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Entre PL e Podemos, Mendanha pode optar por Aparecida de Goiânia

Com os acordos nacionais tomando forma, os partidos políticos que vão lançar candidatos à presidência da República nas eleições de outubro próximo imprimem um ritmo mais acelerado para construir suas alianças também nos estados. A possibilidade da formação de federações, depois da extinção das coligações partidárias para as eleições proporcionais, tem dominado grande parte das discussões. O instituto tem suas vantagens e desvantagens para os pré-candidatos a governadores nos estados, e uma dessas desvantagens é o conflito de interesses entre oposição e situação. Em Goiás, a situação do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que busca uma legenda para ancorar seu projeto de concorrer ao Palácio das Esmeraldas, é bem emblemática. Depois de praticamente acertada sua filiação ao PL de Flávio Canedo e Magda Mofatto, o ex-emedebista recuou com a chegada de Jair Bolsonaro à legenda. É que o presidente da República recebeu carta branca para chancelar o nome do PL para disputar a majoritária. Aqui no estado, a preferência de Bolsonaro não seria por Mendanha, mas sim pelo deputado federal Major Vitor Hugo, que se anuncia o candidato da sigla em Goiás. A direção do PL goiano tenta bancar Gustavo, que já não se mostra confortável com a ideia de ter que disputar com Vitor Hugo a vaga pela cabeça de chapa da sigla. Com um pé atrás com o partido de Valdemar Costa Neto, o prefeito de Aparecida de Goiânia mirou o Podemos, de Renata Abreu. Bancou, inclusive, a presidência da comissão provisória do partido em Goiás para o seu vice, Vilmar Mariano, mas tem perdido o sono com a possibilidade da sigla se aliar ao União Brasil, que nasce da fusão do DEM com o PSL e que será presidido em Goiás por ninguém menos do que Ronaldo Caiado (DEM), atual governador e candidato à reeleição. Mendanha diz que não tem pressa para resolver, mas aliados estão o pressionando para decidir o quanto antes o seu destino, já que necessitam de tempo para formação de uma estrutura eleitoral que contemple, também, as eleições proporcionais dos partidos que vão apoiá-lo. Diante desse impasse, pessoas próximas do ex-emedebista já acreditam que, entre PL e Podemos, Mendanha fique mesmo é com Aparecida de Goiânia.

Fio Direto

Impasse
Fala-se em reunião entre Gustavo Mendanha, a cúpula do PL nacional e o presidente Jair Bolsonaro ainda esta semana. Na pauta, evidentemente, filiação do ex-emedebista. Comenta-se, também, que o núcleo de pré-campanha de Jair Bolsonaro (PL) estaria buscando aproximação com o União Brasil. O objetivo seria neutralizar apoio ao ex-juiz Sérgio Moro (Podemos). Essa hipótese deixaria Mendanha, novamente, na corda bamba.

Tá fora
O deputado José Nelto (Podemos) se disse surpreso com a formação de uma comissão provisória do partido aqui em Goiás. Nelto diz não ter sido consultado sobre essa mudança e afirma que não fica mais no Podemos. Segundo o deputado, não há possibilidade de se entender com o comando da comissão provisória, que tem como presidente o vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano.

Pareceu pessoal
Chamou a atenção na entrevista ao jornalista Jackson Abrão, do O Popular, a repetição exaustiva de Gustavo Mendanha falando em "unir forças contra Ronaldo Caiado (DEM)". Passou a ideia de algo muito pessoal e que o interesse não é bem apresentar projetos para o Estado de Goiás, mas tão somente derrotar o democrata. De toda forma, é um discurso de candidato.

Nome forte
Ex-reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira deve ser candidato à Câmara dos Deputados nas próximas eleições. Esse pelo menos é o desejo da maioria dos partidos de centro-esquerda de Goiás, que veem em Madureira um nome com densidade eleitoral capaz de levá-lo tranquilamente a Brasília.

Causa Nobre
Edward Madureira tem admitido a possibilidade de concorrer a uma cadeira para deputado federal e isso ficou mais evidente depois que o presidente Jair Bolsonaro desrespeitou a autonomia universitária e preteriu a primeira colocada da lista tríplice para reitora da UFG. Segundo pessoas próximas, Edward tem dito que o Congresso é o fórum competente para enfrentar esse tipo de arbitrariedade.

Vetado
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), vetou integralmente projeto de lei de autoria do vereador Mauro Rubem (PT) que pretendia criar no âmbito da capital o Programa de Incentivo à Contratação de Mulheres em Situação de Violência Doméstica. A ideia era reservar no comércio e empresas estabelecidas em Goiânia a quota de 10% das vagas de emprego para mulheres em tais condições.

Não será candidato
O atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Joel Sant'Ana Braga Filho, disse ao jornalista Jackson Abrão que não será candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições de outubro próximo e que continuará na SIC enquanto o governador Ronaldo Caiado entender oportuno. "Lá na minha casa, o candidato é meu irmão, Alexandre Baldy, do PP", disse.

Trabalho e Educação sofrem cortes no orçamento da União
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei do orçamento para 2022 e vetou pouco mais de R$ 3,1 bilhões em gastos, a maior parte dessas despesas relativas aos Ministérios do Trabalho e Educação. O presidente, no entanto, manteve a verba para o fundo eleitoral no valor de R$ 4,96 bilhões. Também estão mantidos outros gastos de interesse eleitoral, como os R$ 89 bilhões destinados ao pagamento do Auxílio Brasil.

O Ministério do Trabalho sofreu cortes de um terço da sua verba, coisa de R$ 1 bilhão. Os recursos cortados seriam destinados à administração, à gestão e ao processamento de dados. O Ministério da Educação teve R$ 739,9 milhões em gastos vetados. Mais da metade (R$ 499 milhões) foi cortada do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Linha cruzada

O ex-presidente do Banco Central e atual secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), que é pré-candidato ao Senado por Goiás, anunciou que deixará o governo paulista no final de fevereiro. O prazo final para desincompatibilização seria 2 de abril. Meirelles disse que continuará na equipe que coordena a campanha de João Dória (PSDB), mas adiantou que vai intensificar sua presença em Goiás.

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