontornável.

No momento, nas pesquisas de intenção de voto, Delegado Waldir disputa com Meirelles o primeiro lugar. O parlamentar é um dos mais populares políticos de Goiás e está cada vez mais próximo do gestor estadual.
A definição do candidato ao Senado, na chapa de Ronaldo Caiado, deverá se arrastar até julho, às vésperas das convenções partidárias que terão início em 20 de julho.

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