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WhatsApp não fez acordo com TSE para adiar mudanças na plataforma, diz ministro

Por Eduardo Gayer

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira, 27, em entrevista coletiva, que o WhatsApp não fez qualquer acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para adiar mudanças na plataforma em razão das eleições deste ano. De acordo com o ministro, a informação foi dada ao governo por representantes da Meta, dona do WhatsApp, em reunião nesta manhã com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro chegou a criticar publicamente um suposto acordo - que, segundo o governo, não existiu - entre o TSE e o WhatsApp segundo o qual a plataforma não lançaria o recurso "Comunidades" antes das eleições. O Comunidades vai permitir a criação de grupos com milhares de pessoas dentro do aplicativo. "Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse", afirmou o chefe do Executivo em 16 de abril.

No entanto, de acordo com Faria, o WhatsApp informou hoje que não houve acordo. "Eles deixaram claro para o presidente que isso não ocorreu. O presidente, depois que ouviu isso, entendeu completamente. Sendo decisão da empresa, é do mercado, então não tem um porquê, nem como o Executivo interferir", declarou o ministro na coletiva de imprensa. "A reação do presidente foi porque ele achava que tinha acordo, mas acordo não existiu. Para o presidente, a situação está completamente saneada", acrescentou.

Ainda segundo o ministro, o WhatsApp não tem data para lançar o recurso Comunidades em nenhum lugar do mundo e faz os lançamentos de novidades apenas de forma global, mas está preocupado com a divulgação de fakenews nas eleições. "Se houver foto de candidato com número de outro, Whatsapp vai retirar", afirmou.

Para defender Bolsonaro, Faria ainda disse que o presidente, em crise com o Judiciário, quer as plataformas funcionando "sem interferência dos Poderes". "Presidente quer que plataformas funcionem para todos os partidos e candidatos nas eleições", disse o ministro das Comunicações.

O TSE e o WhatsApp ainda não haviam se pronunciado até a publicação desta matéria.

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