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Joaquim Barbosa sai do PSB, se diz "livre" e pode ser candidato do União Brasil e MDB

União Brasil ( legenda que reúne DEM e PSL) e MDB devem procurar o ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima semana. Ele pode ser o candidato que o grupo procura para disputar a presidência da República. Os dois partidos caminham para construir uma federação nas próximas eleições e querem um nome de peso para concorrer a presidência.

O que eles têm de sobra: tempo de tevê, fundo para campanha e garantia de estabilidade no Congresso Nacional, uma vez que são partidos com bancadas robustas.

Maior partido do país, o União Brasil teria nomes que agradam, pelo caráter e posição política, o ministro, como Ronaldo Caiado (governador de Goiás) e ACM Neto (prefeito da Bahia). E o mais importante: estrutura para fazer campanha e capilaridade no país.

A entrada de Joaquim Barbosa no grupo seria consequência de um fato já consumado: Joaquim se desfiliou do PSB, legenda que deve caminhar com Lula, no início do mês.

Joaquim Barbosa, em recente entrevista para o Uol, disse que está "livre e solto". Suas características políticas interessam o grupo que não deseja Lula ou Jair Bolsonaro a partir de 2023: chegou ao Supremo por conta de seu currículo e não por partidos políticos, foi presidente do STF em uma gestão técnica e moralizante, condenou o PT no maior escândalo da República, o Mensalão - episódio em que petistas e um conjunto de partidos subverteram a relação entre os poderes, numa anomalia em que o Executivo pagava o Legislativo para aprovar leis de interesses do governo através de uma "mesada", o mensalão.

O ato rompeu o Estado Democrático de Direito no Brasil, onde leis eram "vendidas". Joaquim foi o primeiro a, de fato, colocar políticos na cadeia, em decisões desafiadoras, tendo confrontado outros ministros famosos por concederem liberdade para acusados de corrupção.

Joaquim Barbosa, na entrevista, diz que o PSB não o procurava, não o consultava e jamais teria mostrado interesse em uma candidatura. "O partido que poderia me ter nunca se interessou em me lançar candidato".

Em outro momento do diálogo com a colunista, ele nega que será candidato, mas não desautoriza que seja sondado. "Esse é o problema. Entrar na política é uma guerra, é um jogo sujo. As pessoas se incomodam até mesmo se você pensa em entrar para a política", diz para a coluna do Uol.

O ex-ministro fala sobre a entrada de Moro na disputa, que, para ele, ocorreu cedo demais. Não o descredencia, mas nega que seria vice de "qualquer candidato".

Bastidores

No MDB e DEM, o movimento que ocorreria em torno de Barbosa passa pelo convite para que a senadora Simone Tebet (MDB) seja a vice, selando a federação. A colocação da candidatura não usaria o desgastado termo "terceira via". O grupo teria um modelito já pronto que comunica uma campanha sobre unir o Brasil em torno de pessoas com reputação ilibada, livre de escândalos e denúncias.

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